A vida em sua dinâmica esta sempre disposta a ensinar, os aprendizados são colecionados em inúmeras bibliografias, mas quer saber mais a respeito de educação?
Comece lendo, mas seja criterioso, como disse a vida é dinâmica, e o aprendizado evolui, estejam atentos as informações do cotidiano, libere seu estado mental contaminado pelas idéias preconcebidas, liberando o pensamento, o olhar passa a perceber outras nuances, passe a olhar sem julgar, assim nos permite enxergar um pouco mais alem dos limites estabelecidos pelo preconceito.
Falar em educação e comportamento neste terceiro milênio, implica inicialmente reconhecer que as culturas construíram ao longo dos milênios muitíssimas noções, e as pessoas assim já tem mil noções feitas, e diga-se – bem antigas! – com relação ao conceito de educação.
Utilizamos as palavras e somente palavras para transmitir as crianças, quase tudo sobre os conhecimentos do mundo dos adultos e, claro sobre o mundo da boa educação, leia-se aqui comportamento.
Querendo educar é necessário, falar, explicar, justificar, para convencer é preciso exemplificar, não esquecer de aconselhar e, isto resume-se na maioria dos casos em ter demonstrar através do que? – através de “palavras”.
Conforme nossa experiência e os manuais de psicologia infantil, as crianças começam a ter condições de aprender lá pelos seus 5 ou 6 anos, até lá a criança não sabe quase nada e pouco compreende, assim diziam os antigos, para mim isto hoje é, - muito estranho.
Na verdade o que ocorre, é que ela não compreende os adultos, que a compreendem menos ainda.
Se pensarmos que o aprendizado não se da apenas por palavras, logo nos remete a perceber que o corpo, os movimentos, a visão e o próprio cérebro foram ignorados pela Pedagogia e pela família.
Uma coisa aprendi, e hoje reconheço ser errado, precisei reaprender, aprendi no passado e assim pensei ser certo por mais ou menos 20 anos, que a criança é um puro espírito que só fala e brinca, diziam os antigos que no cérebro das crianças as ações são reflexo do cérebro em condições apenas de fazer funcionar apenas as pequenas áreas ligadas a fala.
Que bobagem. Mudei de pensamento quando comecei a aprender a educar e conviver com meu primeiro filho – que aprendizado!. Depois disso passaram-se mais de 30 anos, e hoje neste assunto, me sinto pós-graduado, isto se comparado a maneira antiga de pensar.
Tudo isso é estranhíssimo, mas, como sempre se falou assim durante... milênios, a maior parte das pessoas não é capaz de perceber o absurdo nem pensar em outras possibilidades.
Aprendi, na pratica que o período em que a criança é “mais inteligente” (aprende depressa tudo que se queira ensinar a ela) vai do nascimento até mais ou menos os 6 anos de idade.
Para nos familiarizarmos com esta idéia, que para muitos é estranhíssima e incomum, José Ângelo Gaiarsa, nos da uma explicação bastante interessante, lembra de alguns fatos elementares da Biologia.
Entre os mamíferos que vivem algumas dezenas de anos, a fêmea tem um filho a cada 5 anos, mais ou menos. Ele a acompanha, mama, aprende com ela e é protegido por ela. Exemplos: chimpanzés, golfinhos, baleias e nós!
Durante esse tempo, ela não é procurada por machos, não é fecunda – é apenas mãe e vive literalmente em função do filhote, podendo até, ao defendê-lo, morrer por ele.
Sabedoria da Natureza – claro. Esses grandes animais – na certa os mais inteligentes – têm muito mais a aprender em sua longa vida do que os de vida breve. Já os ratos, por exemplo, vivem poucos anos, têm ninhadas a cada semestre ou menos e aprendem apenas o necessário para continuar vivendo.
No meu tempo (segunda metade do século XX), (eu com 51 anos já falo "no meu tempo")sabia-se que durante a lactação a gravidez era improvável, e muitas mulheres mantinham a criança ao seio até que ela tivesse 3 ou 4 anos a fim de gozar dessa... regalia.
Não era tão seguro quanto as pílulas, mas funcionava a maior parte das vezes. E, por menos que nos agrade admitir, depois do parto a mulher, durante um bom tempo, tem bem pouco interesse em relações sexuais.
Como se vê, comportamento de mamífero que vive dezenas de anos.
Voltemos: à luz disso, não é de estranhar se dissermos que a criança aprende mais nos 5 ou 6 primeiros anos de idade do que aprenderá em todo o resto da vida.
Isso se soubermos aproveitar. Repito: se começarmos a acreditar e a aproveitar. Principalmente se soubermos renunciar a nosso orgulho de adultos, reconhecendo que nossa missão mais alta é esta: preparar nossas crianças melhor do que fomos preparados, para um mundo que já é por demais diferente daquele em que nascemos.
É preciso considerar que o corpo – afinal – tem muito a ver com a inteligência.
Desde sempre nos foi dito que corpo e alma são diferentes, que a alma (ou o espírito) é muito superior à carne e que basta cultivar a inteligência – basta saber falar! – e o corpo comportar-se-á como deve.
A relação corpo e alma existe, não há duvida para atual cultura católica. O corpo aprende e ensina a alma, sendo o corpo um instrumento de ensinamento, tudo ocorrendo no mundo atual, passando no momento por três revoluções à primeira vista independentes, as três exigindo revisão radical da noção de educação seja ela familiar, escolar ou – na falta de termo adequado – psicológica visando à formação da personalidade.
A mais falada e a mais evidente é a que se liga à eletrônica, à extensão ilimitada da comunicação mundial instantânea, à internet.
O potencial revolucionário desta tecnologia (globalização) mal começa a ser compreendido – em particular, seu efeito sobre as novas gerações e sobre a economia mundial.
No caso da segunda, esta inclusa, o termo “educação”, tudo que a psicoterapia vem deslindando tanto na área psicológica quanto na área social e médica: como a sociedade modela a personalidade e como a personalidade contribui para manter a sociedade. De modo especial, o que vem sendo deslindado em relação à influência do corpo sobre as funções mentais e à influência dos problemas mentais e emocionais sobre o corpo – e por meio dele sobre a sociedade!
A terceira, diz respeito à mais radical revolução pedagógica jamais havida ou sonhada em toda a história da humanidade.
Até hoje, acreditou-se que o ser humano nasce com aptidões mínimas de aprendizado, completamente ignorante e impotente, e só vai se tornando capaz de aprender por volta dos 4 ou 5 anos, à medida que consegue lidar melhor com as palavras (os conselhos, as explicações e os conhecimentos dos adultos). Só então ele passa a ser considerado candidato à socialização e... digno de ser aceito na escola, para aprender o que os adultos julgam importante.
A ser verdade o que aí está, esbarramos em uma enorme limitação da educação: a de que o principal da atividade escolar refere-se ao aprendizado do que pode ser dito, posto em palavras, falado, rememorado e... re-falado. O aluno terá de ouvir (querendo ou não!), e espera-se que guarde mil noções sobre geografia, história, matemática, gramática e demais “matérias” do aprendizado básico.
No entanto, dados que já datam de cinco decênios, provenientes do estudo com centenas de milhares de crianças, desde lesionados cerebrais graves até crianças normais de todo o mundo, demonstram, além de qualquer dúvida razoável, que é desde o nascimento até os 6 anos de idade que a criança apresenta sua maior capacidade de aprender. Essa constatação funda-se em outra: é nesse período que o cérebro passa pela maior parte de seu desenvolvimento. A partir daí, essas duas capacidades vão se reduzindo consideravelmente. Os três fundamentos da revolução pedagógica são:
1 - aprender vai muito além das palavras;
2 - todas as crianças nascem gênios em potencial;
3 - é também na infância que se plantam na personalidade (no cérebro) as raízes da maior parte das perturbações mentais, psiconeuróticas e psicossomáticas de que os seres humanos podem sofrer.
De longa data acredita-se que o cérebro seja importante para o aprendizado em geral. No entanto, não sei de nenhum texto pedagógico que tente ligar de modo consistente aprendizado e cérebro. Piaget disse alguma coisa, apenas um começo. (Bibliografia: Pedagodia no Século XXI por José Ângelo Gaiarsa.)
Pensando bem, fica bastante claro e evidente que nos primeiros anos de vida da criança, serão construídas formas de pensamento que irão nortear seu comportamento para todo o futuro.
Cientes disso, é elevada responsabilidade dos pais e educadores infantis, na faixa etária que compreende desde nascimento até os 6 de idade.
Aos educadores infantis, que decidiram dedicar-se profissionalmente a esta atividade, sabem que esta é a maior responsabilidade, será a partir de seu trabalho que as próximas gerações estarão ou não preparadas para enfrentar o futuro.
Os comportamentos são norteados sob os cuidados de nossos educadores pedagogos, onde quero chegar?
Quero dizer depois de dito tudo isto, que a escolha que minha querida esposa fez, ora graduanda de Pedagogia, pela Ulbra, escolheu dedicar-se a uma das maiores responsabilidades que os seres humanos podem optar.
Pela experiência adquirida no convívio com a Marcia, me permito afirmar que ela já é uma grande pedagoga, aprendeu o principal, aprendeu que antes de todo o conhecimento adquirido nas noitadas do aprendizado técnico, que em primeiro lugar vem o amor as crianças, amor a todas as crianças, e isso é o mais importante.
Parabenizo, pelo empenho, luta, persistência, fibra, enfim, chegou seu momento de satisfação, chegou na graduação.
Aqui começa uma nova caminhada, junto com o canudo, vem maiores responsabilidades.
Iara Marcia Tassinari Cabral, Parabéns pela graduação em Pedagogia, que a colação de grau que ocorre neste dia 11/02/2012 seja um momento de enorme felicidade e, também um marco para que outras honrarias que com certeza se sucederão.
Tenham um ótimo fim de semana.
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