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quarta-feira, 8 de junho de 2022

Viajar, porque viajar? Peripatéticos pelo mundo.


Já se perguntou porque gosta de viajar? Não vale dizer simplesmente que “é porque gosto”, parece simples, porém os motivos variam para cada pessoa, o importante é saber o que esperar da viagem, isto vai fazer a diferença, o ideal para mim é já ir com foco e procurar extrair o que importa sem também não fechar os olhos para o desconhecido, o desconhecido é o novo e o novo é que nos tira da mesmice, no entanto só se deixar levar pode ser que depois, quando estamos de volta a nossa rotina percebemos que poderíamos ter aproveitado de outra maneira visitando e conhecendo outros pontos mais interessantes, depois será tarde, pois alguma coisa que era importante não foi vista e vivida, por esta razão é importante se ter pelo menos uma ideia do que vamos encontrar no ambiente que programamos conhecer.

Para nós atualmente, viajar além de quebrar a rotina, nos aproxima mais ainda um do outro, somos andarilhos procurando descobrir lugares deixando nossas pegadas no tempo. Viajar reforça a felicidade e faz nos manter de bem com a vida.


Somos um bocado peripatéticos, o método aristotélico está presente em nossas caminhadas e procuramos ver nos ambientes uma oportunidade de exploração instigando nossos pensamentos e fomentando novas experiências e com isto novos conhecimentos, emoções e divertimentos.

 

O apego exagerado a rotina e a preguiça podem ser um entrave para este salutar hábito de viajar, viajar implica quebrar a rotina, vencer a preguiça, procurar adaptar-se a novos meios culturais e sociais, no mínimo estes motivos seriam suficientes para as pessoas repensarem a forma de viverem sua vida.

Pode ser que no passar do tempo está acomodação seja um problema levando a outros problemas, como por exemplo o isolamento, dificuldades de adaptação ao novo e principalmente dificultando o relacionamento no processo social onde todos nós somos parte e estamos inseridos.

Para o acomodado viajar pode ser um desafio, viajar pode ser uma maneira de aprendermos a ser ativos e ter atitude na busca de soluções, o acomodado geralmente fica sem reação diante de desafios, muitas vezes acaba se mantendo inerte, viajar nos faz sair do mesmo lugar, esta é uma lição importante por nos levar ao desconhecido, refletirmos sobre crenças e inseguranças limitantes que geralmente nos encurralam diariamente.


O mundo é diferente daquele que nossos pais nos apresentaram, muito em razão de sua preocupação e proteção, andar e viajar nele nos mostram situações fora de nossa imaginação, viajar é se voluntariar a enfrentar o destino e dar chance a vida agir com sua energia revigorante, descortinando nossa força e potencial de realizações, é nossa decisão de sermos protagonista na vida.

 

Viajar é uma oportunidade Piagetiana de aprendizado, independentemente da idade, pois é uma preciosa oportunidade de permitir a entrada e processamento de novos estímulos externos, a vivencia em ambientes diferentes daqueles a que estamos acostumados são fontes preciosas de estímulos, cada viagem é um despertar, os olhos visualizam coisas que não estão acostumados ver, seja uma viagem a cidade vizinha ou até mesmo uma visita ao bairro ao lado do nosso, passeios pela cidade onde vivemos, afinal viajar é uma forma de sairmos do atual para o novo, são oportunidades para novos laços sociais.

Gosto de tomar o mate em cada local diferente que visito, talvez o saborear do mate seja outra forma de vivenciar um habito da tradição que carregamos a outro local onde está vivencia pode nem ser conhecida, assim como vamos em busca, levamos nossa tradição sem deixar de lado uma rotina que nos traz prazer, o prazer do habito da tradição alimenta a aura impregnando o ambiente visitado, há uma troca, uma sinergia que vão além de interesses de prestadores de serviços, consumo de produtos e interesses econômicos voltados para o capitalismo, viajar é muito mais.

Há quem diga que o turista é percebido de longe, o viajante é notado por seu olhar de admiração pelo novo e estranho, é percebido por suas atitudes que acabam denunciando, importante estarmos cientes disto porque nossas atitudes devem ser éticas e moralmente aceitas, sustentáveis e ecologicamente corretas, nossos passos e nossas pegadas sejam passos e pegadas de pessoas que mereçam o acolhimento e seja desejado o retorno, assim deve ser o turista, respeitar o local onde visita, não ir apenas como explorador e consumidor, o turista também é um cidadão do mundo, a sinergia do viajar é ato simultâneo de trocas de valores.

 

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