Estamos vivendo um
momento diferente!
Este momento diferente
que nos obriga a ficar confinados!
Está nos entediando!
Podemos fazer algo a
respeito?
Bem, inicialmente é
necessário definir o que o tédio!
O que é o tédio? Ora,
segundo o dicionário é a sensação de enfado produzida por algo lento, prolixo
ou temporalmente prolongado demais. É a sensação de aborrecimento ou cansaço,
causada por algo árido, obtuso ou estúpido.
Se você está entediado ou
esperando algo, o tempo passa com lentidão. Contudo, se está se divertindo e
não quer que acabe, o tempo passa voando. Segundo uma piada (contada com muitas
variações), se você abandonar o sexo, as drogas e o rock and roll, não viverá
mais tempo, mas terá a impressão.
Quando
se trata de lidar com o tédio, temos três opções disponíveis: evitar o
problema, distraindo-nos com outra coisa; analisar nossa sensação criticamente
e mudar o ambiente em volta para então mudar como estamos nos sentindo; ou,
ainda, refletir sobre os sentimentos para identificar o valor que podem
oferecer em pensarmos positivamente!
O que é que está nos obrigando a ficar confinados e
sentindo este tédio?
Sabemos que a humanidade está sendo assolada pela
pandemia do Covid-19, o tal Corona Vírus, estamos experimentando algo que ainda
não havíamos sentido, todos sem qualquer distinção.
O que podemos fazer para dissolver este vírus tão
mortal?
Lembrei de um documentário.
Lembrei do documentário Quem Somos Nós. A trama
traz especialistas de várias áreas, como física quântica, metafísica e
psicologia para discutir esse assunto. Será que somos apenas peões que seguem o
plano daquela “entidade”? Ou nós realmente criamos nossa realidade e destino?
Muitos não gostam nem de pensar nessa possibilidade, pois coloca completamente
a responsabilidade da sua vida e do mundo ao seu redor em suas mãos.
Entre outros conceitos, o documentário vai te
mostrar aquele experimento da água que talvez você já tenha lido sobre. Ele foi
criado inicialmente pelo japonês Masaru Emoto, o qual acreditava que as
moléculas de água poderiam reagir a eventos não físicos. O resultado foi que os
recipientes cheios de água estimulados com pensamentos positivos– como Obrigado
e Eu te amo- formam moléculas (as quais foram fotografadas) de aspecto bonito,
brilhante e simétrico; enquanto as estimuladas com pensamentos negativos criam
algo feio e disforme.
Então, por que nós não dirigimos a este vírus formar
pensamento para dissolvê-lo, tal qual o do experimento da água sugerido pelo
japonês Masaru Emoto?
Nós seres humanos temos a faculdade da imaginação
que traz a capacidade de criar imagens no plano astral. Essas “formas mentais”
não são passivas; ao contrário, agem ativamente em torno de seu criador.
Cientes que não somos melhores nem piores que os
outros. Todos fomos gerados iguais, filhos de Deus. Ninguém foi criado
superior. Temos condições de mudar a situação.
Sentir tédio, é alimentar a hiperatividade mental
que é intensa, e os pensamentos indesejados continuam girando sem parar. Podem
levar as criaturas a ações quase inconscientes, por meio de “monoidéias” que
geram argumentos e contra-argumentos, que agem, explicam, reagem, como se
fossem espécimes vivos de que essas pessoas não conseguem se desvencilhar, nem
deixar de escutá-los.
Criar formas pensamento é abrir as comportas de
nossa mente para a renovação de ideias e conceitos iluminados, navegaremos
harmoniosamente na imensidão dos sentidos superiores.
A navegação harmoniosa na imensidão dos sentidos
superiores parte de um porto, este porto é ponto de repouso e segurança de
nosso espírito e nossa alma. A prece
é o vento que sopra a nosso favor, é o sopro de Deus que nos dá a vida.
A Prece
Ao deitarmos fazemos uma prece, ao levantarmos
fazemos uma prece, ao iniciarmos um estudo doutrinário fazemos uma prece, ao
encerrarmos fazemos uma prece, para os trabalhos de passe fazemos uma prece,
fazemos uma prece nos momentos alegres; e oramos também nos momentos de
aflição.
Muito se tem dito a respeito da prece, mas muito
pouco ainda conhecemos do seu mecanismo de funcionamento. Por isso mesmo, pouco
a valorizamos, e por vezes até a esquecemos.
Mas afinal, o que é a Prece?
Poderíamos dizer que a prece é uma projeção do
pensamento, a partir do qual irá se estabelecer uma corrente fluídica cuja
intensidade dependerá do teor vibratório de quem ora, e nisto reside o seu
poder e o seu alcance, pois nesta relação fluídica o homem atrai para si a
ajuda dos Espíritos Superiores a lhe inspirar bons pensamentos. Por que
pensamentos? Porque são a origem da quase totalidade de nossas ações. (Primeiro
pensamos depois agimos).
Poderíamos dizer também que a prece é uma invocação
e que por meio dela pomos o pensamento em contato com o ente a quem nos
dirigimos.
A prece é a expressão de um sentimento que sempre
alcança a Deus, quando ditada pelo coração de quem ora.
Pode orar para si ou para outra
pessoa?
O Espiritismo faz compreender a ação da prece
explicando o processo da transmissão do pensamento: quer o ser por quem se ora
venha ao nosso chamado, quer o nosso pensamento chegue até ele.
Para compreender o que se passa nessa
circunstância, convém considerar todos os seres, encarnados e desencarnados,
mergulhados no mesmo fluido universal que ocupa o espaço, como neste planeta
estamos nós na atmosfera. O ar é o veículo do som com a diferença que as
vibrações do ar são circunscritas ao planeta Terra, ao passo que as do fluido
universal se estendem ao infinito.
Então, logo que o pensamento é dirigido para um ser
qualquer na Terra ou no espaço, de encarnado a desencarnado, ou vice-versa, uma
corrente fluídica se estabelece de um para o outro, transmitindo o pensamento,
como o ar transmite o som. A energia da corrente está na razão da energia do
pensamento e da vontade. É por esse meio que a prece é ouvida pelos espíritos
onde quer que estejam; que eles se comunicam entre si; que nos transmitem as
suas inspirações; que as relações se estabelecem a distância etc.
Esta é sua visão científica.
Pela prece podemos fazer três
coisas louvar, pedir e agradecer (LE, 659). Mas o que isso significa
exatamente?
Louvar é enaltecer os desígnios de Deus sobre todas
as coisas, aceitando-O como Ser Supremo, causa primária de tudo o que existe,
bendizendo-Lhe o nome.
Pedir é recorrer ao Pai Todo-Poderoso em busca de
luz, equilíbrio, forças, paciência, discernimento e coragem para lutar contra
as forças do mal; enfim, tudo, desde que não se contrarie a lei de amor que rege
e sustenta a Harmonia Universal.
Agradecer é reconhecer as inúmeras bênçãos
recebidas, ainda que em diferentes graus de entendimento e aceitação: a
alegria, a fé, a bênção do trabalho, a oportunidade de servir, a esperança, a
família, os amigos, a dádiva da vida.
As preces devem ser feitas diretamente ao Criador,
mas também pode ser-Lhe endereçada por intermédio dos bons Espíritos, que são
os Seus mensageiros e executores da Sua vontade. Quando se ora a outros seres
além de Deus, é simplesmente como a intermediários ou intercessores, pois nada
se pode obter sem a vontade de Deus.
A prece torna o homem melhor porque aquele que faz
preces com fervor e confiança se torna mais forte contra as tentações do mal, e
Deus lhe envia bons Espíritos para o assistir (LE 660).
O essencial é orar com sinceridade e aceitar os
próprios defeitos, porque a prece não redime as faltas cometidas; aquele que
pede a Deus perdão pelos seus erros, só o obtêm mudando sua conduta na prática
do bem. Deste modo, as boas ações são a melhor prece, e por isso os atos valem
mais do que as palavras.
Através da prece pode-se ainda fazer o bem aos
semelhantes, porque o Espírito que ora, atuando pela vontade de praticar o bem,
atrai a influência de Espíritos mais evoluídos que se associam ao bem que se
deseja fazer.
Entretanto, a prece não pode mudar a natureza das
provas pelas quais o homem tem que passar, ou até mesmo desviar-lhe seu curso,
e isto porque elas (...) estão nas mãos de Deus e há as que devem ser
suportadas até o fim, mas Deus leva sempre em conta a resignação.
Deve-se considerar, também, que nem sempre aquilo
que o homem implora corresponde ao que realmente lhe convém, tendo em vista sua
felicidade futura. Deus, em Sua onisciência e suprema bondade, deixa de atender
ao que lhe seria prejudicial.
Todavia, as súplicas justas são atendidas mais
vezes do que supomos, podendo a resposta a uma prece vir por meios indiretos ou
por meios de ideias com as quais saímos das dificuldades.
A prece em favor dos desencarnados não muda os
desígnios de Deus a seu respeito; contudo, o Espírito pelo qual se ora
experimenta alívio e conforto ao receber o influxo amoroso dos entes que
compartilham de suas dores. Além do mais, o efeito benéfico da prece sobre o
desencarnado é tal, que pode levá-lo à conscientização das faltas cometidas e
ao desejo de fazer o bem.
É nesse sentido que se pode abreviar a sua pena, se
do seu lado ele contribui com a sua boa vontade.
Esse desejo de melhora,
excitado pela prece, atrai para o Espírito sofredor os Espíritos melhores que
vêm esclarecê-lo, consolá-lo e dar-lhe esperanças (LE, 664).
Qual a importância da prece?
Lembremo-nos de um exemplo prático. Se não
limparmos periodicamente o nosso quintal, a sujeira se acumula, o mato cresce,
e há a proliferação de bichos. No campo espiritual, se não limparmos o nosso
psiquismo, os espíritos luminosos se afastam (mesmo que temporariamente), as
trevas tomam conta favorecendo a ação de espíritos endurecidos.
Deus atende àqueles que oram com
fé e fervor?
Deus envia-lhes sempre bons Espíritos para os
auxiliarem. Não existem fórmulas especiais de orações. A bondade de Deus não
está voltada para as fórmulas e o número de palavras, mas sim para as intenções
de quem ora.
O que dizer das orações repetidas
inúmeras vezes?
As intermináveis ladainhas e “PAI NOSSOS”,
repetidos algumas vezes, as rezas pronunciadas com os lábios apenas, que o
coração não sente e a inteligência não compreende, não têm valor perante Deus. Jesus
disse: “Não vos assemelheis aos hipócritas que pensam que pelo muito falar
serão ouvidos” (Mateus C6:V7). O essencial é orar bem e não muito.
Por que existe então, mesmo no
espiritismo, orações ditadas por espíritos e publicadas em livros?
Para ensinar aos homens a raciocinar quando se
dirigem a Deus e fazê-lo não só por meio de palavras, como também pelo
sentimento e com inteligência. Estas orações não constituem rituais, uma vez
que, no espiritismo não existem rituais de nenhuma espécie, nem formalismo.
Por quem devemos orar?
Primeiramente por nós mesmos, por nossos parentes,
pelos nossos amigos e inimigos, deste e do outro mundo; devemos orar pelos que
sofrem e por aqueles por quem ninguém ora.
O que pedir?
Em Mateus C26:V39, há a passagem amarga do Cristo,
que antecedia as suas dores supremas no calvário , onde Ele nos diz: “ Pai, se
quiserdes, afasta de mim este cálice, mas acima de tudo faça-se a Tua vontade e
não a minha”. Demonstrava-nos o Mestre que as Leis Naturais são sábias e justas
e que são aplicadas indistintamente. Assim, não peçamos “milagres ou
prodígios”, mas tão somente forças para suportar aquilo que não está ao nosso
alcance mudar, paciência, resignação, fé e coragem.
Formas da Prece
A prece deve ser curta e feita em segredo, no
recôndito da consciência e em profunda meditação. Preces prolongadas ou
repetidas tornam-se cansativas, sonolentas e, muitas vezes, delas não
participam o pensamento e o coração.
Assim, a condição da prece está no pensamento reto,
podendo-se orar em qualquer lugar, a qualquer hora, a sós ou em conjunto, em
pé, deitado, de luz acesa ou apagada, de olhos abertos ou fechado; desde que
haja o recolhimento íntimo necessário para se estabelecer a sintonia
harmoniosa. Por isto a importância do sentimento amoroso, humilde, piedoso,
livre de qualquer ressentimento ou mágoa, dessa maneira o homem irá absorver a
força moral necessária para vencer as dificuldades com seus próprios méritos.
Eficácia da Prece
Existem aqueles que contestam a eficácia da prece,
alegando que, pelo fato de Deus conhecer as necessidades humanas, torna-se
dispensável o ato de orar, pois sendo o Universo regido por leis sábias e
eternas, as súplicas jamais poderão alterar os desígnios do Criador. No
entanto, o ensinamento de Jesus vem esclarecer que a justiça divina não é
inflexível a ponto de não atender os que lhe fazem súplicas. Ocorre que existem
determinadas leis naturais e imutáveis que não se alteram segundo os caprichos
de cada um. Porém, isso não deve levar à crença de que tudo esteja submetido à
fatalidade. O homem desfruta do livre-arbítrio para compor a trajetória de sua
encarnação, pois Deus não lhe concedeu a inteligência e o entendimento para que
não os utilizasse.
Existem acontecimentos na vida atual aos quais o
homem não pode furtar-se; são consequências de falhas e deslizes de passado que
necessitam de reajustes; é a aplicação da Lei de Causa e Efeito e isto explica
porque alguns alegam que pedem benefícios a Deus, mas que nunca são concedidos;
o que parece, a princípio, contrariar o ensinamento de Jesus citado em Marcos
C11:V24 “O que quer que seja que pedirdes na prece, crede que obtereis, e vos
será concedido”.
Muitas coisas que na vida presente parecem úteis e
essenciais para a felicidade do homem, poderão ser-lhe prejudiciais e esta é a
razão por que elas não lhe são concedidas. Contudo, o egoísmo e o imediatismo
não permitem que ele perceba com exatidão a eficácia da prece.
Porém, seus efeitos ocorrem segundo os desígnios
divinos: a curto prazo na medida em que consola, alivia os sofrimentos, reanima
e encoraja; a médio e longo prazo porque pelo pensamento edificante dá-se a
aproximação das forças do bem a restaurar as energias de quem ora.
Àquele que pede, Deus está sempre pronto a
conceder-lhe a coragem, a paciência, a resignação para enfrentar as
dificuldades e os dissabores inerentes à natureza humana, com ideias que lhes
são sugeridas pelos Espíritos benfeitores, deixando-nos, contudo, o mérito da
ação, e isto porque não se deve ficar ocioso à espera de um milagre, pois a Providência
Divina sempre ampara os que se ajudam a si mesmos, como asseverou o Mestre:
“Ajuda-te e o céu te ajudará” (ESE, Cap. 27, item 7).
Portanto, de tudo o que foi dito anteriormente,
podemos concluir que a eficácia da prece está na dependência da renovação
íntima do homem, em que deve prevalecer a linguagem do amor, do perdão e da
humildade para que ele possa assim, de coração liberto de sentimentos
negativos, agradecer a Deus a dádiva da vida.
Então, o que podemos fazer? Vamos ser uteis, nada
de tédio.
Substitua o tédio por pensamentos positivos, se não
sabe orar, aprenda!
A oração sincera é requerida neste momento
diferente que estamos vivendo.
A prece sincera pode ajudar a aliviar o peso nos corações
e almas daqueles irmãos que estão sofrendo com a doença, daqueles que estão sofrendo
com a perda de seu ente querido, da paralização do trabalho causando dificuldades
de sobrevivência e fome.
A prece sincera poderá ajudar a
dissolver este vírus letal, assim como apareceu irá desaparecer.
"Vigiai e Orai” nos
recomendou o Mestre. Mateus 26,41
Fontes:
Curnow, Trevor. Filosofia
para o dia a dia: um guia pratico. Porto Alegre, RS: L&PM Editores 2017
Hammed Espirito). A
imensidão dos sentidos / pelo espirito Hammed; (psicografado por) Francisco do
Espirito Santos Neto. Catanduva, SP: Boa Nova Editora, 2000
Sites:
http://www.ceeb.org.br/o-espiritismo/a-prece
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