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terça-feira, 21 de abril de 2020

A Incerteza é um obstaculo constante...




A incerteza é um obstáculo constante que aparece em nossa vida, gerando medos e preocupações. Não saber o que vai acontecer significa não ter controle sobre as coisas. Nestes momentos que estamos vivendo, estamos sendo conduzidos a parar um pouco e refletirmos, nos recolhermos em nossos lares, a frear nossos instintos consumistas, darmos valor ao pão e nem tanto a manteiga, afinal o pão é o principal alimento, a manteiga é apenas um tempero!

Não estamos sozinhos, basta olhar para o lado para vermos nossos semelhantes na mesma luta, é preciso entender que há uma solução para nossos problemas, pensamento positivo nos deixam mais leves, precisamos de leveza, este sentimento neste momento pode ajudar, tenha fé! Veja a fé como a expressão da razão e da intuição, a fé raciocinada é a fé autentica! Confiar em nossas boas intenções, nas decisões certas no momento certo, nas escolhas certas que podemos e devemos fazer nos levam a ter dias melhores, são as medidas certas para superarmos estes momentos de incertezas angustiantes, confiar e acreditar que além da curva há um futuro melhor! Temos dentro de nós todas as respostas necessárias para nossas incertezas!


Pense que se Deus criou este mundo e todos os mundos, O fez dentro de leis que regem sua criação com dispositivos que freiam os excessos no momento certo, Deus é a natureza, e a natureza dentro de suas leis está nos proporcionando viver este momento de freio como uma oportunidade de realizarmos mudanças!

Aproveitemos esta oportunidade para nos reorganizarmos, refletirmos a respeito da velocidade exagerada e da vontade de gozo constantes, parece que estamos fugindo de nós mesmos, fugindo de nosso reflexo em nosso espelho buscando nosso reflexo no espelho dos outros, as pessoas querem a todo custo e a todo momento estarem sendo vistas e admiradas, procuram no barulho do convívio social sufocar a inabilidade de conviver com sua solidão, as pessoas não se sentem à vontade sozinhas consigo mesmas, em seu interior há o vazio, nada encontram, pois não aprenderam a viver!

O sentimento de vazio, é um sentimento difícil de explicar, que fica cravado com força em nossa alma. Uma pessoa pode ter tudo e, entretanto, sentir um profundo vazio em seu interior. Sentir-se vazio é pensar que a nossa existência não tem sentido, mesmo quando o nosso ambiente nos mostra exatamente o contrário.

Eis alguns sinais que podem indicar que você está sofrendo com o vazio interior:
  • Medo de ficar sozinho;
  • Falta de sentido para a vida;
  • Sensação de vazio interior;
  • Ausência de realização ou felicidade;
  • Comportamentos viciantes (como forma de escapar do vazio);
  • Dormência emocional;
  • Dificuldade em desacelerar/ entrega ao trabalho (como uma forma de fuga);
  • Tédio constante.
Algumas pessoas, sentem-se vazias quando não se permitem experimentar emoções, sejam boas ou ruins. Porém, a causa do vazio interior pode ser totalmente diferente para cada um. Reserve um tempo para refletir sobre as causas do seu vazio. Se questione: “Por que estou me sentindo vazio?”. E examine todas as possibilidades. Ao identificar a causa do seu vazio, veja algumas soluções que podem ajudar a amenizá-lo:

Mantenha uma prática espiritual

Conectar-se ao seu espírito não é uma experiência única ou insana. Trata-se de uma prática séria, diária, com a qual você deve se comprometer por toda a vida. É preciso se esforçar sempre para realizar uma introspecção e se voltar para seu interior, obtendo o máximo de benefícios. Quando falamos de benefícios nos referimos a tudo, desde o mais sutil até experiências místicas, que mudam paradigmas.

 

Busque de forma incansável por sua auto realização

Inicie tentando encontrar o que te satisfaz emocionalmente, mentalmente ou espiritualmente. Isso vai exigir que você olhe para dentro e ignore tudo que outras pessoas te disseram sobre quem você deveria ser.

A auto realização é totalmente pessoal e só depende de você para encontrá-la. Ninguém pode entregá-la em uma bandeja de prata para você. É preciso explorar o que faz sua alma se acender e seu coração cantar. É imprescindível tomar medidas, definir as metas e fazer um esforço porque, caso não faça, vai acabar sentindo o vazio interior.

Lembre-se que o seu destino está totalmente em suas mãos. Após adotar uma atitude proativa em sua vida, provavelmente vai se sentir muito melhor. Aprenda a ser seu verdadeiro eu para iniciar a sua cura.

Se permita abraçar suas emoções

Experimentar nossas emoções e abraçá-las ativamente vai de encontro a tudo o que precisamos aprender para crescer. Emoções como tristeza e raiva são evitadas e temidas por causa de seus efeitos intensos. Esses sentimentos normalmente são ocultos e expressos pelo uso de álcool, vício no trabalho ou conflitos em relacionamentos.

Uma forma saudável e eficaz de libertar essas emoções é através da catarse. A catarse, quando feita em um ambiente privado e seguro, é muito libertadora. Diferentes maneiras de realizar a catarse incluem gritar, fazer exercícios intensos, dançar, chorar e rir.

Outras maneiras passivas de catarse incluem registro no diário e a arte-terapia. Nossas emoções precisam ser consertadas ou curadas. Não podemos simplesmente nos livrar do ciúme, raiva ou tristeza por toda a vida. Essas são emoções normais, que fazem parte de nossa existência. O que podemos fazer é deixa-las fluir por nós, sem se apegar ou dramatizar. Quando todas as emoções circularem normalmente por você, o vazio interior não será mais um problema, sua vida se tornará vibrante.

 

Crie uma rede de suporte particular

Apesar de querermos nos convencer do contrário, nós não somos ilhas. Como seres humanos, somos naturalmente sociáveis. Necessitamos de algum tipo de contato social, apoio e cuidado para sermos psicológica e emocionalmente saudáveis.

Uma das formas mais fáceis de parar de sentir o vazio interior é procurar pelas outras pessoas. Tente encontrar aqueles que se sentem de forma parecida com você, ou que estão enfrentando problemas semelhantes. Entender que o que você está vivendo faz parte da experiência humana e compartilhar isso tem um potencial de amenizar o seu sofrimento de maneira significativa.

Caso você não tenha alguém próximo em quem possa buscar apoio, existem diversos grupos de suporte on-line. Você pode encontrar redes de ajuda gratuitas na internet, onde existem conselheiros para te ouvir.

Montar uma rede de apoio não precisa ser ou parecer perfeito. Mesmo que sejam uma ou duas pessoas, pode ser suficiente para ajudá-lo a lidar com seus sentimentos de vazio interior. Se você não tenha ideia por onde começar, entre em uma mídia social e busque por grupos que são relacionados a vazio/ depressão.

 

Crie um sólido senso de identidade

Acredita-se que um fraco senso de si mesmo pode ser uma causa do vazio interior. Quando não temos um ego estável, ficamos flutuando e não alcançamos um senso de totalidade ou solidez. É essencial que todos nós tenhamos um ego estável, pois sem isso, simplesmente não conseguimos operar efetivamente neste mundo. Por isso, ter um senso de identidade frágil é como não ter uma casa para onde voltar e sentir-se vazio normalmente é o resultado. Falando psicologicamente, precisamos ser como o caracol, que leva sua concha (ego) como uma forma de abrigo e proteção.

Veja algumas sugestões para fortalecer seu senso de identidade:
    • Realize um brainstorming ou escreva em um bloco de notas o que você gosta. (É importante anotar o que você realmente gosta, não o que acha que deve gostar por dever ou obrigação);
    • Após descobrir algumas coisas que gosta, comece a explorá-las. Limite os seus interesses e os misture, até que consiga descobrir o que de fato deseja buscar. Também é interessante lembrar do que gostava de fazer na infância. Quais lembranças se destacam? Qual o tema recorrente? Este é um bom indicativo de como poderia ser sua vida;
    • Busque conhecimento. Leia livros, assista filmes e documentários, procure imagens que te inspirem e até participe de grupos com interesses em comum. Não pense muito sobre isso, apenas aja. Se inspire e alimente suas paixões. Também é legal fazer testes de personalidade disponíveis na internet;
    • Faça um diário respondendo as seguintes perguntas: O que você deseja ser? Quem você deseja ser? Deixe essas duas perguntas martelarem na sua cabeça por um tempo caso não tenha resposta. Ela virá naturalmente.
Possuir um senso fraco de identidade, que resulta em um sentimento de vazio interior, muitas vezes tem a ver com uma família disfuncional e tóxica. Se você foi criado em uma família muito rígida e com papeis rígidos, possivelmente aprendeu que não é legal ser você mesmo. Claro que isso não faz sentido. Aprender a amar a si mesmo e cuidar de sua criança interior será muito útil não apenas para fortalecer sua identidade, mas para aceita-la completamente.

Encontrar formas de superar o vazio interno pode ser complexo e desafiador. Quando ficamos sem energia pela ausência de propósito ou identidade, não temos motivação. Por isso, é preciso começar se conhecendo e se fortalecendo. Mas, todo esse processo vale a pena. Comece devagar, continue se esforçando, experimentando. O que você está vivendo possui um propósito e, acima de tudo, você não está sozinho.

Aproveitemos este momento de confinamento como uma grande oportunidade para aprendermos algo, esta é mais uma chance de reforma, transformando as incertezas em bênçãos, afinal é no dia a dia que nossas crenças são testadas. A oportunidade é parte de um processo de “3 Rs”, que correspondem a refletir, refinar e repetir. Lembre-se, a reflexão é parte fundamental da vida examinada. No processo de tentativa e erro, a reflexão envolve a análise do que estava dando errado. 

O refinamento envolve a descoberta de quais mudanças poderiam gerar melhoria na qualidade de vivermos nossas vidas. A repetição põe as mudanças à prova para ver se fazem o que deve fazer. Estamos na etapa do processo de refinamento!

Falta pouco para alcançarmos a etapa do processo de repetição, entenda que não será a simples repetição do que fazíamos errado, aqui se trata de retornarmos ao convívio social com mais leveza, menos luxurias e gozos desacerbados, nesta etapa do processo a natureza estará nos observando, e caso venhamos a reincidir nos mesmos erros, provavelmente o próximo remédio seja mais amargo! Fique atento aos sinais!!

Fontes: https://www.wemystic.com.br/conheca-5-maneiras-de-curar-o-seu-vazio-interior/

quinta-feira, 19 de março de 2020

Aprendemos Com a Crise



Concordo com Kuiava quando diz que mesmo quando ― “alguém não queira, de alguma forma, estará sempre se educando, pois, ao vir ao mundo, o ser humano, com seu modo singular de ser, tem a tarefa de assumir a responsabilidade pelo seu próprio ser, uma vez que não nasce pronto”.

Vivemos atualmente em momento singular, a quarentena imposta pela crescente contaminação por coronavírus tem impacto na rotina, o que gera mudanças, precisamos nos reeducar, precisamos a partir de agora manter como norma hábitos de higiene que até então tínhamos negligenciado, ou seja, não era “dada muita bola” para hábitos saudáveis como o simples ritual de lavar as mãos de forma correta, cumprimentar de forma correta, espirrar de forma correta. 

A higiene é essencial dentro e fora de casa. “Ao chegar do mercado, é necessário higienizar os produtos, passando álcool em gel em uma caixinha de leite, por exemplo”, diz a nutróloga Nivea Bordin. Hortaliças podem ser limpas em uma solução de água com vinagre antes de guardar e na hora de consumir. Na hora de cozinhar, é importante lavar as mãos quando houver contato com novos ingredientes: o calor do cozimento é capaz de inativar o vírus, mas ele pode continuar na pele e contaminar alimentos crus ou gelados.

Alimentar-se de forma correta, comer mal geralmente nos leva a dormir mal e com esta associação causam a baixa de nossa imunidade. 

Exercícios físicos estavam fora da lista de bons hábitos, basta ver o aumento da obesidade causados pela vida excessivamente sedentária.



Como toda a crise, o positivo é a reflexão sobre os erros do cotidiano, a dor está nos obrigando a rever nossos hábitos e conceitos, vamos manter vivos e presentes estes mesmos cuidados, tornando os hábitos saudáveis, como hábitos de nosso cotidiano, de maneira a estarmos sempre preparados para vencer esta guerra contra os agressores invisíveis e letais.

segunda-feira, 16 de dezembro de 2019

Palácios da Memória



      Quando falo de memória, vem de rompante registros fixados por minha amada filosofia, formatos escritos por nossos grandes pensadores e referenciais, dentre eles penso e lembro que, na concepção agostiniana do tempo como distensio animi ou duração de consciência, vê na memória a conservação integral do espirito por parte de si próprio; ou em Leibiniz, que concebia a memória como conservação integral em forma de virtualidade ou de “pequenas percepções” das ideias que não tem mais forma de pensamentos ou de “apercepções”; ou por Hobbes, por exemplo definiu a memória como a “sensação de já ter sentido”; ou por Hegel que interpretou a memória como inteligência ou pensamento (sempre em seu aspecto de recordação), vendo nela “o modo extrínseco, o momento unilateral da existência do pensamento”; ou por Nietzsche: “Fiz isto – diz-me a memória. Não posso ter feito – sustenta meu orgulho, que é inexorável, finalmente, quem cede é a memória”.

      Sei que, quando brindo meus filhos com beijos, essas cenas não ficar para sempre em nossas memorias, porem sei que não irão desaparecer sem deixar vestígios, irão permanecer pelo “menos no atacado” como sentimentos e laços emocionais agradáveis. Momentos podem ser esquecidos para sempre, ou vislumbrados através de uma lente embaçada ou distorcida, mas mesmo assim, algo deles sobrevive dentro de nós, permeando nosso inconsciente.

      Sei que, porque, lembro de já ter escrito algo sobre o Palácio da Memória descrito brilhantemente, por meu caro mestre Professor José Luiz Novaes, soube transmitir com eloquência e competência, registrando com a emoção em meu Palácio da Memória, parte da obra escrita por Santo Agostinho, tal prazer (que é uma das mais almejadas emoções, como bom epicurista, sem deixar de ser estoico) me faz trazer à baila novamente, como um dejá vu, eis seu pensamento:

Quando lá entro, mando comparecer diante de mim todas as imagens que quero. Umas apresentam-se imediatamente, outras fazem-me esperar por mais tempo, até serem extraídas, por assim dizer, de certos receptáculos ainda mais recônditos. Outras inrrompem aos turbilhões e, enquanto se pede e se procura uma outra, saltam para o meio como que a dizerem: «Não seremos nós?». Eu, então, com a mão do espírito, afasto-as do rosto da memória, até que se desanuvie o que quero e do seu esconderijo a imagem apareça à vista. Outras imagens ocorrem-me com facilidade em série ordenada, à medida que as chamo. Então as precedentes cedem lugar às seguintes e, ao cedê-lo, escondem-se para de novo avançarem. É o que acontece quando digo alguma coisa decorada.
(...)

Tudo isto realizo no imenso palácio da memória. Aí estão presentes o céu, a terra e o mar com todos os pormenores que neles pude perceber pelos sentidos, excepto os que já esqueci. É lá que me encontro a mim mesmo, se recordo as acções que fiz, o seu tempo, lugar e até sentimentos que me dominavam ao praticá-las. É lá que estão também todos os conhecimentos que recordo, aprendidos ou pela experiência própria ou pela crença no testemunho de alguém." Confissões Santo Agostinho

      Quando registramos momentos de nossas vidas, através da lente da máquina fotográfica, de certa forma registramos emoções, para alguém sim, para outros não, que para os últimos seriam apenas curiosidades, no entanto, os registros experimentados e registrados em nosso Palácio da Memória estão lá arquivados, o resgate destas memórias, são acionados por emoções, sem emoção não acessamos o departamento do inconsciente, muito bem instalado no Palácio da Memória.
As fotografias funcionam como uma provocação emocional, uma vez provocada, a emoção aflora e abre a porta do Palácio da Memória, como dito por Santo Agostinho:
(...)
Do mesmo modo, conforme me agrada, recordo as restantes percepções que foram reunidas e acumuladas pelos outros sentidos. Assim, sem cheirar nada, distingo o perfume dos lírios do das violetas, ou então, sem provar nem apalpar, apenas pela lembrança, prefiro o mel ao arrobe e o macio ao áspero.

      Reuni algumas fotografias como uma provocação emocional, são antigas fotografias, que para alguém poderá resgatar alguma emoção no seu exclusivo Palácio da Memória, feito isto, já por si só, validou meu objetivo nesta postagem.

 Igreja Nossa Senhora das Dores em Porto Alegre

 Mercado Publico de Porto Alegre
Prefeitura de Porto Alegre
Viaduto da Borges de Medeiros em Porto Alegre