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terça-feira, 21 de novembro de 2023

Crise de Valores

Um mapa mental pode ser uma ferramenta útil para explorar e organizar ideias sobre a crise de valores contemporâneos, então vou estruturar um mapa mental que aborde a crise de valores contemporâneos, sobre esse tema na vida moderna, posso pensar num turbilhão de memes, tweets e dramas na timeline. Em meio a esse frenesi digital, parece que perdemos algo pelo caminho. Algo chamado valores. Sim, estou falando da tal "crise de valores contemporâneos". Para entrar e sair desse labirinto ético vou precisar da ajuda de um guia inusitado: Jean-Paul Sartre, o filósofo existencialista.

Antes vamos esclarecer o que é Ética e o que é Moral de maneira bem simplificada. Ética é tipo a teoria do que é certo ou errado, meio que a parte filosófica e abstrata dessas coisas. Já moral é mais na prática, são os valores e regras que a gente segue no dia a dia, muitas vezes vindos da cultura, religião ou sociedade em que a gente está inserido. A ética dá os princípios, tipo o "porquê", enquanto a moral é mais o "como" a gente age na vida real.

Ética e moral estão no mesmo balaio, mas têm uns detalhes que os diferenciam. A moral é mais pessoal. Ela é o conjunto de valores e regras que uma pessoa segue, muitas vezes ligado à religião ou educação. Já a ética é mais ampla, é como a moral da sociedade toda. Ela dita o que é certo ou errado na geral, nas regras que a pessoa aceita para conviver numa boa. Então, moral é mais individual, e ética é o código de conduta que a sociedade espera que geral siga. Resumindo, a moral é o que você acha certo, e a ética é o que a sociedade espera que seja certo. É meio como o combo individual e o combo coletivo do certo e errado.

Vamos a uma breve introdução à confusão ética, vamos imaginar um mundo onde a tecnologia avança a passos largos, a globalização nos conecta, mas, estranhamente, as conexões humanas parecem mais frágeis do que nunca. Bem-vindo à era da crise de valores. A pergunta que paira sobre nós é: "Onde foi parar a ética?". Então, vamos colocar nossa mochila com nossas ferramentas e vamos caminhar por este mundo complexo.

Vamos pensar nas raízes da crise, nossas raízes éticas parecem ter sido abaladas por terremotos sociais. Mudanças rápidas, desigualdades gritantes e a avalanche de informações moldam nosso terreno ético. Sartre, o cara que disse que "a existência precede a essência", ficaria intrigado com a essência ética que estamos construindo, realmente são muitos os acontecimentos e novidades, precisamos saber lidar com tudo.

Agora o que vemos é o caos na selva ética, a crise de valores se manifesta como um zoológico ético em desordem. Empatia escassa, intolerância em alta, e a ética desaparecendo mais rápido que o Wi-Fi em um café lotado. Aqui, Sartre nos lembraria que somos "condenados à liberdade", responsáveis por nossas escolhas, mesmo quando a ética parece uma selva impenetrável, disto não há escapatória, estamos condenados.

Como fica o impacto nas relações, eis aqui o drama na vida real. Nas relações interpessoais, a crise de valores cria um drama digno de uma novela mexicana. Famílias despedaçadas, amizades frágeis e a confiança virando uma moeda rara. Sartre, o observador da liberdade individual, nos lembraria que nossas escolhas moldam nossas relações.

Nesta caminhada dentro da selva estamos à procura de soluções. O caminho da libertação ética, se assim podemos dizer, cabe a pergunta: Como escapar desse labirinto ético? Sartre nos diria para abraçarmos nossa liberdade e agir com autenticidade. Promover a educação ética, fortalecer comunidades e praticar a empatia são as ferramentas que ele nos ofereceria para desbravar esse terreno desconhecido. Realmente é um trabalho árduo e constante, não dá nem para piscar.

Não precisamos inventar a roda, temos a Filosofia como farol, muito já foi pensado e escrito, é preciso abrir livros, os faróis estão lá dentro. Ao olharmos para as correntes filosóficas, Sartre surge como um farol na escuridão ética. Sua ênfase na responsabilidade individual e na criação constante de valores pessoais ecoa em um mundo que muitas vezes parece ter perdido seu rumo moral.

Com tanta novidade acontecendo ao mesmo tempo, nossa jornada tornou-se mais complexa, é o velho juntando-se ao novo e as novidades incessantes, o novo mais novo a todo o momento, é uma verdadeira jornada ética em tempos modernos. Navegar pela crise de valores contemporâneos pode parecer uma aventura sem mapa, mas com um pouco de filosofia e um guia como Sartre, talvez possamos encontrar nosso caminho. Lembre-se, a ética não é um destino, mas uma jornada constante de escolhas, e como Sartre nos lembra, "estamos condenados a ser livres". 


Jean-Paul Sartre era conhecido por frequentar cafeterias em Paris, especialmente durante o período pós-guerra. Ele e sua companheira, Simone de Beauvoir, eram figuras proeminentes nos círculos intelectuais e literários da época, e muitas vezes eram vistos em cafés discutindo filosofia, política e literatura. A cafeteria mais famosa associada a Sartre é o Café de Flore, localizado no bairro de Saint-Germain-des-Prés, em Paris. Este café era um ponto de encontro popular para escritores, filósofos e artistas da época. Sartre e Beauvoir passavam horas ali, trocando ideias com outros intelectuais.


Além do Café de Flore, eles também frequentavam o Les Deux Magots, outro café icônico na mesma região. Esses estabelecimentos não eram apenas lugares para tomar café, mas também eram espaços culturais onde as mentes criativas se encontravam para debater e compartilhar ideias. A cultura das cafeterias parisienses desempenhou um papel significativo na vida intelectual e social de Sartre, proporcionando um ambiente propício para discussões e reflexões profundas, algo que certamente se alinhava ao espírito existencialista do filósofo.


Se a gente trouxesse o Sartre para a bagunça do nosso dia a dia cheio de novidades, o cara teria uns conselhos bem práticos para dar. Tipo, nos imaginarmos com Sartre num café, conversando sobre a vida moderna. Sartre ia começar com essa, com certeza. Ele diria algo como: "Ei, amigo, nada de viver pelos outros. Seja autêntico, seja você mesmo. Essa história de se moldar pelos outros é furada." Para ele, a responsabilidade era tipo um mantra. Sartre falaria algo do tipo: "Olha, meu chapa, a vida é cheia de escolhas. Não adianta botar a culpa nos outros. A responsabilidade é tua, sempre." Sartre não era de ficar só na teoria. Ele ia dar aquela cutucada: "Não fica só na Netflix, irmão. Se envolve na sociedade, seja ativo. Se não gostar do sistema, vamos mudar isso junto." Sartre, o cara do existencialismo, ia soltar algo do tipo: "Nada de máscaras nos relacionamentos, beleza? Seja verdadeiro. Ninguém merece um teatro todo dia." Sartre ia falar sobre valores: "Amigo, valores não são fixos. São tipo uma playlist, vai mudando. Então, de vez em quando, dá uma olhada na tua 'playlist' moral e vê se está tudo em sintonia." Diante da incerteza da vida, Sartre seria aquele amigo tranquilo: "Relaxa, irmão. A vida é meio louca, cheia de incertezas. Aceita a treta e vai vivendo. Um dia de cada vez!

Enfim, se tivéssemos Sartre dando pitaco na nossa vida corrida, acho que ele ia jogar uma conversa sem rodeios. Nada de complicar, só um guia prático para a selva moderna. E quem sabe, entre um gole de café e outro, a gente conseguiria captar um pouco da filosofia desse camarada existencialista.

Um outro pensador, porem cientista, o sóciobiologista Edward Osborne Wilson, conhecido como E. O. Wilson, foi um renomado biólogo e entomologista, suas contribuições também se estenderam ao campo da ética, especialmente em relação à biodiversidade e à conservação. Wilson abordaria a ética de uma perspectiva biológica, argumentando que a ética humana deve estar alinhada com a preservação e respeito pela diversidade da vida na Terra. Ele defenderia a ideia de que a ética não é exclusivamente uma construção humana, mas tem raízes profundas na evolução biológica. Acreditava que os seres humanos têm uma responsabilidade moral de proteger a biodiversidade e o equilíbrio dos ecossistemas, não apenas por razões éticas humanas, mas também por um imperativo biológico. Além disso, Wilson destacaria a interconexão de todas as formas de vida e enfatizaria a necessidade de uma ética global que transcenda fronteiras culturais. Ele poderia argumentar que a ética deve ir além dos interesses humanos imediatos e incorporar uma visão mais holística que considere o impacto de nossas ações no planeta como um todo. Portanto, E. O. Wilson provavelmente enfatizaria a importância de uma ética que leve em conta não apenas as relações humanas, mas também a relação da humanidade com o meio ambiente e com outras formas de vida, baseada em uma compreensão profunda da ecologia e da interdependência biológica.

Então, fica aqui duas visões, uma visão de um filósofo e outra de um cientista.

 

 

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