Sabe quando você está lá, fazendo algo rotineiro, como tomar um café ou esperar o ônibus, e de repente, uma onda de lembranças antigas invade sua mente? Essas memórias arcaicas do devir, como eu gosto de chamar, são como pequenos flashes de um passado distante que parecem ter sido esquecidos, mas que de repente ressurgem do nada, transformando o presente em uma espécie de palco onde passado e presente se encontram.
Pode
ser algo tão simples quanto o cheiro de bolo de chocolate que te transporta
instantaneamente para a cozinha da sua avó, onde você passava tardes inteiras
se deliciando com suas receitas. Ou talvez seja uma música que toca no rádio e
te leva de volta para aquela festa de formatura onde você dançou até as pernas
não aguentarem mais.
Essas
memórias arcaicas do devir têm um jeito engraçado de nos lembrar que o tempo
não é linear, mas sim um emaranhado de momentos que se entrelaçam de maneiras
misteriosas. Elas nos mostram que o passado não está realmente morto e enterrado,
mas sim vivo dentro de nós, esperando apenas o momento certo para ressurgir.
E
o mais interessante é como essas memórias podem influenciar nosso presente. Por
exemplo, aquele cheiro de bolo de chocolate pode despertar em você uma vontade
irresistível de ligar para sua avó e perguntar por aquela receita especial que
você tanto ama. Ou aquela música pode te inspirar a retomar aquela paixão pela
dança que você deixou de lado há tanto tempo.
É como se essas memórias arcaicas do devir fossem pequenos lembretes do que já fomos e do que podemos ser novamente. Elas nos convidam a revisitar momentos passados e a trazê-los para o presente, adicionando novas camadas à nossa experiência de vida.
Então quando você se pegar perdido em pensamentos enquanto espera o ônibus ou saboreia um café, não se assuste se uma dessas memórias arcaicas do devir resolver dar as caras. Em vez disso, abra-se para elas, deixe que elas te levem para onde quiserem, e quem sabe você não descubra algo novo sobre si mesmo no processo. Afinal, o passado está sempre presente, só precisamos estar dispostos a ouvi-lo.
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