Sabemos de cor e salteado que na pratica estes tais políticos carimbados ascendem exclusivamente pelo interesse no poderio econômico, sua experiência adquirida de longa data os tornam cada vez mais preparados para se aproveitarem das carências das camadas mais desfavorecidas, onde há falta de informação e educação precários é onde conseguem tirar vantagem explorando suas fragilidades.
Estamos vivendo particularmente neste mês de julho de 2021 mais uma aberração parlamentar, lembrando inicialmente que em junho de 2020 já estávamos de frente para um imenso dragão devorador do dinheiro dos brasileiros desde suas camadas mais desfavorecidas, lembrando de um fato que virou notícia e mais um rombo nos cofres públicos:
Em 01/06/2020 publicou o seguinte: O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) recebeu nesta segunda-feira (1º) R$ 2.034.954.824,00 de recursos do Fundo Especial de Financiamento de Campanha (FEFC) – também conhecido como Fundo Eleitoral – para serem distribuídos entre os partidos políticos. (https://www.tse.jus.br/imprensa/noticias-tse/2020/Junho/tse-recebe-r-2-bilhoes-de-verbas-do-fundo-eleitoral-para-as-eleicoes-municipais-de-2020)
Ora, se em junho de 2020 já estávamos estupefatos com os dois bilhões de recursos para o Fundo Especial de Financiamento (FEFC), ou tal Fundo Eleitoral, então pasmem a coisa só piorou, imaginávamos já estarmos no fundo do poço do absurdo, estávamos profundamente enganados, a notícia nos jornais do dia 15/05/2021 nos encheu de muita raiva, surpresa não, mas raiva, muita raiva desta gentalha que anda de terno e gravata, usando a fantasia dos inescrupulosos, e pensem, nós não sabemos da missa a metade, a podridão, a jogada deles é muito parecida com a do vendedor inescrupuloso que dá um preço alto para chegar num preço médio, chegando ao preço médio já estarão ganhando muito, os tais quase 6 bilhões, é mais uma jogada para chegar num valor médio que obviamente chegará aos 3 bilhões, valor maior que o de 2020, porem menor do que inicialmente foi proposto, dando aquela sensação de que ganhamos alguma coisa, vejamos a notícia:
Em 15/07/2021 lemos a seguintes notícia no G1: O Congresso Nacional aprovou nesta quinta-feira (15) o projeto da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) para 2022. O texto prevê a ampliação de recursos para o Fundo Especial de Financiamento de Campanha — fundo eleitoral destinado ao financiamento de campanhas políticas. ... Segundo técnicos da Câmara e parlamentares, o fundo terá montante de R$ 5,7 bilhões em 2022, ano de eleições presidenciais, quase o triplo do registrado em 2018 e 2020, anos eleitorais em que o fundo era de R$ 2 bilhões.
Na mesma publicação lemos também: “Esta Casa Legislativa, se aprovar uma LDO com quase R$ 6 bilhões, para campanha política, estará escarrando na cara do cidadão brasileiro, que paga imposto na gasolina, paga o custo da inflação nas gôndolas de supermercado e paga a incompetência crônica deste país com mais dinheiro para campanha de políticos”, disse o deputado Marcel Van Hattem (Novo-RS). Segundo o deputado, a questão não foi discutida amplamente e foi incluída no projeto sob a justificativa de “aperfeiçoar” o fundo.
Estamos vivendo numa séria crise de representatividade política, não faltam manifestações oriundas dos vários estados de nosso pais, tem todo tipo de bandeira, não tem santo no palanque, temos políticos de um lado e de outro, de um partido ou de outro, estão envolvidos até os pescoço, falo dos políticos carimbados e agora também dos não carimbados que estão agindo em prol de sua própria representatividade, ficar bravo só se servir o chapéu, falo daquela gente preparada para levar seu rebanho para o matadouro, em sua tática sempre tem o carneiro que vai na frente sabendo que não vai morrer, sempre tem aquele que arrebanha e sai ileso, tudo acontece atendendo as necessidades imediatas destes cordeiros, tais necessidades é a moeda oferecida pelos nossos velhos conhecidos representantes políticos em troca de sufrágio, gostemos ou não eles podem apenas se representar, na pratica eles nos representam, a chave do cofre nós lhes entregamos quando votamos, mais uma vez, este é o ciclo vicioso do voto de “cabresto”.
Vivemos numa democracia, ainda bem, porem junto a ela também rondam os perigos e enormes riscos, John Stuart Mill em seus estudos já revelava um dos enormes riscos que circundam a democracia, de acordo com ele “nos interesses sinistros dos detentores do poder; é o perigo da legislação de classe; do governo que visa (com sucesso ou não) o benefício imediato da classe dominante, em perpétuo detrimento da massa”. Nosso filósofo lá no século XIX, já nos jogava nos ouvidos o sinal de alerta, o tempo só vem demonstrando que ele estava certo, as notícias de mesma natureza, por sua repetição, ano após ano, vem comprovar que somos reféns das artimanhas destes políticos com suas maracutaias e falcatruas, a verba atualmente pretendida é uma bofetada na cara de todo brasileiro, isto só serve para cada vez mais desqualificar nosso parlamento e todos os políticos e seus respectivos partidos políticos, como disse a proposta foi aprovada pela maioria do parlamento.
Este descrédito na representação política aponta um horizonte sombrio e de grande perigo, as urnas deverão receber cada vez mais votos em branco e nulos, e aqueles que votarem possivelmente sejam aqueles que estão sob domínio de algum coronel pós-moderno, isto tudo só estimula a falta de interesse na participação da população nas coisas da vida pública, o desinteresse alimenta a falta de vigilância que é necessária afins de coibir os excessos e abusos como estes que noticiamos.
As manifestações públicas não estão conseguindo atingir o real e necessário objetivo, as manifestações apenas estão obedecendo aos interesses partidários detentores dos cabrestos, os cabrestos pós-modernos são cabrestos psicológicos, os donos dos cabrestos são os coronéis pós-modernos, assim como quem vota, os partidos por sua vez governam o rebanho de parlamentares que estão sob sua bandeira, estão todos muito bem amarrados, eles atuam nas empresas privadas, com interesse no capital financiador de campanhas que fomentam o caixa dois, os patrões destas empresas assediam moralmente seus empregados induzindo a votar naquele candidato conforme o interesse que se fecha no ciclo partido-parlamentar-donodeempresa-empregado-partido, estamos cercados por muitos ismos, o universo é grande, vamos desde o coronelismo, mandonismo e clientelismo, há todo tipo de artimanha neste ciclo vicioso.
Votar é preciso, votar é necessário, mas para votar certo é necessário pesquisar, use seu notebook, seu celular numa pesquisa séria, não fique somente na mão de uma única notícia ou de uma única fonte, não acredite muito em pesquisas (as vezes parecem mais propaganda eleitoral), faça sua pesquisa, pesquise nas diferentes fontes, penso que existe um modo muito eficaz de se fazer uma pesquisa, busque por improcedências no sentido de desvio de conduta e por “falas” (promessas) milagrosas e não tão confiáveis, esqueça o juramento vazio quando afirmam serem honestos (quem é honesto não precisa afirmar, parecem um ET falando, dão a entender que todos os outros não são honestos), esqueça um pouco sua ideologia e sua bandeira partidária, saia do cabresto psicológico, o pertencimento psicológico de grupo é parte do processo, mas que seja o pertencimento do macro grupo como o de eleitor com um único partido que é o da nossa grande nação.
Lembro como se fosse hoje o movimento civil em prol por eleições presidenciais diretas que ocorreram no período entre 1983 e 1984, lembro que em 1985 João Figueiredo passou o país para os civis, isto foi após anos de muitas frustrações, neste ano foi eleito Tancredo Neves pelo Colégio Eleitoral com 480 votos contra 180 de Paulo Maluf que representava a ditadura. Lembro também que na véspera da posse de Tancredo em 14 de março de 1985, ele foi internado vindo a falecer, foi um banho de agua fria, foi comoção geral. De lá para cá tivemos presidentes impedidos de (impeachment), Já tivemos o do ex-presidente Fernando Collor, em 1992, e o da ex-presidente Dilma Rousseff, em 2016. O termo impeachment não é novidade em nosso vocabulário. Recentemente, o termo voltou a pauta com o “superpedido” de impeachment do atual presidente, Jair Bolsonaro.
Esclarecendo melhor o impeachment é um processo em parte jurídico, em parte político, conduzido pelo Congresso Nacional, que julga se uma pessoa com função pública cometeu um chamado crime de responsabilidade.
Além de impeachment também tivemos presidente condenado judicialmente por atos de corrupção e preso, esta proeza não é exclusiva no Brasil, por exemplo também recentemente um ex-presidente francês foi condenado judicialmente por atos de corrupção e tráfico de influências, realmente não é fácil fazer escolhas. Vamos pensar um pouco, o Brasil tem mais de 220 milhões de habitantes, dizem que errar é humano, então não é difícil imaginar que também é possível que milhões e milhões de seres humanos possam estar errando, desde o movimento por diretas já de 1984 temos direito ao voto direto, se pensarmos na crise de descrédito político instalada em nosso país, está crise não começou agora, a crise começou desde muitos anos atrás, parece que votamos sempre no candidato errado, estamos votando no candidato menos ruim, também erramos quando resolvemos votar nulo ou em branco, somos milhões de brasileiros que estão errando. Penso ainda que embora tivéssemos acertado, ainda teria como temos a dura realidade dos governantes serem controlados pela mídia, pelos grupos de pressão e pela opinião pública, afinal isto é a nossa democracia.
Estas situações noticiadas pela mídia e outras muitas de corrupção me lembrou um livro que li de Albert Camus, o livro é A Peste, o livro é a forma alegórica do romance fazia da peste uma metáfora para todas as formas de opressão e de resistência —o nazismo, no pós-Guerra, mas também outros flagelos, a peste aparece quando os ratos que aos poucos vão aparecendo mortos até que tornarem-se um número imenso e junto com a morte dos ratos as pessoas também começam a morrer, no caso da segunda guerra os ratos que aparecem aos poucos seriam os soldados nazistas e a peste é a guerra, em nosso caso a relação que faço é dos ratos aos políticos corruptos que chegam para dizimar as cidades, os ratos políticos contaminados não o são pela peste bubônica, mas pela peste da corrupção, os políticos que dizimam os recursos, que consequentemente acabam dizimando os direitos a saúde, a educação, a segurança, e os recursos são desviados para atender seus próprios interesses e bolsos, mesmo em tempo de pandemia ouvimos relatos de superfaturamento em vacinas e insumos, alegando em seguida não haver verba para atender as necessidades da população, precisamos exterminar com os ratos antes que eles nos exterminem, a justiça tem de ser dura e exemplar.
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