Você já teve aquela conversa que parece durar uma eternidade? Ou talvez tenha recebido um e-mail que parecia mais um romance do que uma mensagem rápida? Bem-vindo à era da prolixidade, onde muitas vezes menos é mais, mas alguns ainda não receberam o memorando.
Vamos
encarar: em um mundo onde o tempo é dinheiro e a atenção é um recurso precioso,
a habilidade de se expressar de forma concisa e eficaz é mais valiosa do que
nunca. No entanto, muitos de nós ainda lutam contra a tentação de encher nossas
comunicações com palavras desnecessárias, transformando uma simples troca em
uma maratona verbal.
Imagine
esta cena: você está em uma reunião de trabalho, ansioso para discutir suas
ideias brilhantes sobre o próximo projeto. Mas antes que você tenha a chance de
abrir a boca, um colega começa a falar. E falar. E falar. O que deveria ser uma
reunião de 15 minutos se transforma em uma odisseia de uma hora, com o tema
principal se perdendo em meio a uma enxurrada de palavras.
O
mesmo vale para a comunicação escrita. Quantas vezes você já abriu um e-mail
pensando que seria uma leitura rápida, apenas para se ver navegando por
parágrafos e parágrafos de informações irrelevantes? É como se o remetente
estivesse sendo pago pelo número de palavras que usam, em vez de pelo valor da
mensagem que estão transmitindo.
Claro,
a prolixidade não é apenas um problema nos ambientes de trabalho. Pense nas
intermináveis conversas telefônicas com aquela tia distante que parece nunca
entender o conceito de "vamos direto ao ponto". Ou nos encontros com
amigos que se estendem até altas horas da noite, simplesmente porque ninguém
consegue encerrar a conversa.
Então,
o que podemos fazer para combater essa epidemia de palavras em excesso? Em
primeiro lugar, precisamos reconhecer que a comunicação eficaz não se trata de
dizer o máximo possível, mas sim de transmitir nossas ideias de forma clara e
sucinta. Isso significa cortar a gordura linguística e ir direto ao ponto.
Uma
dica útil é praticar a arte da edição. Antes de enviar aquele e-mail ou iniciar
aquela conversa, pergunte a si mesmo: "Essa informação é realmente
necessária? Estou transmitindo minha mensagem de forma clara e direta?" Se
a resposta for não, talvez seja hora de dar uma podada no seu discurso.
Além disso, vale a pena lembrar que ouvir é tão importante quanto falar. Se todos nós nos esforçarmos para ser mais concisos em nossas comunicações, podemos economizar tempo e energia para nos concentrarmos no que realmente importa.
A prolixidade pode ser uma armadilha fácil de cair, mas com um pouco de prática e consciência, podemos aprender a dizer mais com menos. Então, da próxima vez que você estiver prestes a entrar em uma maratona verbal, lembre-se: menos é mais. E às vezes, o silêncio pode ser a melhor resposta de todas.