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quarta-feira, 15 de fevereiro de 2023

Ansiedade tão atual e tão abrangente, Sêneca sempre atual

 


Reflexões sobre a ansiedade é assim que a dominamos, pensando e falando sobre ela tão humana, em sua etimologia quer dizer sufocar, apertar, caminho estreio e doloroso visando alguma coisa que está no futuro da vida, para o qual não nos sentimos preparados para enfrentar, há muitas expectativas e a relação de nosso momento histórico dão mais combustível para incendiar-nos, o ser humano esta acostumado com esta companhia é o que nos faz andar, o primeiro passo é caminhar e a ansiedade esta presente no dar o primeiro passo, a ansiedade está ali presente, junto a ela esta o medo, que tanto serve para nos frear ou nos avisar para dirigir com cuidado, se descontrolada o medo de ter medo é o pânico quando perdemos a lucidez, o medo da ansiedade é mais pânico do que medo, medo faz parte de quem tem certo grau de consciência.  

Para Freud, a ansiedade é adaptativa não apenas por preparar o animal para lidar com o perigo por meio da mobilização de energia psíquica, mas também por auxiliar na detecção antecipada de novas ocorrências do estado de perigo.

Nossa filósofa Lucia Helena Galvão da Nova Acrópole é referência para lidar com mais este tema que assola as sociedades, muito do que ela trata em suas palestras são problemas do cotidiano e a ansiedade é um tema precioso tratado magistralmente, ouvir o que ela tem a dizer ajuda-nos a pensar a respeito do que pode ser feito e qual a postura dos ansiosos frente aos medos que paralisam, a ansiedade não deixa de fora o medo de fracassar, a ideia de fracasso causa ansiedade que pode ser o gatilho para o fracasso, a falta de lucidez causado pela ansiedade exagerada se transforma em pânico e a fraqueza da lucidez.

Uma resposta diante da vida vem através do conhecimento e através de seu valor intrínseco, as coisas que tem maior valor em si são as coisas com maior valor na vida, bondade, amor, lealdade, compaixão, é preciso trabalho para obter momentos de alegria que em sua multiplicação se transformarão em felicidade, felicidade sólida, a ansiedade se dobrará a este forte inimigo que é o conhecimento, o conhecimento nos ensina a saborear a vida em seu tempo presente, o conhecimento junto a sabedoria nos ensinam a raciocinar e sermos lúcidos sem deixar as emoções tomarem conta de nosso estado de espírito, nossa lucidez ensina a não excedermos nossa projeção e expectativas de pé no chão, alguns dissabores são fruto de nossa falta de cuidado, a expectativa nos tira a lucidez, parece que alimentamos uma fábrica de ansiedades.

Apóstolo Paulo nos ensinou:

 “Por isso, vos digo: não andeis ansiosos pela vossa vida, quanto ao que haveis de comer ou beber; nem pelo vosso corpo, quanto ao que haveis de vestir. Não é a vida mais do que o alimento, e o corpo, mais do que as vestes?

 

Nosso filósofo, Luis Felipe Pondé já nos alertou: "A ansiedade é algo sem fim hoje em dia, e isso não é bom”, ele complementa: "É complicado não ser ansioso em um mundo em que somos cobrados a todo instante. Em que há um chamado contínuo dizendo que devemos ser felizes o tempo todo, dar resultados e equilibrar todas as áreas da sua vida --trabalho, sucesso, amor, sexo, futuro, filhos, cachorros, férias...... –

Os diversos problemas intimidam, a mente é suscetível as más notícias, os jornais e noticiários trazem uma gama gigantesca de más notícias, o foco no catastrófico tiram nosso foco das coisas boas, o foco mórbido faz com que o homem seja intimidado, então não tem como reagirmos ao mundo sem ansiedade, porem os sábios sabem que os problemas fazem parte da vida, então nosso foco deve estar voltado para as coisas boas, a dinâmica da vida ensina que existem problemas, mas também nos mostra a luz e o equilíbrio.

O estoicismo nos legou sabias reflexões, um de seus maiores expoentes Sêneca em sua décima terceira carta, dirigida a seu amigo Lucilio intitulada “Sobre medos infundados”, escreve sobre a ansiedade e o medo, penso que após sua leitura a impressão é que deixamos a ficha cair. Vou compartilhar alguns trechos:

Há mais coisas… que podem nos assustar do que nos esmagar; nós sofremos com mais frequência na imaginação do que na realidade.

Seu conselho ao amigo Lucilio e que vale para todos nós:

O que eu aconselho que faças é não seres infeliz antes da crise chegar; pois pode ser que os perigos ante os quais estremeceste como se te estivessem a ameaçar, nunca irão acontecer; certamente ainda não chegaram.

Assim, algumas coisas atormentam-nos mais do que deveriam; algumas atormentam-nos antes do que deveriam; e algumas atormentam-nos quando não nos deveriam atormentar.

É provável que alguns problemas nos acometam; mas não é um fato presente. Quantas vezes o inesperado aconteceu! Quantas vezes o esperado nunca acontece! E mesmo que seja ordenado, o que valerá para se encontrar com o seu sofrimento? Você sofrerá em breve, quando chegar; por isso espere ansiosamente por coisas melhores.

A mente às vezes modela para si as formas falsas do mal, quando não há sinais que apontem para algum mal; interpreta da pior forma alguma palavra de significado duvidoso; ou imagina algum rancor pessoal ser mais sério do que realmente é, considerando não quão irritado o inimigo está, mas a que extensão poderá chegar sua ira.

Mas a vida não vale a pena ser vivida, e não há limites para nossas dores, se entregarmos nossos medos ao máximo possível; neste assunto, deixe a prudência ajudá-lo, e despreze o medo com um espírito resoluto mesmo quando ele está à vista. Se você não pode fazer isso, combata uma fraqueza com outra, e tempere o seu medo com esperança.

Não há nada tão certo nesse assunto de medo como as coisas que tememos darem em nada e que as coisas as quais esperamos zombarem de nós. Consequentemente, pese cuidadosamente as suas esperanças, assim como seus temores, e sempre que todos os elementos estiverem em dúvida, decida em seu favor; acredita no que você preferir.

E se o medo ganha a maioria dos votos, incline-se na outra direção de qualquer maneira, e deixe de incomodar sua alma, refletindo continuamente que a maioria dos mortais, mesmo quando não têm problemas realmente à mão, certamente os têm esperados no futuro, e tornam-se excitados e inquietos.

Nossas preocupações exageradas tiram nosso sossego e oportunidade de vivermos plenamente, parte de nossa sabedoria está contida no conhecimento externo e no autoconhecimento, ambos são os inimigos do medo e da ansiedade, são eles que controlam as emoções de forma lúcida, a paz de espírito nos permite olhar os detalhes da caminhada e a dar o primeiro passo com coragem.

As cartas de Sêneca escritas para seu amigo Lucilio também podem estar dirigidas a nós e obviamente ficaram para a posteridade, sua mensagem é para ser lida e degustada pausadamente, assim como degustamos um chocolate pedaço a pedaço deixando dissolver na boca, nos causam enorme sensação de prazer.

 

Fontes:

Sêneca, Lúcio Aneu. CARTAS DE UM ESTOICO, Volume I - Um guia para a Vida Feliz / Sêneca; seleção, introdução, tradução e notas de Alexandre Pires Vieira. – São Paulo, SP: Montecristo Editora, 2017.

 

https://www.uol.com.br/vivabem/noticias/redacao/2018/07/12/sera-que-sofremos-mais-com-a-ansiedade-hoje-do-que-sofriamos-antigamente.htm

sexta-feira, 10 de fevereiro de 2023

Em busca da sabedoria por SRI RAM

 


N. Sri Ram, nasceu na Índia (1889/1973), filósofo, escritor, teósofo, maçom, ensaísta e quinto presidente da Sociedade Teosófica.

Com seu talento característico para apresentar ideias profundas de modo claro, Sri Ram apresenta nesta obra uma reflexão sobre a autêntica sabedoria, que é diferente do conhecimento e da erudição. A Sabedoria é uma maneira de viver, é algo essencialmente transformador.

Para ler Sri Ram é um desafio por seu pensamento requintado exigindo muita abstração, a vida voltada para a busca da sabedoria, ele foi muito voltado para o movimento teosófico, quem leu SRI RAM percebe a sutileza e profundidade do profeta. Afinal o que é a sabedoria, quem é sábio? 

Para o profeta a autentica sabedoria é diferente do conhecimento, mística religiosa e da erudição, tem a ver com uma maneira de viver sendo algo essencialmente transformador, tem a ver com o rastro que deixamos nos lugares que passamos com um rastro humano no mundo e a realização que temos no mundo, tem-se que ser coerente com o mundo, o filosofo verdadeiro está em sua fala, aparência e agir.

O sábio e o filósofo são um só, a sabedoria e a filosofia são difíceis de explicar, há muitas respostas que dão a impressão de esvaziamento, são muitas as respostas e nenhuma totaliza, a melhor resposta está na vida que se leva, a vida exterioriza a verdade, afinal o que realmente cremos e falamos será que somos coerentes com o que fazemos? Se somos então aprendemos a sermos sábios e filósofos, sabedoria é ver e sentir em nossos corações o bom e o bem de mãos dadas.

A maneira que vivemos e nos movimentamos na vida denotam nossa coerência na vida, ou incoerência, esta coerência aponta para a pessoa e diz que esta pessoa coerente é sabia e é um filósofo, é pensar sobre tudo é a verdadeira felicidade, nada é negligenciado, ele inspirou-se muito em Sócrates e Platão, sua autenticidade se dá pelo fato de sentir-se humano e agir como humano, a felicidade há enquanto ser humanos e fazer sabiamente o que se espera de um ser humano. 

Se procuramos poder e riqueza dificilmente conseguiremos conciliar estes interesses, estes desejos não são pecados, desde que elas não tenham poder sobre quem as possui, somente quem controla as coisas e não é controlado por ela tem sua vontade inspirada pelo ser.

A finalidade é em ser e não em ter para se sentir sábio, o ter como meio é sábio, o ter não pode sobrepor-se ao ser, mas cuidado elas geralmente dispersam o foco para quem busca a sabedoria do ser, por si só a nossa sociedade dificulta a harmonia de conciliar estes interesses. 

Aquilo que pode ser tirado de ti não é teu, apegar-se a algo que necessariamente vamos perder é produzir dor, as coisas estão aí para serem trocadas, aquilo que realmente é meu não pode ser tomado, o bem verdadeiro não depende de circunstâncias, a sabedoria não pode ser tirada. 

O prazer e a dor não podem tirar-nos de nosso caminho, a coerência exige muitas vezes enfrentarmos a dor, a felicidade também não pode ser a qualquer preço, novamente a coerência exige o esforço de fazer o que se deve ser feito, viver alegre, suave, tranquilo e em paz sem ser passivo, assim é o sábio. 

O filosofo aceita naturalmente o prazer e a dor, não há desvios, mas não os busca, há o enfrentamento de acordo com as situações, moderados pela condição humana, vivencia-los em seu tempo nos leva a evolução transformadora. 

Se buscamos o bem ele já gera prazer, a evolução nada mais é que a depuração do gosto, o requinte do gosto, ou seja, não é qualquer coisa que pode proporcionar prazer, o prazer verdadeiro é altruísta, está relacionado ao bem, em seu processo ele é generoso, educar o ser humano é educar o gosto.

O gosto se ensina, ele é despertado pela disciplina, coisa que não é fácil diante de nossa sociedade, a sabedoria pode iluminar está sociedade que muitas vezes prefere a escuridão, o perdão é escasso, o amor é escasso, a compaixão é escassa, a escassez é a escuridão que envolve a sociedade. 

A sabedoria é a iluminação que a sociedade necessita para ser uma verdadeira sociedade, pessoas sabias transformam, quanto mais pessoas iluminadas maiores as chances de sobrevivência da sociedade. Ler este livro é como adentrar a um portal de sabedoria, a verdade está ali, só que não basta só ler, tem-se que praticar.

Fonte:

Ram, Sri N. Em Busca da Sabedoria. 1991 Ed.Pensamento.

 



terça-feira, 7 de fevereiro de 2023

Follow me, Like me

 

 

A vida nas redes sociais esta nos transformando em messias, independente da classe social e conteúdo que tem-se a oferecer ou a consumir, a maioria deseja ser seguida e curtida, para os católicos o “Siga-me” foram palavras ditas por Jesus, Ele nos chamou para uma jornada de fé e crescimento espiritual. A sociedade eventualmente busca resposta para a pergunta fundamental existencial, parece que todos tem a sua resposta, todos tem algo para dizer não importa saber que pergunta existencial seja, para mim a pergunta é desnecessária e irrelevante, para que tanta busca de significados, afinal a existência é suficiente como ela é, mas todos tem algo para dizer, dito isto esperam ser seguidos e que o dito seja curtido, apenas curtido, se for para criticar será imediatamente deletado, o poder do delete me é a maior sensação de poder, é o poder de excluir toda a existência do outro, assim como um deus da criação, tudo esta ligado na mente coletiva da positividade, queremos tirar fora o que machuca, tirar fora o que nos faz mal, se possível apagar o registro das lembranças, porem nossas mentes não sabem deletar o unlike que ficou na lixeira, assim vai vivendo (supostamente) sem conseguir se libertar do ciclo criado pelas redes sociais, a sensação de aprisionamento nos leva cada vez mais ir fundo na caverna dentro de outra caverna, as cavernas são muitas, dentre elas esta nosso amigo inseparável smartphone, a ele estamos cada vez mais dependentes, a metáfora de da caverna de Platão esta ai para nos ajudar a entender e decidir entre utilizar o aparelho como uma janela para iluminar a mente ou a escuridão do aprisionamento de horas e horas de vida dedicados a coisa nenhuma. As redes sociais são positivas até um determinado limite, no entanto quando é criado um mundo de ficções onde o ego precisa ser alimentado e a vaidade quem esta no comando a ficção toma lugar do real, uma vez que se cria uma ficção, a ficção vai exigindo que tem-se de criar mil e uma outras para apoiá-la, porque como ficção ela não tem apoio na realidade, é quando estamos dentro do labirinto. 

O caminho é um labirinto muito bem iluminado pela artificialidade, e escurecido por ela também, conduzindo aos descaminhos da perdição do labirinto, quanto mais se entra e vive dentro dela mais difícil será encontrar a porta de saída, querer sair para quê se o prazer da matrix é colorido e a realidade possui cores que não me agradam, então follow me, like me, delete me unlike,  afinal é difícil resistir a seu poder e fascínio, é  como o álcool que esvazia-nos de toda autossuficiência e toda vontade de resistir às suas exigências, abre mão do seu consciente e quem passa a governar sua vida é o grande Outro o inconsciente.

Segundo Guy Debord, só o que conta é o que projetamos de nós mesmos em uma imagem. O Homem se converte em um espectador de si mesmo quando se vê refletido em qualquer tela, mas também se transforma num ser passivo, incapaz de tomar decisões de viver sua própria vida. Em vez de vivenciar as coisas consumimos ilusões de realidade.

sexta-feira, 20 de janeiro de 2023

A estética da existência no pensamento de Foucault

 



As pessoas cada vez mais procuram por respostas as suas dúvidas existenciais nas terapias esotéricas, a estética da existência negligenciada por muito tempo transformou nossa sociedade em pessoas que buscam o sucesso através techne, sem o devido cuidado de si, uma parte do eu ficou sem o devido cuidado, ficou incompleto e agora buscam nas terapias o resgate de si mesmo.

O resgate de si mesmo desperta o sentimento de liberdade que se torna possível ao fazer-se existir e perceber-se ser completo. A busca por completude inicia ao dizer-a-verdade a si próprio, soltar as amarras de tradições e costumes que aprisionam por modismos de consumo, pelo desprender-se de si mesmo, dar estilo a sua vida, estar ciente que parte do processo do existir inicia pela constituição moral, o construir deve ser pensado como numa construção de uma obra de arte não descuidando de todos os detalhes.

Os gregos e Foucault se debruçaram sobre o tema da estética da existência, que é o cuidado de si, o cuidado por nós mesmos sem deixar ou negligenciar o outro, nos permitindo existir por completo e de forma saudável, a verdade dita por nós a nós mesmos é transformadora, porque exige mudanças, o processo de transformação implica no estudo e prática de uma série de exercícios voltados para a autotransformação. Como um artífice que obstinadamente molda a matéria bruta, mediante o conhecimento, algumas terapias holísticas atentas ao ser, além da técnica racionalista e cientificista, tem apresentado técnicas alternativas com o propósito de produzir transformações como se estivesse tentando produzir uma obra de arte de suas vidas, não só aparando rebarbas, mas de forma holística, de forma global, não se é em partes, se é em partes que formam o todo, o ser não existe em partes ele é uno, nós é que somos hesitantes e inconstantes tendemos a viver divididos pelo descuido de si mesmo.

A decisão de cuidar de si mesmo, exige que o indivíduo passe a cultivar o aprendizado e domínio de diversas práticas voltadas para o aprimoramento e desenvolvimento pessoal, tais como, a boa literatura, a meditação, o proveitoso exame diário de consciência escutando sua voz interna, e obviamente os cuidados corporais. Este é um processo continuo e de muita atenção, o cuidar de si mesmo é estar atento ao tempo presente do que está se passando na vida. Ser coerente com o que se prega e o que se faz, nossa conduta apropriada poderá servir de exemplo para os demais, sem sabermos somos observados e servimos de exemplo e incentivo para os outros, seja o que fazemos de bom, ruim, certo ou errado, justo ou injusto.

A ética do “cuidado de si” consiste em um conjunto de regras e cuidados de existência que o sujeito dá a si mesmo promovendo de forma coerente, segundo sua vontade e desejo, uma forma ou estilo de vida resultando em uma “estética da existência”.

O cuidado de si não é egoísta, nem egocentrismo, nem tão pouco consiste em uma ética em que o sujeito simplesmente se isole do mundo, mas sim retorna para si mesmo fazendo o exame de consciência para depois agir, não faça ao outro aquilo que não queira para si, não faça ao outro, coisas que eticamente afetem a existência de terceiros.

O cuidado de si na ética da existência é ensinado, nossa educação escolar não pode ficar apenas no âmbito do conhecimento científico e acerca de objetos coisificados, ensinar os saberes do mundo e principalmente acerca do próprio sujeito, a escola pode ensinar as pessoas a falar para si mesmo as verdades, diante do reconhecimento através das verdades ditas se abrirá uma porta para o autoconhecimento de tal forma nós mesmos seremos nossos agentes de transformação da própria vida.

A atividade cultural e artística tem parcela expressiva na vida das pessoas, a vida não é só ensino técnico e trabalho, a vida é muito mais, a vida boa para ser vivida começa em nossa ética existencial, se ainda não aprendemos a ser éticos existencialmente é porque ainda não demos importância ao ser como uma obra de arte, e como toda obra arte é preciso trabalho, foco e a verdade como material para transformação.

 

Fontes

FOUCAULT, Michel. A Hermenêutica do Sujeito. 2ª ed. São Paulo: Martins Fontes. 2006.