Metáfora do capitão no dia dos namorados!

Chegamos novamente ao dia dos namorados, navegamos por mais um ano e cá estamos aportando nesta data que é significativa para muita gente, esteja acompanhado ou não, nossos e nossas companheiras de jornada permaneceram conosco ou desembarcaram em algum porto seguindo seu próprio destino, assim como nós em nossa individualidade escolhemos seguir em frente, assim como eu que navego com minha companheira até hoje.

Tenho a felicidade de ter a mesma companheira de jornada há mais de trinta anos e pretendo seguir em frente até o final dos dias de vida deste navegador, portanto sempre que olho para o horizonte sei que tenho ao meu lado a companhia certa e que ambos nos escolhemos para navegar neste imenso oceano que é a vida.

Gosto de utilizar a metáfora para representar meus pensamentos, não é sem uma boa razão que escolhi este cenário marítimo, sou riograndino papareia, pisciano e existencialista, veio bem a calhar e tem tudo a ver, ela que também é pisciana concorda comigo e aprecia o mesmo cenário.

Penso que nossa vida é como uma jornada em um imenso oceano. Nós somos os capitães dos nossos próprios navios, navegando pelos mares desconhecidos em busca de nossos destinos. Enfrentamos tempestades e marés turbulentas, mas também desfrutamos de momentos de calmaria e paisagens deslumbrantes ao longo do caminho.

Assim como em uma viagem marítima, em nossa vida encontramos diferentes ilhas, representando nossas metas, sonhos e desejos. Algumas dessas ilhas são próximas e fáceis de alcançar, enquanto outras estão distantes e exigem coragem, perseverança e trabalho duro para serem alcançadas.

Assim como os navegadores antigos, precisamos confiar em nossa bússola interior - nossos valores, paixões e intuições - para nos guiar durante essa jornada. Às vezes, podemos nos perder, mas sempre há a possibilidade de recalibrar nosso rumo e continuar avançando.

Durante essa viagem, também encontramos outros marinheiros em seus próprios barcos. Alguns podem se tornar nossos companheiros de viagem, compartilhando experiências, ajudando-nos nos momentos difíceis e celebrando juntos as conquistas.

No final dessa jornada, quando chegamos ao horizonte, podemos olhar para trás com gratidão pelas lições aprendidas, pelas experiências vividas e pelos momentos preciosos que tornaram nossa vida significativa.

Essa metáfora da vida como uma jornada marítima nos lembra da importância de aproveitar o caminho, adaptar-se às circunstâncias, manter a determinação em direção aos nossos objetivos e valorizar as relações que construímos ao longo do percurso.

Saindo do geral para o individual, me vejo como um navegador no dia dos namorados e me sinto como um capitão que encontrou um porto seguro depois de uma longa e desafiadora jornada. Neste dia especial, este navegador celebra o amor e a conexão com esta parceira como um tesouro valioso.

Assim como um navegador precisa de uma bússola para se guiar, um casal precisa de confiança, compreensão e comunicação para fortalecer seu relacionamento. O dia dos namorados oferece uma oportunidade para esse navegador demonstrar todo o seu amor, cuidado e apreço por sua parceira.

Assim como a jornada do navegador é repleta de altos e baixos, o relacionamento também pode enfrentar desafios. No entanto, o navegador no dia dos namorados renova sua determinação em enfrentar as adversidades, fortalecendo o vínculo com sua parceira e reafirmando seu compromisso mútuo.

Em suma, um navegador no dia dos namorados representa um parceiro dedicado, disposto a navegar pelas águas do amor e compromisso, celebrando a jornada compartilhada e construindo memórias inesquecíveis ao lado de quem ama.

Pensando bem é muito egoísmo de minha parte pensar ou acreditar que eu seja o único capitão comandando este navio, afinal as decisões sempre são tomadas em conjunto, hora um na frente, hora outro e na maioria das vezes lado a lado.

Portanto, sim, dois capitães em um mesmo navio é possível e necessário, a vida conjugal é complexa demais para ter um único capitão, a complexidade das manobras, o tamanho da embarcação e o mar agitado exige que os dois capitães trabalhem em conjunto, compartilhando responsabilidades e coordenando as operações do navio. Nos alternamos no comando, dependendo da situação e das habilidades individuais de cada um, ou em conjunto sempre examinando o horizonte para ver se existe algum perigo.

Ter dois capitães a bordo requer uma comunicação clara, trabalho em equipe e uma relação de confiança mútua. Nossa convivência ao longo dos anos nos provou que somos capazes de tomar decisões em conjunto e estar alinhados quanto às estratégias e procedimentos a serem seguidos, um respeitando o outro de maneira igualitária.

Ambos capitães estamos cientes que o mesmo comando onde duas pessoas dividem o mesmo espaço precisam estar preparadas para compartilhar, afinal são responsáveis pela segurança e operação da embarcação denominada vida conjugal, bem como pelo bem-estar da tripulação e dos passageiros a bordo que poderão ser nossos filhos, parentes, amigos, até mesmo nossos pets que navegam conosco.

Como não poderia ser diferente, o norte da bússola é o mesmo norte que aponta para estes capitães, veem na mesma direção e sentido, quando discordam, pensam, falam e argumentam, em seguida de comum acordo decidem qual direção tomar, nesta metáfora me sinto um existencialista a moda de Sartre, penso que ao nos envolvermos em um relacionamento, os indivíduos são confrontados com a necessidade de equilibrar sua liberdade individual com o compromisso e a responsabilidade em relação ao outro. O amor verdadeiro não é baseado na posse ou na dependência, mas sim no respeito mútuo e na liberdade de cada indivíduo para ser autêntico.

Assim, ao refletir sobre o dia dos namorados sob a perspectiva existencialista, podemos considerar a importância de um relacionamento baseado no respeito à liberdade individual, na autenticidade e na responsabilidade mútua. O amor verdadeiro não busca aprisionar ou controlar o outro, mas sim permitir que ambos os parceiros cresçam e sejam verdadeiros consigo mesmos, criando um espaço de amor e liberdade compartilhados, o comando precisa que ambos sejam capitães e que ambos comandem de igual para igual.

Dia dos namorados de casados de um casal existencialista é assim, capitães de uma mesma embarcação!