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quarta-feira, 21 de fevereiro de 2024

Ameaças Patéticas


Você já se pegou pensando sobre aquelas coisas que parecem ameaçadoras à primeira vista, mas quando você para e olha melhor, elas são meio... patéticas? Pois é, estamos falando das "ameaças patéticas" do nosso dia a dia. Vamos refletir sobre esse assunto e ver como tantas coisas que nos tiram o sono são, na verdade, bem menos assustadoras do que parecem.

Você já se deparou com uma discussão acalorada online sobre qual é o melhor super-herói? Batman ou Superman? Bem, parece uma batalha épica, mas no final das contas, é só uma disputa entre fãs. Nenhum dos dois vai aparecer na sua porta para salvar o dia (infelizmente).

Pensando em coisas mais sérias, o que dizer daquela pessoa no escritório que está sempre tentando te passar para trás? Parece uma ameaça real, até que você percebe que a vida dá voltas, e as pessoas desonestas geralmente acabam se dando mal.

Lembra daquela dieta da moda que todo mundo estava fazendo? Aquela que te prometia o corpo dos seus sonhos em apenas duas semanas? Bem, acho que agora ela está sendo substituída por outra nova tendência. É como se as dietas fossem a moda das modas, sempre mudando e nunca realmente entregando o que prometem.

O termo "ameaças patéticas" é mais uma expressão informal para descrever situações ou problemas que parecem significativos ou preocupantes à primeira vista, mas que, ao olharmos mais de perto, percebemos que são trivialidades ou não merecem tanta atenção, mas mesmo assim tem muita gente que chega a brigar com o outro por trivialidades, você conhece alguém assim? Ou talvez se flagrou a tempo de evitar que também partisse para alguma discussão boba, ora, as vezes derrapamos na curva, tudo bem, não pode é sair da estrada e capotar.

Uma "ameaça patética" do cotidiano que beira o absurdo é a obsessão por likes e seguidores em redes sociais. Muitas pessoas colocam uma quantidade exagerada de energia e importância nessa busca por validação online, como se o número de curtidas ou seguidores determinasse seu valor como indivíduo. É absurdo pensar que a popularidade nas redes sociais possa definir nossa autoestima ou nosso sucesso na vida real. No entanto, vemos pessoas buscando desesperadamente a atenção virtual, sacrificando muitas vezes sua privacidade, saúde mental e até mesmo relacionamentos pessoais genuínos só para manter uma imagem de popularidade online.

Na relação absurda da obsessão por likes e seguidores em redes sociais, pode-se argumentar que as plataformas de mídia social são as principais ganhadoras. As empresas por trás dessas plataformas lucram com a atenção constante dos usuários, pois mais tempo online geralmente se traduz em mais receitas por meio de publicidade direcionada. Os algoritmos dessas redes são projetados para manter as pessoas engajadas, muitas vezes favorecendo conteúdos que geram reações rápidas, mesmo que superficiais. Isso cria um ciclo em que os usuários buscam constantemente aprovação e validação por meio de likes, compartilhamentos e comentários, alimentando a máquina de engajamento das plataformas. Enquanto as plataformas de mídia social ganham financeiramente e retêm usuários, muitos indivíduos podem estar inadvertidamente sacrificando seu bem-estar emocional e conexões significativas na vida real nesse ciclo absurdo de busca por validação online

Esse comportamento é uma ameaça patética porque, no final das contas, a validação que buscamos nas redes sociais é efêmera e muitas vezes vazia. É como se estivéssemos dando poder a algoritmos para determinar nosso valor como seres humanos, o que é, sem dúvida, uma perspectiva absurda quando analisada de perto.

Agora, vamos dar uma olhada no mundo da política. Quantas vezes já vimos políticos fazendo promessas grandiosas durante as eleições, apenas para esquecê-las assim que estão no poder? Parece uma ameaça à nossa confiança no sistema, mas no fundo, não é nada que não estejamos acostumados a ver.

As discussões de futebol podem definitivamente se enquadrar na categoria de "ameaças patéticas" em muitos casos. Embora seja natural e saudável ter paixão pelo esporte e discutir sobre ele, algumas discussões de futebol podem se tornar exageradas e até mesmo absurdas. Por exemplo, quando as discussões se transformam em brigas acaloradas, insultos pessoais e rivalidades extremas entre torcedores, isso pode ser considerado uma "ameaça patética". No grande esquema das coisas, o futebol é apenas um jogo e não deveria provocar hostilidade entre as pessoas.

Além disso, há casos em que as discussões de futebol podem ser tão intensas que afetam negativamente relacionamentos pessoais, trabalho e até mesmo a saúde mental das pessoas envolvidas. Isso pode ser considerado patético porque a importância dada ao futebol é desproporcional às outras áreas da vida. No entanto, é importante notar que nem todas as discussões de futebol se enquadram nessa categoria. Muitas vezes, as conversas sobre futebol podem ser divertidas, estimulantes e até mesmo educativas. Tudo depende do contexto e da maneira como as pessoas se envolvem nessas discussões.

Então, como lidar com todas essas "ameaças patéticas" que encontramos no nosso cotidiano? Bem, talvez seja hora de adotar uma abordagem mais tranquila. Como o grande pensador estoico Epiteto uma vez disse: "Há apenas uma maneira de felicidade e essa é cessar de se preocupar com coisas que estão além do poder da nossa vontade". Ou seja, concentre-se no que você pode controlar e não se deixe levar pelo drama das "ameaças patéticas".

No final das contas, a vida é curta demais para se preocupar com coisas que não valem a pena. Então, da próxima vez que você se deparar com uma "ameaça patética", dê uma boa risada, respire fundo e siga em frente. Afinal, há coisas muito mais importantes para se preocupar do que com o último meme que está circulando na internet.

Um livro muito interessante que ajuda a entender melhor as "ameaças patéticas" e outros aspectos culturais é "O Alienista", escrito por Machado de Assis. "O Alienista" é uma obra que aborda questões relacionadas à razão, loucura e os limites entre elas. A história se passa em uma cidadezinha fictícia chamada Itaguaí, onde o Dr. Simão Bacamarte decide construir um hospício para tratar os "alienados". No entanto, sua busca pela perfeição e pela definição do que é a sanidade o leva a considerar cada vez mais pessoas como loucas, levantando questões profundas sobre os critérios de normalidade e os limites do conhecimento humano.

Este livro oferece uma visão crítica e perspicaz sobre a natureza humana, a sociedade e as instituições, e pode ser uma base interessante para reflexões sobre as chamadas "ameaças patéticas" em nossa vida cotidiana e em nosso comportamento social. Machado de Assis é conhecido por sua habilidade em explorar os aspectos mais complexos e sutis da condição humana, tornando "O Alienista" uma leitura relevante e enriquecedora para aqueles interessados em entender melhor a sociedade e a cultura brasileira.

Para quem já leu vale a pena ler novamente, sempre captamos um detalhe que passou desapercebido.

Fica aí uma dica de leitura!

 

domingo, 29 de agosto de 2021

Resenha do Livro Dom Casmurro de Machado de Assis

Um ótimo romance, já li três vezes este livro, e ainda não me convenci dos argumentos do protagonista, este é um dos melhores livros da literatura brasileira e mundial, romance psicológico de narrativa em linguagem culta, narrado na visão masculina, ambientado na segunda metade século XIX, na cidade do Rio de Janeiro, segundo império, dividido em 148 capítulos curtos, com vivencia nas recentes mudanças sócio políticas em nosso pais, crise da monarquia, Abolição da escravatura, proclamação da república, a obra foi publicada em 1899, apenas a uma década da substituição da monarquia escravocrata pela republica.

É uma narrativa comum, carregada das características da fase realista de Machado de Assis, digressão, metalinguagem, ironia, intertextualidade, antirromantismo, objetividade; análise psicológica; crítica à burguesia; valorização do presente; fluxo de consciência; ausência de idealizações; racionalismo e crítica social, ele nascido em família abastada, religiosa e escravocrata, ela (Capitu) é de origem pobre, vizinha de Bentinho desde seus cinco anos de idade. Assis representa as categorias socais mais marginalizadas do Brasil da época: os pobres, as mulheres e a parte a violência do escravismo.

Breve resumo: Bentinho e Capitu são criados juntos e se apaixonam na adolescência. Mas a mãe dele, por força de uma promessa, decide enviá-lo ao seminário para que se torne padre. Lá o garoto conhece Escobar, de quem fica amigo íntimo. Algum tempo depois, tanto um como outro deixam a vida eclesiástica e se casam. Escobar com Sancha, e Bentinho com Capitu. Os dois casais vivem tranquilamente até a morte de Escobar, quando Bentinho começa a desconfiar da fidelidade de sua esposa e percebe a assombrosa semelhança do filho Ezequiel com o ex-companheiro de seminário.

Personagens do romance:

 

Bento Santiago ou Bentinho: narrador da história e protagonista.

Capitolina ou Capitu: esposa de Bentinho.

José Dias: um agregado da família de Bentinho.

D. Maria da Glória Fernandes Santiago ou D. Glória: mãe de Bentinho.

Tio Cosme: irmão de D. Glória.

Pádua: pai de Capitu.

D. Fortunata: esposa de Pádua e mãe de Capitu.

Prima Justina: prima de D. Glória.

Ezequiel de Sousa Escobar ou Escobar: melhor amigo de Bentinho.

Sancha: esposa de Escobar.

Ezequiel A. de Santiago ou Ezequiel: filho de Bentinho e Capitu.

Capituzinha: filha de Escobar e Sancha.

Este romance é narrado em primeira pessoa, por Bento Santiago, ou, como é narrado já no início do livro, Dom Casmurro, cujo nome por conveniência se tornou o título da obra:

 

“Não consultes dicionários. Casmurro não está aqui no sentido que eles lhe dão, mas no que lhe pôs o vulgo de homem calado e metido consigo. Dom veio por ironia, para atribuir-me fumos de fidalgo. Também não achei melhor título para minha narração; se não tiver outro daqui até o fim do livro, vai este mesmo. ”

 

Narrativas em primeira pessoa partem do ponto de vista daquele que narra, neste caso do Bentinho o protagonista abastado, advogado, de cara ele admite que não tem boa memória, ele como advogado tem o habito do discurso do convencimento, obviamente tem seu teor jurídico, quando narra, já velho, a narração inicia em uma viagem num trem da Central, ele já era formado em direito. Então, provido de cacoetes da profissão, ciumento e possessivo que era, usa de artifícios para colocar em pauta sua insegurança e ciúme relacionados a sua amiga de infância e esposa, Capitu. Assim, desenvolve desde o início do livro, a pergunta que só iria fazer em sua última página, e na qual ronda os pensamentos de Dom Casmurro, se ele teria sido traído por Capitu.

 

“Como vês, Capitu, aos catorze anos, tinha já ideias atrevidas, muito menos que outras que lhe vieram depois; mas eram só atrevidas em si, na prática faziam-se hábeis, sinuosas, surdas, e alcançavam o fim proposto, não de salto, mas aos saltinhos. ”

A história inicia nas lembranças de sua juventude no sitio de Matacavalos, centro da cidade do Rio de Janeiro, em 1857 Bentinho tinha quinze anos, seu amor nasceu em sua infância e nutre muitos ciúmes, ele descreve Capitu de olhos de cigana, obliqua e dissimulada, olhos misteriosos e muito esperta, astuta, observadora, isto é, tudo baseado na narrativa do bentinho, um homem triste e amargurado, ele pode ter omitido de maneira tendenciosa, ele se dizia ingênuo e ela desde cedo muito esperta. A obra traz em seu bojo também pontos para nossas reflexões acerca das transformações das relações de gênero e sexualidade na cultura brasileira do século XIX.

Capitu o amor de sua vida traiu ou não Bentinho com seu melhor amigo? Se ler atentamente, as pistas que Assis deixou ao longo do livro ajudam a desvendar a dúvida, pessoas ciumentas são teimosas, possessivas, opressoras, tem o outro como propriedade sua, um tipo de relacionamento de senhor e escravo, nada do que o outro diga ou faça é suficiente para resolver a questão intima, ele sim, escravo da dúvida e de sua insegurança, vive em seu mundo fantasiado, sua postura consegue interferir até em sua maneira de relacionar-se com seu filho, pois vê no filho traços que remetem ao amigo morto, no entanto, a dúvida tende a permanecer, ouvimos apenas um lado da história, portanto é parcial.

O ciúme de Bentinho é fundamental na obra de machado, não ao ponto de uma tragédia, mas Machado vai buscar inspiração na tragédia de William Shakespeare, na obra Otelo, através do personagem Otelo em seu amor e ciúme por Desdêmona, sua esposa. Desdêmona por ciúmes é estrangulada pelo marido, que acredita que ela tenha cometido o adultério com seu grande amigo, Cássio. Essa temática shakespeariana é refletida na obra Dom Casmurro, na desconfiança causada pelo ciúme do personagem Bentinho, que acredita que sua esposa Capitu cometeu o adultério com seu amigo, Escobar. Bentinho, após assistir à peça teatral “Otelo”, de Shakespeare, imagina-se no papel de Otelo e Capitu, o da personagem Desdêmona. As menções de Otelo em três capítulos fazem referência direta a obra de Shakespeare, demonstrando uma relação explícita de Otelo em Dom Casmurro, essa relação pode ser explicada pela teoria da intertextualidade, a partir da qual se observa o diálogo entre Dom Casmurro e Otelo, enriquecendo a história criada por Machado, demonstrando profundidade da obra numa rede de conexões.

A obra não se resume ao debate sobre o adultério, e obra repleta de nuances dando um panorama critico de uma sociedade de aparência, envia Capitu e o filho para viverem na Suíça, de maneira a manter as aparências de um casamento, que não existia mais.

Assis apresenta a mulher contrariando a imagem da mulher naquela época numa sociedade totalmente patriarcal, apresenta a personagem Capitu uma mulher de muita força e domínio psicológicos, em vários momentos ele ressalta sua inteligência e esperteza:

Capitu era Capitu, isto é, uma criatura mui particular, mais mulher do que eu era homem”

 

“Como era possível que Capitu se governasse tão facilmente e eu não?”

Ao iniciarmos o livro, somos apresentados por Bento a sua mãe e viúva, Dona Glória; e a sua promessa de tornar seu filho um padre, a qual mais tarde, a promessa é levada a sério, leva o narrador protagonista a frequentar o seminário, deixando para trás uma paixão recém aflorada pela amiga Capitu, que jura esperar pela sua saída para se casarem. No seminário conhece Escobar (desde então seu melhor amigo), ambos conseguem livrar-se do seminário e seguem suas vidas por caminhos diferentes. Entretanto, existem também diversos outros personagens que já no início nos são apresentados, e se tornam importantes para desenvolver o pensamento de nosso narrador no momento em que ele escreveria o livro. Um deles é José Dias, que descreve os olhos de Capitu como sendo de “cigana oblíqua e dissimulada”, característica que vemos citada por Bento em outros momentos ao decorrer da trama.

Este relato é um relato de ciúme devido a sua insegurança e de ressentimento em relação ao passado, neste viés temos a suposta traição de Capitu e a negação da paternidade devido a ser fruto de um relacionamento com outro, ao revolver o passado, ele expressa sua falta de plenitude, sentimento de abandono e solidão, estes seriam exemplos dos motivos condutores do pessimismo de Bento e de seu niilismo, a filosofia schopenhauereana está presente na construção deste e de outros romances no pensamento de Assis.

A obra polêmica bem conhecida, leitura obrigatória para vestibular, já foi adaptada para o cinema, teatro e TV, mas é lendo que você tem acesso a história crua e pode tirar suas próprias conclusões, traiu ou não é fruto dessa insegurança do personagem que mesmo apresentando os fatos do seu ponto de vista não conseguiu me convencer, e será que se convenceu alguém, esse alguém não passa pelos mesmos perrengues e vê na narrativa um pouco de seus fantasmas? Se sim, é melhor buscar ajuda psicológica.

A “chave” da traição de Capitu

O jornal “O Globo” publicou uma breve resenha do livro “Código Machado de Assis — Migalhas Jurídicas” (Editora Migalhas, 592 páginas), do advogado Miguel Matos. O título do texto é “Capitu traiu? Advogado encontra prova jurídica em capítulo de ‘Dom Casmurro”. SERÁ?

Primeiro, Miguel Matos é corajoso ao desafiar a crítica mais categorizada e se mostrar como dono de um código que decifra Machado de Assis e, por extensão, seu romance. Segundo, afirma que encontrou a “prova cabal” da traição de Capitu (frise-se que poucos apontam a “traição” de Escobar, que era amigo do supostamente “traído”). Há uma “senha jurídica” que, sim, “demonstra” o adultério.

O registro de “O Globo, citando Machado de Assis, Bentinho e Miguel Matos: “Certa noite, Bentinho, ele próprio um advogado, vai ao teatro sem Capitu e, ao voltar antes do fim do primeiro ato, encontra Escobar à porta do corredor de sua casa. É uma situação de quase flagrante, que só piora o álibi: o amigo diz que passara por lá para tratar de uma ‘questão de embargos’. Só que, quanto mais Escobar explica o assunto, mais o leitor dotado de um mínimo conhecimento jurídico percebe que o incidente não é importante, observa Matos. Além do mais, Escobar era um veterano negociante, com experiência suficiente para saber disso. Em tempos pré-WhatsApp, ele nunca bateria tarde da noite na casa de alguém se o motivo não fosse relevante. Porém, o mais importante aparece logo no título deste mesmo capítulo. Machado o nomeou ‘Embargos de terceiro’ — uma terminologia jurídica que o autor já havia utilizado no romance ‘A Mão e a Luva’. ‘Machado usa muitas metáforas jurídicas em sua obra’, diz Matos. Em ‘Dom Casmurro’, o termo ‘embargos de terceiro’ é uma metáfora para disputa pela posse. No caso, a ‘posse’ de Capitu. O mesmo aparece em ‘A Mão e Luva’ para falar sobre uma pessoa que quer conquistar a outra. Machado não iria fazer essa associação à toa”.

A argumentação de Miguel Matos certamente será levada em consideração pelos críticos e biógrafos de Machado de Assis. Entretanto, a grande jogada, leitor, é deixar o romance como obra aberta — porque o must do livro de Machado é a incerteza, não a certeza ou certezas. Ao dizer isto não estou sugerindo que os críticos não devam “avançar” nas interpretações, acrescendo novas informações, o que a obra do escritor sempre permite, dadas sua agudeza e sua amplitude. Mas talvez não se deva “forçar” a obra a dizer o que nos convém — aquilo que queremos perceber. Às vezes, a “grande sacada” pode não figurar no romance, mesmo em suas entrelinhas, e sim naquilo que, antes de examinar o fato, já pensamos dele.

 

SERÁ? Prefiro o livro aberto ao pensamento e as hipóteses, a beleza da obra está na dúvida que funciona como um organismo vivo alimentado pela dúvida da infidelidade e até da opção sexual de Bentinho, a história é cativante! Vale a pena ler mais de uma vez, aliás, vale a pena ler mais de uma vez qualquer obra do gênio Machado de Assis!

Fontes:

ASSIS, Machado de. Dom Casmurro. 30ª. ed. São Paulo: Ática, 1996.

https://www.jornalopcao.com.br/colunas-e-blogs/imprensa/advogado-diz-que-encontrou-o-codigo-que-prova-que-capitu-traiu-bentinho-352223/

Fonte:

ASSIS, Machado de. Dom Casmurro. 30ª. ed. São Paulo: Ática, 1996.