Nossa mente é maravilhosa ao mesmo tempo esta maravilha é tagarela, ela nos faz pensar sobre tudo, ela nos conduz a "lugares" misteriosos, lugares onde nossas definições e conceitos não conseguem responder a questões devido aos próprios limites que possuímos, é quando chegamos ao momento de superar os próprios limites estabelecidos culturalmente e principalmente aqueles estabelecidos por nós.
É verdade que as pessoas têm uma tendência natural
de procurar definição e sentido em várias áreas de suas vidas. Essa busca por
significado pode ser observada em diferentes aspectos, desde questões
existenciais até em atividades cotidianas, antes de tudo, “definir” é estabelecer
limites, isto é, “delimitar” o conceito de algo nos mantendo dentro de um
balizamento, em muitos casos é preciso coragem para pensar e enfrentar tabus e muitos hábitos culturais repetimos sem pensar.
No nível mais básico, os seres humanos têm uma necessidade de compreender o mundo ao seu redor e atribuir significado às coisas. Isso pode envolver a busca por respostas para perguntas fundamentais, como o propósito da vida, a existência de um poder superior ou o significado da própria existência.
Além disso, as pessoas também buscam sentido em suas relações interpessoais, trabalho, hobbies e em outras atividades que ocupam seu tempo e energia. Elas desejam sentir-se realizadas, conectadas e valorizadas em suas vidas diárias.
A busca por definição e sentido pode ser impulsionada por diferentes fatores, como a necessidade de encontrar um propósito pessoal, lidar com a incerteza ou enfrentar desafios e adversidades. A busca por sentido pode variar amplamente de uma pessoa para outra, pois cada indivíduo tem suas próprias experiências, valores e crenças.
É importante ressaltar que a definição e o sentido
podem ser construídos de maneira individual e subjetiva. O que uma pessoa
considera significativo pode não ter o mesmo significado para outra, principalmente
para nós brasileiros que vivemos num ambiente maravilhosamente repleto de
diferenças, mesmo assim é um processo altamente pessoal e único para cada
indivíduo, pensando nisto é que precisamos entender para não ser preciso
tolerar, entender neste caso é ter empatia para não ser "obrigado" a tolerar, a
palavra tolerar me parece ser limitada e dura demais para sentirmos empatia, infelizmente muito se fala em tolerância, esta seria a ultima fronteira da convivência humana.
A busca por definição e sentido é uma parte intrínseca de nossa natureza "humana". É uma busca contínua e individualizada que reflete a necessidade de compreensão, propósito e realização em diferentes aspectos da vida, nosso senso comum é nosso motor de propulsão, nele estão nossas experiências e ferramentas de uso imediato, cientes de sua limitação, o senso comum "consciente" procura cultivar hábitos positivos ampliando seu conhecimento, um desses modos de evoluir é através da erudição e consciência filosófica.
Quando queremos ampliar nosso alcance de
conhecimento inicialmente procuramos focar em algum tema ou assunto de
interesse, por necessidade ou por curiosidade, há várias razões pelas quais decidimos
falar e pensar a respeito, falo isto porque a vida é curta, mas não precisa ser
pequena, jogar os limites para adiante é básico neste mundo que a cada instante
nos atropela por tantas descobertas e novidades.
Na busca de significado a erudição e a filosofia muitas vezes estão relacionadas à busca de significado e propósito na vida. Ao explorar esses temas, podemos nos confrontar com questões existenciais e éticas, buscando compreender melhor a natureza do ser humano, a realidade e o propósito da existência. Falar sobre erudição e filosofia pode ser uma maneira de explorar essas questões e buscar respostas pessoais.
Diálogo e compartilhamento também são os ingredientes necessários para se falar
sobre erudição e filosofia, pois podemos estar buscando o diálogo e o
compartilhamento de ideias com outras pessoas. Discutir esses temas pode abrir
espaço para trocas intelectuais, debates saudáveis e a oportunidade de ouvir
diferentes perspectivas. Pode ser que você queira compartilhar suas próprias
ideias ou aprender com as experiências e conhecimentos de outras pessoas, não ficando de fora seu próprio senso comum.
Independentemente da motivação específica por trás de nossa escolha de falar sobre erudição e filosofia atualmente, esses temas têm potencial para enriquecer nossa compreensão do mundo, estimular nosso pensamento crítico e contribuir para nosso crescimento pessoal. A exploração desses assuntos é recompensadora e gratificante, seja individualmente ou em um contexto de troca de ideias e conhecimentos com outras pessoas.
Erudição e filosofia são dois campos de estudo
relacionados, interligados, mas distintos, dentro do domínio do conhecimento
humano, no entanto ser erudito não quer dizer que seja filósofo, mas o filósofo pode ser erudito.
A erudição refere-se ao amplo conhecimento adquirido por meio do estudo e da leitura extensiva em várias áreas do conhecimento, como história, ciência, literatura, filosofia e outros campos acadêmicos. Uma pessoa erudita é aquela que possui um vasto acervo de informações e está familiarizada com uma ampla gama de tópicos. A erudição envolve a busca ativa pelo conhecimento e a exploração de diversas fontes, como livros, artigos, ensaios e outros recursos acadêmicos.
Por outro lado, a filosofia é uma disposição que cabe conforme o interesse de cada um e específica que se preocupa com questões fundamentais sobre a existência humana, o conhecimento, a moralidade, a realidade e a natureza da verdade. Ela busca entender as questões mais profundas e fundamentais sobre o mundo e a nossa experiência nele. A filosofia não se limita a acumular informações, mas também envolve a reflexão crítica e a análise lógica dessas questões.
A erudição pode desempenhar um papel importante no estudo da filosofia, uma vez que a filosofia está fundamentada em uma ampla gama de tradições intelectuais, conceitos e teorias. Uma pessoa erudita em filosofia terá um conhecimento aprofundado das diferentes escolas de pensamento, dos filósofos proeminentes e de suas ideias. A erudição pode fornecer uma base sólida para a análise filosófica e contribuir para uma compreensão mais ampla das questões filosóficas.
No entanto, é importante destacar que a erudição por si só não garante a capacidade de fazer filosofia. A filosofia requer interesse, vontade em pensar, habilidades de pensamento crítico, análise lógica, argumentação e síntese conceitual, que vão além do conhecimento meramente acumulado. Embora a erudição possa fornecer o contexto histórico e o acúmulo de conhecimento necessários para a filosofia, ela é apenas um ponto de partida e não substitui a prática filosófica em si. A filosofia é uma atividade intelectual que envolve a reflexão pessoal e o engajamento ativo com as questões filosóficas.
É preciso seguir em frente, se pensarmos bem, muito já foi dito e praticamente quase tudo sobre filosofia já foi escrito, muitos se debruçaram e escreveram a respeito de tudo, o erudito visa tentar ler de tudo um pouco, pois é impossível ler tudo, a filosofia construiu muito sobre os mais diversos temas, campos e áreas, no entanto, isso não impede, necessariamente, que não possamos seguir em frente e possamos por nós mesmos compreender o que é filosofia, sempre é preciso chegar por nós mesmos à essência da definição do que seja a verdadeira filosofia, a cada um caberá sua filosofia de vida.
Como disse o professor Márcio Petrocelli, somente quando encontramos a nossa visão e, de algum modo, nos tornemos nós mesmos a filosofia, nascerá o pensador, o filósofo. Nada nos diz mais profundamente sobre a nossa procura do que aquilo que nasce das profundezas do nosso próprio ser. Já dizia Camus, logo no início do seu Mito de Sísifo: “Só há uma questão filosófica verdadeiramente séria: o suicídio. Julgar que a vida vale ou não vale a pena ser vivida é responder à questão fundamental da filosofia. Se o mundo tem três dimensões, se o espírito tem dez ou doze categorias, isso vem depois.”
Nesta nossa breve vida, procuramos sentido, formamos conceitos e definições, colocamos rótulos, prejulgamos e pré-conceituamos, no entanto precisamos superar nossas limitações do que "sempre foi assim que fizemos", ao final de tudo aquilo que foi dito e escrito, ainda procuramos uma boa filosofia de vida, informação pela erudição não é conhecimento se não filosofarmos e darmos liga culturalmente de nada valerá caminhar tanto.
Então, vamos filosofar mais um pouco, tentar alguns conceitos mais corriqueiros como por exemplo a definição e o sentido da vida são questões filosóficas profundas que têm sido debatidas ao longo da história. Existem diversas perspectivas e abordagens sobre o tema, e as respostas podem variar de acordo com as crenças e valores pessoais de cada indivíduo.
Em termos gerais, a definição da vida refere-se à existência e às características que a distinguem de objetos inanimados. A vida é frequentemente associada à capacidade de crescer, reproduzir-se, responder a estímulos, metabolizar energia e evoluir.
Quanto ao sentido da vida, é uma questão mais complexa e subjetiva. Para alguns, o sentido da vida pode estar ligado a propósitos religiosos ou espirituais, enquanto outros podem buscar um sentido mais pessoal e individual. Alguns filósofos argumentam que o sentido da vida é construído por cada indivíduo, por meio de suas ações, relacionamentos e busca por significado.
Não existe uma resposta definitiva e universalmente aceita para a definição e o sentido da vida. Cada pessoa pode encontrar seu próprio significado e propósito, seja através de conexões sociais, busca de conhecimento, realização de objetivos pessoais ou até mesmo em contribuir para o bem-estar dos outros e do mundo ao seu redor.
A definição e o sentido da vida são conceitos pessoais e individuais, moldados por nossas experiências, valores e visões de mundo. É uma jornada pessoal e contínua de auto exploração e descoberta.
No que tange ao nosso objetivo de desvendar o mundo e seus segredos, percebemos que nossa erudição está cada vez mais fragmentada, muito devido a ampliação do conhecimento, as especializações nos distanciam do macro, estamos nos tornando micros dentro de um mundo gigantesco, o foco no ponto nos puxa para dentro dele, cientificamente vamos descobrindo e criando mais pixels, estamos deixando para trás a leveza artística dos conceitos que dependem de imaginação, espanto, maravilhamento e esquecendo que os conceitos nasceram da inspiração de imagens, de audaciosas metáforas, do deslocamento criativo de palavras. Nietzsche em suas meditações concluiu que os conceitos não deixam de ser ilusões, das quais se esqueceu o que são, metáforas que se tornaram gastas e sem força sensível, moedas que perderam sua efígie e agora só entram em consideração como metal, não mais como moedas.
Por fim, será que esquecemos que já havíamos aprendido
a diferença que existe entre sentido e conceito? poucos param para pensar a
respeito de um ou de outro, ainda mais no tempo de abreviaturas e reduções que
estão fazendo diariamente em nossa língua, pensar a respeito não é pouco, o
mundo não é mais aquele que vivemos a 30 anos atrás, naqueles 30 anos procurávamos
falar e escrever corretamente, pois sabíamos que o "que" falamos era e é o resultado do
pensamento e imaginação.
Atualmente a velocidade das transformações nos obrigam a tentar entender o vocabulário desfigurado e emburrecido, o que pensar então do pensamento que está se encurtando também na mesma proporção em que nossa linguagem está se deteriorando ao nível de substituirmos nossa linguagem artística pela linguagem informal, coloquial e a linguagem de algoritmos, substituindo palavras pelo código binário 0 e 1. Precisamos pensar e falar em definição e sentido superando estas limitações conceituais que estão nos emburrecendo, talvez voltar atrás no caminho e enveredar noutra direção e sentido.
Filosofar é esta imensidão de pensamentos, deixar a mente dialogar consigo mesmo é uma dialética pessoal onde cada um pode ou não concordar com tudo ou alguma coisa daquilo que pensamos, mas todos nós podemos e devemos pensar a respeito do mundo onde estamos inseridos, é obrigação não deixar o tempo passar sem refletir nem que seja um pouquinho, ir além do nascer, crescer e morrer, é preciso tirar o foco de nosso interior e olhar para o mundo exterior ampliando nossas dimensões.
A dimensão filosófica do conhecimento não desapareceu com o desenvolvimento espetacular tecnologia, o século XXI nos apresenta grandes desafios, vivemos um momento histórico, neste novo milênio o Homem está no centro dos acontecimentos, nossa responsabilidade com o que está acontecendo ao mundo são consequências dos nossos atos, portanto não podemos esperar que todas as soluções sejam tecnológicas.
O sentido macro é existencial, o homem inserido no mundo é uma pequena parte constituinte, mas o maior responsável por quase tudo que acontece de bom e ruim, o sentido da sobrevivência para os seres humanos no século XXI ainda é essencialmente o mesmo que em qualquer outra época, garantir a preservação da vida e buscar condições que permitam a prosperidade e a felicidade. No entanto, as circunstâncias e desafios específicos enfrentados pelos indivíduos neste século podem ser diferentes dos enfrentados por gerações anteriores.
No século XXI, os seres humanos enfrentam uma série de questões complexas que podem afetar seu senso de sobrevivência e bem-estar, filosofar também é isto, olhar para o mundo como parte dele, procurar entender os problemas e enfrentar os desafios com soluções responsáveis e inteligentes como por exemplo:
Mudanças climáticas: O aumento da temperatura global, o derretimento das calotas polares, os eventos climáticos extremos e outros efeitos das mudanças climáticas representam uma ameaça significativa para a sobrevivência das pessoas. É necessário encontrar soluções para mitigar esses impactos e garantir a sustentabilidade do planeta.
Desigualdade social: A disparidade econômica e social continua sendo um problema importante no século XXI. A luta pela igualdade de oportunidades, acesso à educação, saúde, moradia adequada e empregos dignos é fundamental para garantir a sobrevivência e o bem-estar de todos.
Avanço tecnológico: O rápido avanço da tecnologia traz benefícios, mas também apresenta desafios. A automação e a inteligência artificial podem afetar o mercado de trabalho e criar incertezas sobre o futuro profissional das pessoas. É importante adaptar-se e adquirir habilidades relevantes para o mundo em constante mudança.
Crises humanitárias e conflitos: Conflitos armados, migração em massa, deslocamento forçado, crises de refugiados e outras situações humanitárias representam desafios para a sobrevivência e o bem-estar de muitas pessoas. A cooperação internacional e a busca de soluções pacíficas são essenciais para enfrentar essas crises.
Saúde global: A pandemia de COVID-19 destacou a importância da saúde global e da capacidade de resposta a emergências sanitárias. Garantir acesso a serviços de saúde de qualidade, desenvolvimento de vacinas, medidas de prevenção e resposta a doenças são fundamentais para a sobrevivência da população.
Sustentabilidade ambiental: A preservação do meio ambiente e a adoção de práticas sustentáveis são cruciais para garantir a sobrevivência das gerações futuras. A redução da poluição, o uso responsável dos recursos naturais e a proteção da biodiversidade são questões urgentes.
Em suma, o sentido da sobrevivência no século XXI para os seres humanos envolve enfrentar esses desafios complexos de forma colaborativa e encontrar soluções sustentáveis. É necessário promover a resiliência, a empatia, a cooperação global e a conscientização sobre o impacto de nossas ações no mundo para garantir um futuro melhor para todos, então é hora de revisar conceitos, definir objetivos e superar nossas limitações, reconhecer essas limitações é parte de nossa condição humana. No entanto, também é fundamental lembrar que os seres humanos têm a capacidade de superar muitos desses obstáculos por meio da inovação, colaboração e adaptação.
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