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domingo, 22 de abril de 2018

DESEJOS E DESAPEGOS




O animal é tão ou mais sábio do que o homem: conhece a medida da sua necessidade, enquanto o homem a ignora. (Demócrito)



          Comecei falando de cachorros e agora estou falando de leitura, assim como um livro, um cachorro também é uma ótima companhia, sabemos que a solidão nunca é um problema porque leitores e donos de cachorros, jamais ficam entediados ou tristes se não houver ninguém (seres humanos) por perto para conversar ou lhes fazer companhia um livro e um cachorro serão como pessoas, você sabe a diferença entre seres humanos e pessoas?.
          
          Assim como um amigo, livros e cachorros são bons companheiros e te fazem sorrir, te emocionam, te envolvem, te cativam e fazem com que você se identifique e se sinta bem. Unir os dois, Livros e cachorros, penso que seja ainda melhor.
          
           Alguns dias atrás estava lendo um livro de Eugenio Mussak, “Um Novo Olhar e Outras Crônicas Sobre Um Mundo Volátil”, lá havia uma crônica muito interessante que resolvi compartilhar. Pensei que dupla imbatível, unir literatura e a sabedoria dos cães.
          
           Você sabe por que seu cão é mais feliz do que você? – No pensamento do homem ocidental nascido numa sociedade de consumo, seus desejos são: um carro, praia, negócios, uma bebida, bela casa, entre outros. No pensamento do cão (se é que pensa), seus desejos são: ele estar ao lado do seu dono deitados ao sol exatamente como estavam fazendo na imagem acima.




          Em resumo: O cão era mais feliz porque desejava ter exatamente o que tinha, enquanto o homem projetava seus desejos para aquilo que ainda não possuía.

DESEJOS X DESAPEGO

         Na metáfora dos desejos, tem a ver com desapego das coisas e a valorização das experiências.

          Nós os apegados (quase todos nós, vamos concordar) sofremos porque somos impermanentes, estamos aqui de passagem, e impermanência não combina com apego, definitivamente.

         Infelizmente o desapego não faz parte de nossa cultura, de nossa educação, de nosso modelo mental.

         Numa relação amorosa, onde o apego é confundido com amor. Costumamos nos apegar aquilo, ou aqueles que amamos. Justificamos o apego pelo amor. Compreensível, mas ao reter (querer) a seu lado alguém que você ama, mesmo contrariando sua vontade ou seu destino, você estaria infelicitando o objeto de seu amor.

O apego é “Eu quero que você me faça feliz!”

O amor é “Eu quero que você seja feliz!”.


Fontes: MUSSAK, Eugenio. Um novo olhar e outras crônicas sobre um mundo volátil – São Paulo: Integrare Editora, 2016

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