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sábado, 15 de outubro de 2011

Homenagem aos Professores, Mestres da Paciência.


Homenagem aos Professores

Pensar em educação é pensar em escola, e óbviamente é pensar em professores, e, não há escola sem professores.
O pensamento educacional é tão antigo quanto a filosofia, e suas raízes estão fincadas na Grécia antiga há 2500 anos, nossos professores carregam com eles, e nos transmitem, séculos de reflexões sobre o oficio de educar, trabalham sob influência de filósofos, sociólogos, enfim de pensadores, com suas idéias incorporadas a pratica docente, ao longo da aventura do educar.

Na história temos registros, que antes mesmo de existirem escolas, a Educação já era assunto de pensadores.

Um dos primeiros, foi o grego Sócrates (469-399 a.C.), para quem os jovens deveriam ser ensinados a conhecer o mundo e a si mesmos. Sócrates convenceu-se de sua missão de mestre por volta dos 38 anos, isto também nos diz que a maturidade nos proporciona conhecimento e nos prepara para alçar novos vôos, porque não o oficio de professores?.

Para seu discípulo Platão (427-347 a.C.), o conhecimento só poderia ser alcançado num plano ideal e nem todos estariam preparados para esse esforço. Platão é considerado o primeiro pedagogo, não só por ter concebido um sistema educacional para o seu tempo, mas principalmente, por tê-lo integrado a uma dimensão ética e política. Para o filósofo, o objetivo final da Educação, era a formação do homem moral, vivendo em um Estado justo. Defendia que toda a educação era de responsabilidade estatal – um principio que só se difundiria no Ocidente muitos séculos depois, e, igualmente avançada, quase visionária, era a defesa da mesma instrução para meninos e meninas e do acesso universal ao ensino. Tinha sua própria escola denominada Academia.

Aristóteles (384-322 a.C.), discípulo de Platão, inverteu as prioridades e defendeu o estudo das coisas reais como um meio de adquirir sabedoria e virtude. O sistema de ensino que ele preconizou era acessível a um numero maior de pessoas. Para Aristóteles, ninguém nasce virtuoso, a virtude é uma prática e não um dado da natureza de cada um, tampouco o mero conhecimento do que é virtuoso, como era para Platão. Para ser praticada constantemente, a virtude precisa se tornar um hábito, e supõe-se que ele concluiu que o hábito da virtude deve ser adquirido na escola. Tinha sua própria escola denominada Liceu.

Alem, destes três grandes mestres, podemos resgatar na história, muitos outros mestres como: Santo Agostinho, Tomás de Aquino, Erasmo de Roterdã, Martinho Lutero, Michel de Montaigne, Comênio, John Locke, Jean-Jacques Rousseau, Johann Heinrich Pestalozzi, Johann Friedrich Herbart, Friedrich Foebel, Auguste Comte, Karl Marx, Herbert Spencer, Emile Durkheim, Jonh Dewey, Maria Montessori, Édouard Claparéde, Jean Piaget, Lev Vygotsky, Carl Rogers, Hannah rendt, Florestan Fernandes, Paulo Freire, Edgar Morin, Michel Foucault, Lawrence Sthenhouse, entre outros.

A riqueza do pensamento de tantos pensadores, esta impregnada e incorporada na pratica docente, o que temos atualmente, e a nossa disposição, nos é tentado transmitir, se tivermos ouvidos, se de fato estivermos presentes na sala de aula, digo nós, porque educação é para toda vida, educação é sede que não é saciada, a sede por conhecimento nos leva a beber nas fontes que são as escolas, sendo a sala de aula local sagrado, é tão sagrado como o espaço da igreja ou o centro para onde fazemos culto conforme a fé de cada um.

Lutero, deixou-nos grande legado, tenho sempre presente em minha memória, uma frase dita por ele: “Quando a escola progride tudo progride”, penso que se a escola progride, é porque os professores estão presentes, atuantes com seu conhecimento, trazem também para o seio educacional, idéias como a de Pestalozzi, onde a natureza melhor da criança deve ser encorajada o mais cedo possível a combater a força prepotente do instinto animal; ou, com Piaget, que entendia que se o individuo é passivo intelectualmente não conseguirá ser livre moralmente; ou ainda com nosso Paulo Freire, no seu pensamento de que não é possível pensar em linguagem sem ideologia e sem poder, porem os homens se educam entre si mediados pelo mundo, pretendendo habilitar o “aluno a ler o mundo”.

Aos professores, aos meus, aos seus, aos nossos, quero afirmar meu reconhecimento por seu trabalho, por sua dedicação, paciência, muita paciência, carinho.

Todos nós tivemos e temos professores, que por muitos anos, convivemos, porem alguns marcam nossa vida mais do que outros, não deixam se passar desapercebidos, transformam o ensino num evento único, são diferentes.

Diferente somos todos, iguais também, onde para Aristóteles "A pior forma de desigualdade é tentar fazer duas coisas diferentes iguais.", no ensino uniformizador onde privilegia a plantação de eucaliptos, não se consegue educar, pois não respeita o diferente tempo de amadurecimento de cada um, nossos professores sabem disto, tem o olhar reflexivo, na avaliação de cada aluno e aluna, tem presente o parecer que os sentidos lhe permitem enxergar.

Um empecilho para afinar a visão, é o numero excessivo de alunos nas salas de aula, desse jeito como enxergar as diferenças e os diferentes tempos de cada aluno e aluna?. É necessário, formar mais professores, dar melhores condições a eles, e a sociedade reconhecer a importância dos professores, demonstrando com atos que evidenciem tal importância, agir com respeito as suas posições é um bom começo.

Um breve histórico da origem da data comemorativa ao Dia dos Professores no Brasil:
No Brasil, o Dia do Professor é comemorado em 15 de outubro.
No dia 15 de outubro de 1827 (dia consagrado à educadora Santa Teresa de Ávila), Pedro I, Imperador do Brasil baixou um Decreto Imperial que criou o Ensino Elementar no Brasil. Pelo decreto, "todas as cidades, vilas e lugarejos tivessem suas escolas de primeiras letras". Esse decreto falava de bastante coisa: descentralização do ensino, o salário dos professores, as matérias básicas que todos os alunos deveriam aprender e até como os professores deveriam ser contratados. A ideia, inovadora e revolucionária, teria sido ótima - caso tivesse sido cumprida.
Mas foi somente em 1947, 120 anos após o referido decreto, que ocorreu a primeira comemoração de um dia efetivamente dedicado ao professor.
Começou em São Paulo, em uma pequena escola no número 1520 da Rua Augusta, onde existia o Ginásio Caetano de Campos, conhecido como "Caetaninho". O longo período letivo do segundo semestre ia de 1 de junho a 15 de dezembro, com apenas dez dias de férias em todo este período. Quatro professores tiveram a idéia de organizar um dia de parada para se evitar a estafa – e também de congraçamento e análise de rumos para o restante do ano.
O professor Salomão Becker sugeriu que o encontro se desse no dia de 15 de outubro, data em que, na sua cidade natal, Piracicaba, professores e alunos traziam doces de casa para uma pequena confraternização. A sugestão foi aceita e a comemoração teve presença maciça - inclusive dos pais. O discurso do professor Becker, além de ratificar a idéia de se manter na data um encontro anual, ficou famoso pela frase " Professor é profissão. Educador é missão". Com a participação dos professores Alfredo Gomes, Antônio Pereira e Claudino Busko, a idéia estava lançada.
A celebração, que se mostrou um sucesso, espalhou-se pela cidade e pelo país nos anos seguintes, até ser oficializada nacionalmente como feriado escolar pelo Decreto Federal 52.682, de 14 de outubro de 1963. O Decreto definia a essência e razão do feriado: "Para comemorar condignamente o Dia do Professor, os estabelecimentos de ensino farão promover solenidades, em que se enalteça a função do mestre na sociedade moderna, fazendo participar os alunos e as famílias".

Um Ótimo fim de semana a todos.

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