Os toltecas foram uma cultura pré-colombiana mesoamericana que governou um Estado centrado na região norte, em Tula, Hidalgo, México, no início do período pós-clássico de cronologia mesoamericana (ca. 900-1521 d.C.), eram conhecidos como “homens e mulheres de sabedoria”.
O livro é para ser lido devagar e degustando cada revelação, as revelações são reflexões da filosofia tolteca onde Don Miguel Ruiz revela os quatro compromissos da sabedoria ancestral tolteca, cada compromisso é uma abordagem simples onde a transformação e liberdade de se apropriar da nossa genuína força está ao alcance de todos, porem em nossa rotina deixamos de praticar, nos deixamos levar pelos acontecimentos sem nos comprometermos conosco, com os outros e em desarmonia com tudo que nos rodeia.
O primeiro compromisso: “Seja Impecável com sua palavra”.
Procure sempre ser fiel e verdadeiro com aquilo que pensa, procure sempre dizer apenas aquilo que acredita, não se deixe levar por conversa fiada ou comentários negativos, a palavra pode se manifestar de maneira tóxica para quem profere e para quem ouve, duplamente para nós que falamos e nos ouvimos como um eco, colhendo inevitavelmente resultados negativos, mantendo-nos num ciclo vicioso sem fim, a libertação está na verdade e na palavra consciente.
O segundo compromisso: “Não leve nada para o lado pessoal”.
Os outros quando nos agridem verbalmente mexem com nosso orgulho, geralmente a primeira reação é devolver o xingamento na mesma moeda, no entanto este segundo compromisso tem o intuito de nos fazer refletir sobre a projeção das frustrações dos outros sobre nós em forma de xingamentos, comentários cínicos e maldosos, algumas vezes as palavras ditas com raiva não passam de um desabafo, outra razão é a ilusão que alimentamos numa necessidade sempre presente de achar que tudo que os outros fazem é por nossa causa, nestas situações sempre levamos para o lado pessoal e acabamos criando uma realidade enganosa e destrutiva, nossa reação deve ser de tranquilidade e sempre com um sorriso desconcertante.
O terceiro compromisso: “Não tire conclusões”.
Este compromisso está ligado aos dois compromissos anteriores, ele se refere a não tirar conclusões precipitadamente. Estamos o tempo todo presumindo coisas, interpretando através das nossas projeções e fragilidades, o resultado é que criamos armadilhas para a nossa autoestima, com isso criamos equívocos que poderiam ter sido evitados, sofrimentos desnecessários, fantasmas que assombram nossos dias e noites, nosso campo de imaginação é enorme e ele precisa de vigilância, disciplina e atenção o tempo todo, o pensamento deve ser positivo no sentido de nos elevarmos, não demais para não ultrapassar o limiar do bom senso.
O quarto compromisso: “Dê sempre o melhor de si”.
Este último compromisso tem tudo a ver com os três compromissos anteriores, ele não veio à toa nesta sequência, ele é parte de nosso processo de conscientização, nossa vida a cada instante vai mudando, mesmo na rotina diária a vida flui, é cheia de energia, a todo o momento fazemos opções e procuramos tomar as melhores decisões, procuramos fazer sempre o melhor naquele momento, nossas expectativas dependerão sempre daquilo que temos de melhor a dar de nós mesmos, por isto devemos sempre elevar nosso estado de espírito e bom humor, sorrir sempre, mesmo naqueles momentos em que temos medo e estivermos angustiados, desta forma os problemas se tornarão mais leves e suportáveis, as decisões por mais difíceis que sejam serão tomadas conscientemente por termos dado o nosso melhor.
A vida pode parecer monótona para alguns e
cheia de emoções para outros, o que muda para um e para outro é a forma como
enxergam a vida, uma mudança de pensamento pode ser a solução para uma vida
mais leve, observar estes quatro compromissos e vive-los podem ser um portal
para uma vida mais plena e consciente.
Fonte: Ruiz, Miguel, 1952. Os quatro compromissos: o livro da sabedoria tolteca: um guia prático para a liberdade pessoal / tradução: Luis Fernando Martins Esteves – 30ª ed. Revista – Rio de Janeiro: BestSeller, 2019
Adorei este livro! Agora, para refletir um pouco mais, qual dos quatro compromissos é o mais difícil de manter? Se escolhermos o quarto, no qual todos estão contidos, já entendemos que não é fácil não! Há de se ter muita persistência!
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