Hoje, vamos conversar sobre uma daquelas perguntas que vez ou outra nos atormentam: podemos realmente ser o que queremos na vida? É uma pergunta profunda que nos leva a explorar os cantos escuros da autodeterminação e da realidade que enfrentamos todos os dias.
Imagine isso: você tem sonhos, ambições, metas que gostaria de alcançar. Quer ser um músico famoso, um cientista renomado, um empresário bem-sucedido ou talvez apenas uma pessoa feliz e realizada. A ideia de ser capaz de ser quem você quer é incrivelmente atraente, não é mesmo? Mas o que a realidade tem a dizer sobre isso?
Vamos considerar a história de Joana. Ela cresceu em uma família com poucos recursos, em um bairro onde as oportunidades eram escassas. Joana sonhava em ser médica desde que era pequena. Ela sabia que teria que lutar contra muitas adversidades para alcançar seu objetivo, mas estava determinada a seguir seu sonho. Estudou duro, conseguiu bolsas de estudo, trabalhou meio período para pagar os livros e, eventualmente, entrou na faculdade de medicina.
Parece um final feliz, certo? Mas a realidade é que Joana teve que enfrentar obstáculos que muitos de nós nem sequer imaginamos. Ela teve que superar o preconceito, a falta de recursos e o desânimo. No entanto, sua determinação e paixão pela medicina a levaram a alcançar seu objetivo.
Aqui está o ponto: ser o que queremos muitas vezes implica lutar contra as circunstâncias que nos cercam. É como se estivéssemos navegando em um mar cheio de correntes, às vezes favoráveis, outras vezes desafiadoras. Mas não estamos totalmente à mercê das marés da vida.
Vamos dar uma olhada em uma perspectiva interessante. O filósofo existencialista Jean-Paul Sartre tem algo a dizer sobre isso. Ele argumenta que somos essencialmente seres livres, capazes de escolher e moldar nossas próprias identidades. Para Sartre, somos responsáveis por nossas escolhas e, portanto, por quem nos tornamos.
Mas espera aí, Sartre! E as influências externas, as limitações sociais e econômicas que enfrentamos? Elas não têm um papel importante em moldar nossas vidas? Sim, têm. E é aí que as coisas ficam complicadas. Porque, enquanto somos seres livres, somos também seres sociais, inseridos em contextos que muitas vezes estão além do nosso controle.
Então, onde isso nos deixa? Bem, acredito que nos deixa com uma mistura complexa de liberdade e determinismo. Podemos ter objetivos, sonhos, aspirações, mas também precisamos ser realistas sobre as barreiras que enfrentamos. No entanto, isso não significa que devemos desistir dos nossos sonhos. Significa apenas que precisamos ser persistentes, resilientes e, às vezes, criativos em nossa busca pelo que queremos.
Então, voltando à pergunta inicial: podemos ser o que queremos? Minha resposta é um sólido "talvez". Depende de uma série de fatores, incluindo nossas próprias escolhas, as oportunidades que surgem e nossa capacidade de enfrentar os desafios que encontramos pelo caminho.
No final das contas, a vida é uma jornada de autodescoberta e crescimento. Não sabemos exatamente onde vamos acabar, mas podemos fazer o melhor para nos tornarmos a melhor versão de nós mesmos. E isso, meus amigos, é uma aventura que vale a pena viver.
Agora sob outro olhar me ocorreu o seguinte: “Ser, o Que Quer? ”, afinal uma virgula faz toda a diferença.
Todo mundo já ouviu aquele ditado "seja você mesmo", não é mesmo? Mas o que realmente significa ser você mesmo? Será que é algo que podemos alcançar sem reservas ou estamos fadados a ser uma mistura de influências externas, expectativas sociais e nossa própria natureza?
Imagine a seguinte situação: você está sentado em um café, olhando pela janela enquanto saboreia seu café ou chá favorito. Você se pega pensando sobre a sua vida, sobre as escolhas que fez, as oportunidades que deixou passar e aquelas que agarraram. Você se pergunta: "Será que estou sendo verdadeiramente quem eu quero ser?"
Essa pergunta pode desencadear uma série de reflexões profundas sobre autenticidade e autodeterminação. Afinal, o que queremos ser é muitas vezes moldado por uma miríade de influências: nossa família, amigos, cultura, mídia e experiências pessoais.
Vamos trazer novamente para a mesa Jean-Paul Sartre, o filósofo existencialista francês, tinha algumas coisas a dizer sobre isso. Como já disse anteriormente ele acreditava que somos seres livres, responsáveis por nossas próprias escolhas e que somos definidos por essas escolhas. Em outras palavras, Sartre argumentava que somos o resultado de nossas ações, e é através dessas ações que nos tornamos quem somos.
Então, voltando àquela pergunta incômoda sobre ser quem você quer ser, talvez Sartre estivesse nos dizendo para olhar para nossas escolhas. Estamos vivendo de acordo com nossos próprios valores e crenças, ou estamos simplesmente seguindo o fluxo das expectativas alheias?
Pense nas pequenas decisões do dia a dia. Desde a escolha do que vestir pela manhã até as decisões de carreira e relacionamento, cada escolha molda nossa jornada e contribui para quem nos tornamos. Às vezes, é fácil se perder no turbilhão de influências externas e esquecer quem realmente queremos ser.
Mas, e se a resposta não for tão simples quanto escolher um caminho e segui-lo? E se ser quem queremos for mais sobre aceitar a complexidade de quem somos, com todas as nossas falhas e contradições?
Aqui está uma ideia: talvez ser quem queremos seja mais sobre autenticidade do que sobre alcançar um estado ideal. Talvez seja sobre abraçar nossas imperfeições e abraçar a jornada de autodescoberta e crescimento pessoal.
Então, da próxima vez que você se encontrar questionando se está sendo quem quer ser, lembre-se de que a vida é uma jornada de autodescoberta e que ser autêntico consigo mesmo é um ato de coragem.
Então, levante sua xícara, respire fundo e lembre-se: ser quem queremos pode ser um trabalho em progresso, mas é um trabalho que vale a pena.
E lembre-se das palavras de Sartre: "Somos nossas escolhas." Então, que escolhas você fará hoje para se tornar quem quer ser?
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