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domingo, 11 de dezembro de 2011

Falando em Educação Esta Chegando o Trote Solidário


Falando em educação, ainda lembro do trote idiota que os colegas da turma mais antiga aplicaram, a nós, os calouros.
Confesso que detestei, talvez por ser um cara mais centrado, e pouco chegado a pegadinhas, penso que as pegadinhas quando a maioria ri, sempre tem alguém sendo humilhado, desrespeitado, por mais singela que seja a brincadeira, em geral são uma agressão.
Tem aqueles mais animados com espírito malandro, terminam assimilando de outra forma, mesmo assim na hora não é legal, afinal de contas somos iguais em essência, ninguém gosta de ser motivo de troça, não é verdade?
Para acabar com a palhaçada (os calouros quem são os involuntários palhaços), o MEC esta dando uma dentro, resolveu transformar a tradicional pegadinha, chamada de “trote”, para uma ação boa e produtiva, nesta estou dentro.
Dêem uma olhada na novidade.

Trote solidário poderá contar pontos em avaliação do MEC
11 de dezembro de 2011 • 08h01
A partir de 2012, universidades que promoverem ações contra o trote violento vão receber pontos na avaliação do Ministério da Educação (MEC). A proposta do Ministério Público Federal abrange medidas preventivas e repressivas que coibam a prática de atitudes abusivas. Incentivar a integração dos novos alunos e promover atividades sociais também pode elevar a posição no ranking das instituições de ensino superior. Acatada pela Comissão Nacional de Avaliação da Educação Superior (Conaes), a medida deve passar a valer no início do próximo ano.
Como alternativa à tradicional recepção com tintas coloridas e cortes de cabelo, muitas universidades já estimulam o trote solidário. Em muitos casos, a programação é organizada pelos próprios alunos. Segundo o assessor da Juventude da Universidade de Brasília (UnB), Rafael Moraes, o trote na instituição é organizado pelos veteranos e integra uma série de outras ações de boas-vindas, como palestras e oficinas. "Os trotes antigos sempre foram realizados por alunos, e a Unb entende que promover um trote solidário só tem sentido se partir do empenho deles", diz.
No início de 2011, uma polêmica envolveu a recepção dos calouros do curso de Agronomia da UnB. Na ocasião, 41 alunos levaram banho de tinta, ovos e farinha, andaram de mãos dadas na posição conhecida como elefantinho (fila indiana em que a pessoa tem de passar um de seus braços por entre as pernas e segurar a mão do colega da frente), cantaram o hino do curso e entraram em uma piscina feita com água, legumes e verduras. Além dessas brincadeiras, imagens divulgadas pela própria assessoria da instituição mostravam alunas lambendo linguiça, simulando sexo oral, o que chamou a atenção da Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres da Presidência da República. O órgão considerou o caso uma discriminação contra a mulher e encaminhou uma representação cobrando explicações da UnB.
O caso rendeu a aplicação de uma medida pedagógica ao agressor, que foi convidado a ministrar seminários sobre o papel da mulher na sociedade. "Acreditamos que a perspectiva educadora, e não a punitiva, é mais eficaz", sublinha Moraes.
Segundo ele, o trote tradicional é condenado pela UnB, que estimulam o trote solidário para acabar com a guerra de tintas e o corte de cabelo no campus. "Mesmo que ainda exista em alguns cursos, esse tipo de comportamento é repreendido pela instituição e vem diminuindo por conta de medidas pedagógicas", diz. Em abril, durante o trote solidário promovido pelo Diretório Cetral dos Estudantes (DCE) da UnB, 300 alunos pintaram o muro e recuperaram a horta de uma escola na periferia de Brasília.
Em casos mais graves, a punição pode ir além da medida pedagógica: em 1998, a PUC-Sorocaca expulsou cinco jovens que atearam fogo ao corpo de Rodrigo Favoretto Peccini durante um trote em Sorocaba. O estudante teve 25% do corpo queimado. Em 2009, dois veteranos do curso de Agronomia da Universidade Estadual de Londrina (UEL) foram suspensos por terem participado e ajudado a organizar uma brincadeira em que calouros deitavam no asfalto enquanto outros andavam por cima deles.
Coibir esse tipo de comportamento e estimular a integração saudável entre "bixos" e veteranos é uma das propostas do trote solidário, promovido por diversas universidades públicas e privadas do País. Na Universidade Federal de Pernambuco, a ideia é aproximar os calouros do ambiente acadêmico. O Diretório Acadêmico do curso de Direito leva os novos alunos para um passeio pelo campus. "É o momento em que eles conhecem aqueles caminhos escondidinhos, as escadas que não ficam à vista... Isso quebra a distância entre faculdade e aluno", diz Camila Laurentino Lopes, estudante do 6º período. "É um momento de integração. Foi quando conheci a maioria dos meus amigos." Durante as ações de boas-vindas, também são realizadas campanhas de doações de livros, roupas e sangue.
Na Unicamp, para tranquilizar os calouros que temem as brincadeiras, alunos dão orientações e apresentam o trote solidário no dia da matrícula. Michelli Civachia, formada em Pedagogia, fazia parte da comissão que organizava as atividades. Hoje, auxilia o grupo que continua na universidade. "Dividimos os quatro dias de trote em atividades que apresentem ao calouro o ambiente que ele vai frequentar pelos próximos anos", explica. "Visitando instituições infantis, por exemplo, também mostramos uma realidade social que talvez ele não conheça".
Relembre casos de trotes violentos no País:
*O primeiro trote fatal no Brasil aconteceu em 1831, quando um estudante da Faculdade de Direito de Olinda foi esfaqueado depois de se recusar a participar do trote promovido pelos veteranos.
* Em 1980, o estudante Carlos Alberto de Souza morreu ao ser espancado por resistir ao ritual do corte de cabelo. O calouro da Universidade de Mogia das Cruzes estava no "trem dos estudantes", que ia da capital ao interior.
* Em 1999, o calouro do curso de Medicina Edison Tsung Chi Hsueh foi encontrado morto no fundo da piscina da associação atlética da USP na manhã seguinte ao churrasco de recepção aos novos alunos. O caso foi arquivado em 2006 por falta de provas.
* Em 2009, Bruno César Ferreira foi parar no hospital depois de entrar em coma alcoólico durante o trote da turma de veterinária da Universidade Anhanguera, em Leme, interior de São Paulo. Ferreira acabou desistindo do curso.



Gente, esta idéia tem de colar!, porem imagino a dificuldade das pessoas assimilarem, pois a crueldade é mais divertida. É o que parece diante das atitudes dos alunos, é mais ou menos um ciclo que não é interrompido, neste ano sou calouro e sofro com a crueldade dos veteranos, ano que vem já sou veterano e faço os calouros sofrerem, quase que uma vingança pelo meu sofrimento.

Lembram do filme “A Corrente do Bem” ((Pay It Forward), para quem não lembra ai vai a sinopse:

Apenas imagine. Você faz um favor que realmente ajuda alguém e diz para ele ou ela não pagar de volta, mas passar adiante para três pessoas que, em troca, devem pagar para mais três - e sem parar em uma abundância global de generosidade e decência. Impossível? O estudante ginasial Trevor McKinney não aceita isso.
Haley Joel Osment interpreta Trevor, que inicia uma reação em cadeia de bondade para o seu projeto de Estudos Socias nessa doce e grandiosa história dirigida por Mimi Leder (Impacto Profundo), baseada na obra de Catherine Ryan Hyde e também estrelando os vencedores* do Oscar® Kevin Spacey e Helen Hunt. Quanto impacto pode ter uma idéia sincera? Faça um favor a você mesmo e descubra: veja A Corrente do Bem.

  Informações Técnicas
Título no Brasil:  A Corrente do Bem
Título Original:  Pay It Forward
País de Origem:  EUA
Gênero:  Drama
Tempo de Duração: 123 minutos
Ano de Lançamento:  2000
Site Oficial: 
Estúdio/Distrib.:  Warner Home Vídeo
Direção:  Mimi Leder  Elenco
Kevin Spacey ... Eugene Simonet
Helen Hunt ... Arlene McKinney

Agora imaginem o trote como uma corrente do bem, neste ciclo que se renova a cada ano, estaremos estrelando um novo filme a cada ano e assim alimentando a atitudes daqueles que ficam e recebem os que chegam, isto é apenas o começo de uma saga, mais genial que jornada nas estrelas.
Isto, pessoal eu chamo da arte de viver e de amar, aquelas aulinhas que pulamos lá no ensino fundamental, quando encheram nossas cabeças com um monte conteúdo, em grande parte inútil.

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