Pesquisar este blog

sexta-feira, 2 de fevereiro de 2024

Fetiche da Autenticidade

 


Você já percebeu como todo mundo anda meio obcecado em parecer autêntico o tempo todo? É tipo aquela pressão invisível que paira sobre nós, nos fazendo questionar cada palavra que sai da nossa boca e cada foto que postamos nas redes sociais. É como se estivéssemos em um concurso de autenticidade, e adivinha? Todo mundo está fingindo que é fácil. A coisa é que ser autêntico virou meio que um troféu nos dias de hoje. Quer dizer, quem não quer ser genuíno, certo?

Mas a ironia é que quanto mais tentamos ser autênticos, mais preocupados ficamos em parecer inautênticos. É uma armadilha emocional daquelas. Então, vamos encarar de frente essa montanha-russa de emoções e tentar entender por que diabos estamos tão obcecados em não parecermos falsos. É como se estivéssemos todos em uma corrida louca para provar que somos verdadeiros até o âmago, mas esquecemos que a vida é um pouco mais bagunçada do que um feed do Instagram perfeitamente arranjado e com todos aqueles filtros que só criam ainda mais mascaras, e que decepção quando ficam cara a cara com a figura caricaturada.

Ah, a autenticidade - essa palavra soa tão bem, não é mesmo? É como se fosse a chave para uma vida plena e significativa. Mas, vamos encarar a realidade: ser autêntico o tempo todo é tipo tentar segurar um peixinho escorregadio com as mãos ensaboadas. Quase impossível. Então, imagine isso como um fetiche. Sim, um fetiche. Não no sentido mais ousado da palavra, mas no sentido de algo que muitos desejam intensamente, mas poucos conseguem realmente alcançar.

Vamos trazer um filósofo para a roda, porque a filosofia adora se meter nesses assuntos complexos da vida. Que tal Nietzsche? Ele tinha uma coisa ou duas a dizer sobre autenticidade. Para ele, ser autêntico não é apenas ser fiel a si mesmo, mas também criar a si mesmo. É como se estivéssemos esculpindo nossa própria estátua em meio ao caos do mundo. Então, aqui estamos nós, tentando ser autênticos em um mundo cheio de selfies, filtros do Instagram e likes que nos fazem questionar quem diabos realmente somos.

A verdade é que a autenticidade muitas vezes se perde no mar das expectativas alheias. Queremos ser autênticos, mas também queremos ser aceitos. Queremos ser verdadeiros, mas também queremos ser amados. E é aí que a coisa toda fica complicada. No escritório, somos uma versão polida de nós mesmos, sorrindo para colegas de trabalho que nem sempre nos importamos tanto assim. Nas redes sociais, estamos constantemente curando nossas vidas para que pareçam mais interessantes do que realmente são. E nos relacionamentos, muitas vezes nos escondemos atrás de máscaras, com medo de mostrar nossas verdadeiras vulnerabilidades.

Mas, e se a autenticidade estiver em aceitar nossas próprias imperfeições? Em abraçar nossas falhas, nossas inseguranças e nossas contradições? Pense nisso: talvez ser autêntico não seja sobre ser perfeito o tempo todo, mas sobre ser honesto consigo mesmo e com os outros, mesmo quando é difícil. Talvez seja sobre encontrar aquela pequena faísca de verdade em um mundo cheio de falsidades.

Então, da próxima vez que você se encontrar perdido nesse jogo de máscaras que todos nós jogamos, lembre-se das palavras sábias de Nietzsche e lembre-se de que ser autêntico é um ato de coragem. É sobre encontrar sua própria voz em meio ao barulho do mundo. E quem sabe, talvez, só talvez, quando começarmos a ser um pouco mais autênticos, possamos descobrir que não estamos tão sozinhos nessa jornada como pensávamos. Afinal, todos estamos apenas tentando descobrir como ser humanos juntos.

Nenhum comentário:

Postar um comentário