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domingo, 6 de novembro de 2011

Conflitos na Adolescência


Atualmente, os pais estão a cada dia mais envolvidos com as questões profissionais, compromissos inadiáveis, sucessivas reuniões, cansativos e longos deslocamentos até os locais de trabalho, e com isto o tempo para família cada vez mais curto, consequentemente o envolvimento com os próprios filhos é cada vez menor. A família tradicional esta dando lugar, para a família moderna, ficando a televisão, creches e escolas com a missão de educar comportamentos.
 Essa ausência acarreta na intolerância dos adolescentes causada pela necessidade de carinho dos pais.
Para poder suprir a sua ausência os pais costumam fazer todas as vontades dos adolescentes e esquecem da regra principal “impor limites, dizer não”. Eles acham que agindo dessa maneira estão aproximando o adolescente, mas estão enganados, pois é nessa fase da vida que eles mais precisam de apoio e carinho que só pode ser transmitido pelos pais.
Os conflitos entre pais e filhos na adolescência é natural, porem atualmente agravados pela ausência dos pais, a pergunta é o que fazer para administrar os conflitos?
Uma forma de diminuir o conflito com os adolescentes é os pais explicarem o “não”, mesmo que não consigam convencer é preciso manter a ordem. A palavra não é muito forte e precisa ser respeitada e não banalizada, para quando a usar ser de maneira convicta e tranqüila. Para impor os limites nos filhos é preciso que os pais aprendam a lidar com as próprias dificuldades que tem em tolerar as frustrações dos filhos.
A melhor maneira de lidar com a adolescência é ficar por perto dos filhos e acompanhar conhecendo o mundo em que vivem, manter-se bem próximo e atualizado para que o mesmo sinta segurança, pois liberdade é muito bom, mas é preciso saber lidar com ela, por isso que os pais devem estar sempre presente na vida dos filhos para evitar que essa liberdade se torne em uma catástrofe.
Uma catástrofe, pode ser causada pela falta de esclarecimento acerca de assuntos que naturalmente são duvidas nesta fase, como distúrbios alimentares, problemas em casa, insucesso e abandono escolar, gravidez na adolescência, bullying, distúrbios alimentares, violência sexual, sexo, drogas, álcool e tabaco.
Algumas noticias aparentemente dão conta de números que demonstram uma melhora, porem ainda são bastante expressivos quanto ao numero de adolescentes que encontram a gravidez prematuramente:
Em 11 anos, o número de adolescentes grávidas diminuiu 37% no estado de São Paulo
26/07/2011 - 19h14
·         Cidadania
Flávia Albuquerque
Repórter da Agência Brasil
São Paulo – O número de adolescentes grávidas no estado de São Paulo passou de 148.018 casos, em 1998, para 92.812, em 2009. Uma diminuição de 37%, de acordo com um balanço divulgado hoje (26) pela Secretaria de Saúde. Entre as adolescentes de 15 anos a 19 anos de idade, a redução foi 37,8% - a quantidade de garotas grávidas caiu de 143.490 para 89.176. De 10 anos de idade a 14 anos, foram registrados 4.528 casos, em 1998, e 3.636 em 2009, um recuo de 19,7%.
A coordenadora do Programa Saúde do Adolescente, Albertina Duarte, disse que o resultado números também indica um maior número de garotas que continuaram na escola, com projetos para o futuro. “Nós sabemos que adolescentes que engravidam voltam a engravidar e nós temos uma grande dificuldade de inseri-las na escola. A escolaridade é quase rompida quando uma adolescente engravida”.
Albertina Duarte destacou que as 25 casas que atendem adolescentes no estado são centros de referência e estão em locais estratégicos, onde há mais vulnerabilidade e a possibilidade de aumento da incidência de garotas grávidas. “As casas não servem só para absorção das adolescentes e, sim, como centros de divulgação e discussão para que se criem várias políticas no entorno. O fato de termos uma Casa da Adolescente em uma cidade, mobiliza todas as outras cidades da região com ações educativas”.
A coordenadora declarou ainda que o esforço feito no estado, a fim de diminuir os casos de adolescentes grávidas, teve como foco a cultura de preservação, mudando a perspectiva da distribuição de métodos anticoncepcionais e destacando o trabalho de mudança de comportamento. “Temos oficinas de sentimentos, plantão das emoções, oficinas de nutrição, dança, oficinas para jovens mães que tenham bebês até 3 anos de idade, oficinas para meninos. Os adolescentes são atendidos por uma equipe formada por médicos, psicólogos e assistentes sociais”.
A estudante M.A. ficou grávida pouco depois de completar 15 anos de idade e disse que a primeira coisa que pensou ao descobrir que ia ser mãe foi sobre como ficaria sua vida a partir da maternidade, se daria conta de cuidar da criança. “Foi em uma única vez que não tomamos cuidado que a criança veio. Agora me sinto muito bem, e feliz. Mas sei que poderia estar aproveitando, só que tenho que ficar dentro de casa por causa da responsabilidade. No começo eu não aceitei muito a gravidez, mas, conforme vi a barriga crescendo, fui me animando a ser mãe”.
Ela, agora, só espera voltar a estudar, trabalhar e dar um futuro melhor para o filho e sair da dependência da mãe. “O que mais me assusta nessa história toda é depender da minha mãe, mas no ano que vem devo começar a trabalhar e ter meu próprio dinheiro, apesar de continuar a morar com ela”.
Para M.A., frequentar a Casa do Adolescente a ajudou a entender melhor o que está acontecendo em sua vida. “Lá eles mostram a realidade para nós. Achamos que ter um filho é fácil, mas não é. Eles mostraram para mim a responsabilidade que existe em ser mãe”, disse.
 Edição: Aécio Amado
http://agenciabrasil.ebc.com.br/noticia/2011-07-26/em-11-anos-numero-de-adolescentes-gravidas-diminuiu-37-no-estado-de-sao-paulo
Alguns esclarecimentos importantes acerca do sexo na adolescência pode ser encontrado no site:
http://www.abcdasaude.com.br/artigo.php?11
Transformações da Mente e do Corpo
A Adolescência, período de vida compreendido entre 10 e 20 anos, é uma fase bastante conturbada. Ocorrem transformações físicas e emocionais importantes, preparando a criança para assumir um novo papel perante a família e a sociedade. A criança desenvolve-se, amadurece e fica apta para usufruir sua sexualidade, firmando sua identidade sexual e buscando um par, já com a possibilidade de gerar filhos.
A fase onde há modificações no corpo chama-se de Puberdade. Ocorre a primeira menstruação nas meninas (menarca), as poluções masculinas (ejaculações espontâneas sem coito), o crescimento de pêlos no corpo, a mudança de voz nos rapazes, o amadurecimento da genitália, com aumento do tamanho do pênis e dos seios, entre outros.
Mas nem sempre esta fase vem acompanhada das transformações emocionais e sociais que são o marco da adolescência. Dependendo da cultura de cada povo, a adolescência pode chegar mais tarde, independente da criança estar já bem desenvolvida fisicamente. É o caso dos países ocidentais, como os Estados Unidos e a Inglaterra ou França. O processo de educação continuada e a grande soma de informações, por exemplo, acabam por retardar a necessidade, por parte dos jovens, da busca de uma vida separada de seus pais. Muitos ainda moram com a família depois dos 20 anos. Já em sociedades mais simples, como em algumas regiões do Brasil, da África ou da Ásia, a necessidade de força braçal, desde muito cedo, antecipa a entrada da criança na adolescência e nas responsabilidades que lhe são devidas.
O Adolescente e a sua Sexualidade
A jovem adolescente amadurece em média dois anos antes do rapaz. Busca fortificar sua feminilidade, prorrogar os encontros sexuais e selecionar um parceiro adequado para poder ter sua primeira relação sexual, o que ocorre de forma gradativa. Vai experimentando seus limites progressivamente. Os rapazes buscam encontros sexuais com mais ansiedade, geralmente, persuadindo as garotas ao sexo com eles. Em nosso meio, há uma tendência do jovem em experimentar sensações sexuais com outros de sua idade, sem necessariamente buscar uma relação sexual propriamente dita. O termo que se usa atualmente é "ficar".
A perda da virgindade ainda é um marco importante para os jovens. É um rito de iniciação sexual, que pode ser vivenciado com orgulho ou com culpa excessiva, de acordo com a educação e tradição da família. Inicialmente, os jovens buscam apenas envolvimento sexual, testando suas novas capacidades e reações frente a sensações antes desconhecidas. É a redescoberta do corpo. Só depois procuram o envolvimento afetivo complementar passando a conviver não apenas em bandos, mas também aos pares.
A masturbação faz parte da vida das pessoas desde a infância e, na adolescência, se intensifica com a redescoberta de sensações, tanto individualmente quanto em dupla ou em grupo.
Os jovens podem apresentar algum tipo de atividade homossexual nessa fase, como exposição dos genitais, masturbação recíproca e comparação dos seios e dos genitais em grupo (comparação do tamanho do pênis, por exemplo), atividades estas consideradas absolutamente normais. A fortificação dessas condutas, com o abuso sexual por parte de um adulto de mesmo sexo ou com alta ansiedade perante o sexo oposto, pode desenvolver uma orientação homossexual definitiva nos jovens.
Em tempos da super informação, com a internet, a globalização, a pouca censura nos meios de comunicação de massa, há um apelo sexual freqüente e precoce, expondo os jovens a situações ainda não bem compreendidas por eles. Os adolescentes falam como adultos, querem se portar como tal e ter os privilégios da maturidade. No entanto, falta-lhes a experiência, a responsabilidade e o significado real de um envolvimento sexual. A gravidez de risco na adolescência, infelizmente, é um dos resultados desastrosos desta situação atual. A pouca informação qualificada e o precário respeito dos adultos perante as necessidades dos jovens são os verdadeiros responsáveis pelo falso e ilusório desenvolvimento do adolescente de hoje.

Há na internet, bastante esclarecimento acerca dos problemas que afligem os pais e os adolescentes, mas ainda uma boa solução é o exemplo dos pais, esta forma é com certeza ainda a melhor escola. È difícil para o adolescentes entender os pais, quando dizem ao filhos para não fumar e beber bebidas de álcool se eles mesmo estão fumando e bebendo.

Consumo de tabaco na adolescência

Na sociedade em que vivemos, cada vez mais os jovens são influenciados pelos seus, pais, “ídolos” e pelos seus amigos e tem muita vezes a tendência de os imitar para se sentirem inseridos no meio em que vivem. É desta maneira que muitos jovens começam a fumar e depois é difícil conseguir largar o vício.
Provavelmente se és um jovem na dúvida de experimentar ou não certamente questionarás se valerá a pena experimentar nem que seja uma vez mas a verdade é que muitos decidem só experimentar e acabam por ficar viciados.
Porque se deve dizer não ao tabaco? Porque o fumo é responsável por:
-- 30% Das mortes por cancro;
-- 90% Das mortes por cancro de pulmão;
-- 97% Das mortes por cancro da laringe;
-- 25% Das mortes por doenças do coração;
-- 85% Das mortes por bronquite e enfisema;
-- 25% Das mortes por derrame cerebral;
-- 50% Dos casos de cancro de pele.
E muito mais…
Mas se esta informação não te chegou a tempo e já fazes parte da comunidade de jovens que fumam, então fica aqui registrado os incentivos que largar o tabaco trazem para o consumidor:
-- Renova a aparência;
-- Melhora o hálito;
-- Trava o envelhecimento precoce;
-- Reduz os custos;
-- Reduz o risco de sofrer alguma das doenças acima referidas ou muitas outras.

Ficaste convencido em largar o tabaco imediatamente? Então deixo aqui umas dicas para facilitar esse processo:
-- Fixe um dia para deixar de fumar;
-- Anuncie a outros a sua decisão;
-- Elabore uma lista de motivos que o levaram a deixar de fumar e releia-os sempre que sentir a vontade de desistir (pode utilizar os acima referidos);
-- Aprenda a reagir à vontade ao ver tabaco;
-- Faça uma alimentação saudável;
-- Tente evitar aproximar-se de fumadores;
-- Pratique atividade física (Isto ajuda a combater a ansiedade e as mudanças de humor que os ex-fumadores sentem após largarem o tabaco);
-- Se não conseguir à primeira não desista pois não significa que não é capaz, apenas mostra que tem de se esforçar ainda mais da próxima vez.
Por isso, após estas consequências todas que o tabaco traz ao fumador, e o que ganham ao deixar o tabaco, porque é que ainda existem tantos fumadores e esse número está cada vez mais a aumentar tornando se um fato bastante preocupante.
Estarei na próxima semana falando acerca de drogas na adolescencia, uso de alcool e sobre disturbios alimentares. São temas importantissimos e precisam ser refletidos, sobre suas causas e consequências.
Lembrando sempre, em primeiro lugar o dialogo, agir como pais e não confundir com agir como amigos (tipo coleguinhas), os filhos estão conosco para aprender e principalmente a nos ensinar a viver, e ter um adolescente na familia, é ter alguem muito especial, é nossa oportunidade de olhar nos olhos, fazer um carinho, e muitas vezes enxergar nossos proprios problemas, que ainda não foram resolvidos adequadamente.
Tenham uma ótima semana.