Sinopse: As guerras existem desde o princípio dos tempos. Mas o que há em comum entre os bravos guerreiros espartanos e os soldados contemporâneos? O que define o Espírito do Guerreiro? Como transportar esse espírito para as batalhas internas que atingem todos nós? Neste livro, o escritor de tantas guerras Steven Pressfield fala de honra, coletividade, bravura, dignidade, abnegação. E, claro, desejo de vitória.
O autor Steven Pressfield é um escritor estadunidense, roteirista de cinema, foi fuzileiro naval um mariner, escritor que através de suas obras literárias retratam principalmente a ficção histórica militar em ambientes da antiguidade clássica com alto valor de pesquisa histórica, como ficção e dramatização pode alterar detalhes e também a sequência de eventos, tentando capturar a essência do “espirito dos tempos”. Escreveu diversos livros, um dos livros mais conhecidos e se tornou um best-seller é o livro “Os Portões de Fogo” que procura retratar a Batalha das Termópilas” com o Rei Leônidas e seus 300 de Esparta juntamente com seus aliados lutam contra dois milhões de soldados Persas comandados por Xerxes.
O Espírito do Guerreiro é um livro pequeno com muitas reflexões, traz o conceito e o código de honra de um guerreiro para a batalha e para a vida, nos mostra como lutar com dignidade e honra sem se deixar humanizar, quem é afinal este ser humano que ao longo da história luta e como tudo está ligado as suas escolhas e modos de ver os inimigos.
Ele começa logo no pórtico do livro com uma citação de Plutarco:
“Os espartanos não perguntam quantos são os inimigos, mas onde eles estão”
Rei Leônidas - Rei de Esparta
O livro traz episódios do Portões de Fogo, também faz menção as guerras travadas por Alexandre “O Grande” e as lutas pelos romanos representado por Júlio Cesar, procura trazer o código de sobrevivência como ser humano em tempos de guerra e em tempos de paz, cita o sacrifício de seres humanos focados na honra, as mulheres tem uma das maiores doações de amor que é o desapego da vida física de seus filhos em nome da honra, preferiam ver seus filhos retornando com seu escudo ou sobre ele e isto lhes exigia muita coragem. Uma citação do livro relata a razão da escolha de Leônidas por seus 300 soldados que o acompanharam para lutar em Termópilas, ele fez a escolha mais por razão da grandiosidade de suas mães e esposas, elas é que ficariam em sua cidade dando exemplo de amor e força para aquela sociedade, sempre prensando na sobrevivência do grupo.
O autor faz uma distinção de guerras com honra e sem honra, fala da versão sombria sem honra, posicionando-nos atualmente as chamadas guerras de tribos, gangues de drogas, terroristas, violências, vulgaridades, alimentados pelo ódio, interesses, ideologias, selvageria e aos diversos tipos de intolerâncias, hostis aos outros, vingativos e resistentes as mudanças eternamente dogmatizados em seus pontos de vistas, sejam políticos, religiosos, demonizando os inimigos, perdendo toda humanidade e qualquer tipo de honra e dignidade, vulgarizando a ética do guerreiro, vivem numa mentalidade tribal.
Em sua citação a Alexandre “O Grande”, ao invadir a Índia ele tinha em seu exército a maioria de soldados não mais de macedônios, mas dos antes inimigos agora amigos compondo seu exército, ele reconhecia nos inimigos sua honra e dignidade, convertia o inimigo em amigo, pois não via o inimigo como monstro, considerava o inimigo como potencial amigo no futuro.
O livro é rico em citações valorosas que nos faz refletir sobre a forma de ver a história, nos permite fazer uma avaliação do pensamento tribal vivido dentro de nossa sociedade, da falta de dignidade quando vemos a intolerância entre seres que se dizem ser humanos.
Vivemos diariamente a guerra em nosso íntimo, em um capitulo nos traz Bhagavad Gita o mais famoso épico guerreiro da Índia a nos ensinar como ver a verdade no código de ética do guerreiro, elevando o Ethos do guerreiro ao patamar superior e mais nobre: ao plano da vida interior do indivíduo, a luta para se alinhar com sua própria e mais elevada natureza.
Fonte:
Pressfield, Steven. O Espírito do Guerreiro, tradução de Mirna Pinsky. São Paulo: Contexto, 2020
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