O autor Tariq Ali, é um escritor, jornalista, historiador, realizador e ativista britânico, de origem paquistanesa. Escreve periodicamente para o jornal britânico The Guardian, para a revista New Left Review, CounterPunch, a London Review of Books e SinPermiso. Ele também é autor dos livros Sombras da Romãzeira e O livro de Saladino, mas quem ler somente A Noite da Borboleta Dourada já consegue entender um bocado da obra deste autor, até porque esta obra não perde nada para as outras obras, isto é, conforme as críticas literárias a respeito das obras.
O título é criativo, porém não tem nada a ver com a história, inicialmente parece ser uma estória com viés romântico, no entanto é um livro político, crítico sobre o Paquistão, é um choque cultural por nos trazer informações do Paquistão de há 40 anos atrás, naquela época era um pais brilhante, uma cultura mulçumana desenvolvida cultural e intelectual, mas por conta de questões religiosas acabou abafando e retrocedendo o pais. É um livro que vale a pena ser lido, a figura de Platão (codinome) que abraçou a causa de defender o Paquistão ideal com seu espirito nacionalista, ele nos desperta o interesse em conhecer melhor a cultura paquistanesa, é interessantíssimo.
RESUMO:
O paquistanês Dara apaixonou-se perdidamente por Jindié quando jovem, mas os dois acabaram se afastando e ela casou-se com um ex-amigo dele, um homem repudiado por aparentemente ter cometido uma traição política. Agora, décadas depois, um amigo em comum a todo o grupo da época pede-lhe que escreva um romance sobre sua vida, o que incluirá escrever também sobre aqueles anos de juventude.
Iniciada com Sombras da romãzeira a série de intrincados romances históricos traça um panorama épico do universo muçulmano: dos mouros na Espanha, passando pelo Império Otomano e, ainda, os cartógrafos medievais em Palermo. Os cinco livros consumiram quase 20 anos da vida de Tariq, um dos intelectuais mais atuantes contra o imperialismo norte-americano. Autor também de livros polêmicos como Confronto de fundamentalismos e Bush na Babilônia. Escritor, cineasta e um dos editores da New Left Review. o paquistanês é referência nos debates sobre os rumos da globalização e política internacional. Em A noite da borboleta da dourada, ele mais uma vez lança mão de sua habilidade para transgredir de forma sutil.figuras e instituições tradicionais do Paquistão. Logo no início do romance o narrador é lembrado de uma dívida de honra. O credor é Mohammed Aflatun conhecido como Platão. Um irascível, mas talentoso pintor que vive num Paquistão onde a dignidade humana é artigo escasso. Depois de anos evitando os holofotes Platão quer que sua trajetória de vida seja contada. Assim somos apresentados à Alice Stepford sua amiga londrina, agora uma crítica musical radicada em Nova York: à senhora Latif, dona de casa de Islamabad, cuja predileção por generais a leva até Paris: e à Jindie, a borboleta, seu primeiro amor. Tariq revela fragmentos do islã contemporâneo o cotidiano dos paquistaneses, tudo isso entremeado à vida da família de Jindie — um de seus antepassados. Dù Wènxiú liderou uma rebelião muçulmana no século XIX e governou a região por quase uma década como sultão Suleiman. Suas ações despóticas servem de espelho para a situação atual do país.
Fonte:
Ali, Tariq. A noite da borboleta dourada. Tradução de Roberto Muggiati. Rio de Janeiro. Record, 2011.
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