“Você poderia dar umas aulas particulares a Aristóteles. E poderia deixá-lo pasmado... Tal é o privilégio de ter nascido depois de Newton, Darwin, Einstein, Planck, Watson, Crick e seus colegas.”
Richard Dawkins
“Atualmente existem professores de filosofia, mas não filósofos. Mesmo assim é admirável professar, pois um dia foi admirável viver. Ser filósofo não é simplesmente ter pensamentos sutis, nem mesmo fundar uma escola, mas amar a sabedoria a ponto de viver de acordo com seus ditames, uma vida de simplicidade, independência, generosidade e confiança.”
Henry David Thoreau
Atualmente
existem repetidores de ideias já debatidas e esmiuçadas por filósofos, não há
nada novo? Sim, sempre há algo novo, sempre que alguém abrir um livro de
filosofia, esse alguém irá conversar com o pensador, inclusive poderá debater
mentalmente o que veio depois deles, algo novo poderá surgir daí e viver com sua própria
sabedoria, trilhando seu próprio caminho, assim são as pessoas e as flores.
Assim como a margarida, ela germinou e floresceu, soltou sementes que germinaram e floresceram, as ideias também surgem neste ciclo, as sementes contidas nos livros fazem germinar e florescer novas ideias em nossas mentes e corações, assim vamos também semeando nossos jardins.
Alguns não sabem, mas outros sabem e muito bem, existe um gênio mau que se esforça, por assim dizer, em nos enganar, em nos manter no erro, este gênio mau e prestidigitador não é ninguém, além de nós mesmos, a libertação destas forças obscuras do pessimismo exagerado e aniquilador de forças, é nossa vontade fortalecida através de um projeto terapêutico de leituras profundas de textos de filosofia, é dando olhos e ouvidos as palavras e sons dos grandes mestres pensadores filósofos, tais como semeadores de pensamentos, como margaridas plantadas num imenso campo que é nossa mente.
Não é preciso, nem nos deve ser cobrado que sigamos alguém para dar autoridade as nossas escolhas, podemos apenas usar determinado pensador como uma referência sobre a qual possamos delimitar para nós o que seja justo ou injusto, bom ou ruim, bem e mal, porque nossas descobertas, nossas respostas existenciais são bastante pessoais, de antemão sei que se uma linha de raciocínio faz sentido para mim, me aproximo dela, isso não quer dizer necessariamente uma filiação ou obrigação de me manter eternamente vinculado aquele pensador, a pluralidade de pensamentos e pensadores são a maior evidência de que não existe apenas uma resposta ou um caminho, uma nova resposta e um novo caminho podem ser a nossa escolha, afinal não somos apenas produtos do meio, somos produtores de novas realidades e quem sabe de novos conceitos neste mundo liquido.
O novo parece ofender as pessoas e estas tendem a se fechar dentro de si mesmas, carregam seus traumas e magoas ficam agarrados as lembranças desagradáveis, outras olham o novo como possibilidade, sem medo de mudar e abandonar posições guardadas equivocadamente ao longo de uma vida, para abrir espaço para o novo é preciso desconstruir e isto não é algo simples.