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quarta-feira, 10 de setembro de 2014

ESPÉCIES DA FAUNA GAUCHA EM EXTINÇÃO X LIXÕES



 

O Governo do Estado homologou nesta terça-feira (9) a lista de espécies da fauna gaúcha ameaçadas de extinção. A listagem, primeira atualização feita desde 2002, indica que o Rio Grande do Sul possui 280 espécies de sua fauna em algum grau de ameaça de extinção (Vulnerável, Em Perigo ou Criticamente em Perigo) além de 10 já extintas. Significa que estão ameaçados 22% dos mamíferos, 18% dos peixes de água doce, 16% dos anfíbios, 11% dos répteis e 14% das aves nativas do Rio Grande do Sul. A lista, coordenada pela Fundação Zoobotânica (FZB) com apoio da Secretaria Estadual do Meio Ambiente (Sema), é resultado do trabalho de 129 especialistas de 40 instituições que analisaram o estado de conservação de 1,6 mil espécies.
"Uma lista de espécies ameaçadas serve para subsidiar as políticas públicas e também como um termômetro de como o ser humano está tratando o ambiente natural", diz Glayson Bencke, coordenador geral do trabalho e pesquisador do Museu de Ciências Naturais da FZB. “Com essa atualização, o Rio Grande do Sul cumpre um dos principais compromissos assumidos pelo Brasil na Convenção sobre Diversidade Biológica (CDB) - reforçado recentemente pelas Metas de Aichi para a Biodiversidade”, reitera o diretor geral da Sema, o biólogo Luís Fernando Perelló. “Ou seja, trata-se de monitorar a biodiversidade produzindo listas de espécies ameaçadas e, partir daí, construir planos de ação para tentar reverter ou pelo menos estancar o quadro de espécies ameaçadas”, explica.
Os critérios, procedimentos e definições utilizados para a revisão da lista foram desenvolvidos pela União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN, sigla em inglês), amplamente empregados em avaliações das condições de conservação de espécies em nível global e regional (países ou estados). A revisão periódica da lista é prevista tanto no Código Estadual do Meio Ambiente como no Decreto Estadual 41.672/2002, que também estabelece a obrigatoriedade da constituição de uma comissão multi-institucional formada por especialistas em fauna para coordenar o processo.
Tecnologia de ponta Para a revisão da lista, foi desenvolvida pela FZB e Procergs uma ferramenta inovadora, o "Live", sistema digital operado via web. Ele auxilia na elaboração e revisão de listas de espécies ameaçadas de extinção, permitindo documentar e gerenciar todas as etapas do processo de organização das chamadas listas vermelhas. 
Graças ao Live, que permite acesso remoto às bases de dados, formulários de avaliação de espécies e documentos relevantes, a maior parte das atividades relacionadas à revisão da lista pode ser desenvolvida à distância, sem a necessidade de reuniões presenciais, o que viabilizou a participação de um grande número de especialistas e reduziu significativamente os custos do processo de reavaliação.
Ameaça por grupo (índice e número)
Invertebrados – 39% (49 espécies)
Peixes – 18% (74 espécies)
Anfíbios – 16% (16 espécies)
Répteis – 11% (12 espécies)
Aves – 14% (91 espécies)
Mamíferos – 22% (38 espécies)
Espécies por categoria de ameaça
Vulnerável – 99 espécies
Em perigo – 108 espécies
Criticamente em perigo – 73 espécies
Texto: Assessoria FZB
Edição: Redação Secom 


O que significa este crescimento, se é que se pode falar em crescimento! Um câncer também cresce e evolui...para a morte!

Significa que atingimos o estado critico causados pelo abuso e exploração da espécie humana, olha que estamos falando apenas do RS, o estrago no BR é gigantesco e absurdo.

Em 2012 divulgaram que no BR tinham 1088 espécies ameaçadas de extinção, o que sabemos tratar-se de um numero furado, pois não foram catalogadas todas as espécies existentes, isto vale para os números divulgados no ultimo dia (9). 

Sabe-se lá quantas espécies não catalogadas foram extintas ou estão ameaçadas de extinção.

Falar em estatísticas sem saber o numero verdadeiro de espécies existentes, sabendo que existem espécies ainda não catalogadas, de sabe-se lá quanto estamos falando, é procurar num determinado número aproximado (muito aproximado, pouco aproximado? Ninguém sabe!) apontar dados sem fazer a ressalva, fazendo de conta que sabem do que estão falando é engodo.

Se já ficamos impressionados com os números divulgados, o que fazer para estancar a hemorragia, o que fazer para conter a exploração vertiginosa dos recursos naturais, a contaminação pela poluição, a destruição e abandono das áreas que deveriam estar preservadas, as invasões pelo crescimento urbano desordenado, a falta de tratamento de esgotos e lixos.

Temos exemplos de prefeituras do litoral gaúcho que por muitos anos ficaram depositando lixo municipal em lixões sem autorização da FEPAM para funcionarem como lixões (consultem no TJRS pelo nome de alguma prefeitura ações onde o Ministério Público seja o autor, ficarão surpresos com o que irão encontrar), a poluição do solo e das águas superficiais e subterrâneas através do chorume.

O Chorume é um líquido de cor preta, mau cheiroso e de elevado potencial poluidor produzido pela decomposição da matéria orgânica contida no lixo. O chorume também contém produtos tóxicos, como o mercúrio e o chumbo provenientes de lâmpadas fluorescentes, baterias, pilhas, tintas etc.

Se o chorume for carregado pela água da chuva pode vir a contaminar o solo, a água e os aquíferos, havendo vazamento no sistema de contenção o dano é irreparável  comprometendo os recursos hídricos, uma vez que já está consumado o fato do dano ambiental, as prefeituras pedem prazo para regularizarem os lixões e sugerem ao judiciário a imposição de multas compensatórias pelo dano causado. Existe multa que possa compensar pelo dano causado? Não há como recuperar o dano ao lençol freático! Tais administradores, prefeitos e secretários ir-responsaveis em suas administrações deveriam ir parar na cadeia, são criminosos por envenenamento em massa, por genocídio.


O que ocorre quando a contaminação de lixões chega ao lençol freático?, ainda mais se tratando de solo poroso como o praiano?, acontece que a contaminação chega mais rápido ao lençol freático, a vegetação que retira água do solo termina contaminada, as aves que bebem água e se alimentam da vegetação contaminada também ficam contaminadas, doentes vindo a morrer, os peixes sofrem com a contaminação, muitos morrem por falta de oxigenação da água, tudo isto culmina na extinção das espécies.

Quando em contato com as águas superficiais e/ou subterrâneas, o chorume tende a alterar significativamente as características naturais dos corpos hídricos, tornando-os impróprios para o consumo e até mesmo para a sobrevivência dos organismos aquáticos (FUZARO, 1995). De acordo com Souza (s.a), as águas subterrâneas sofrem um impacto não visível envolvendo geralmente longos períodos de tempo, pois dependendo da composição litológica do aqüífero, os contaminantes podem migrar a velocidades muito lentas.

Em virtude da carga de matéria orgânica e da presença de poluentes tóxicos, o chorume pode causar um grande número de alterações na fauna e flora dos ecossistemas, afetando todos os seres que compõem a cadeia alimentar. 

Através da ingestão de peixes e alimentos contaminados pelo alcance d chorume à biota aquática, podem ocorrer inúmeras alterações no organismo humano, o qual encontra-se no topo da cadeia trófica (MATIAS et al., s.a).

O meio ambiente paga o preço, nós pagamos o preço, tudo que comemos sejam oriundos da flora ou fauna que se abastecem das águas e vegetação contaminados, na qualidade que ela é e será encontrada na natureza não nos permite pensar de forma diferente: “estamos comendo e bebendo hoje o lixo que jogamos fora ontem”.

A natureza vem avisando a espécie humana desde há muito tempo, a destruição e mortandade dos animais são sintomas da falência do sistema, neste processo exploratório insustentável, mais adiante nem lixo teremos para comer.




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