Muitas vezes antes de baterem a porta já sabia que iriam
bater, até quando o telefone tocou eu ja sabia quem estava do outro lado da
linha, e veja que não era alguém que eu estava aguardando para falar, outras
vezes uma musica estava tocando na minha mente e ao ligar o rádio a mesma
musica estava tocando, estes são alguns exemplos claros e evidentes do poder da
intuição, no entanto é claro que nem sempre acertamos, afinal a intuição não é
infalível, mas podemos, sim confiar nela, ela é poderosa em níveis diferentes
em cada um.
Em outras ocasiões pude perceber que a pessoa que estava
falando comigo estava mentindo e na epoca ainda não tinha lido nada sobre
linguagem corporal, eu simplesmente sabia, com o passar do tempo passei a
identificar alguém ser confiável ou não, atualmente com tanto malandro querendo
aplicar golpes precisamos de todas nossa habilidades lógicas e intuitivas para
nos defendermos deles.
Intuição todos temos, porem poucos lhe dão atenção, a
intuição sempre desempenhou um papel importante na minha vida, posso dizer que
a moda aristotélica aprendi através da experiência e na disciplina do exercício, intuição é natural a todos nós, depende apenas da importância que
lhe damos e o espaço que ela ocupa dentro de cada um.
Quando exercitamos o autoconhecimento passamos a
conhecer nossos próprios padrões e reações. A intuição muitas vezes se baseia
em experiências passadas e no conhecimento acumulado, então aprendi a estar
atento aos insights que surgem com base nas minhas próprias vivências, em nosso
subconsciente existe uma imensa gama de memórias, impulsos, desejos, é um
submundo estranho e surpreendente, lá estão escondidas forças que precisam ser
entendidas.
Deixar a intuição trabalhar é uma
abordagem útil em várias situações. A intuição muitas vezes é descrita como um
"sentimento" ou uma compreensão instantânea de algo, sem a
necessidade de raciocínio lógico. Às vezes, a intuição também surge dentro de
sua própria lógica, ela também se baseia em padrões e informações sutis que o
cérebro percebeu, mesmo que não se esteja consciente disso, por isto presto
atenção em pistas e sinais que podem estar à minha volta e que possam estar
influenciando minha intuição.
Quando aprendemos a valorizar a intuição começamos a
despertar interesse pelas formas de ampliar seu alcance, existem
várias maneiras de exercitar e desenvolver a intuição, o desenvolvimento ocorre
através de algumas práticas que ajudam bastante como por exemplo:
A Meditação é uma prática
poderosa para acalmar a mente e se conectar com a intuição. Reserve alguns
minutos todos os dias para meditar, concentrando-se na sua respiração e
permitindo que os pensamentos se dissipem, é uma forma de aquietar a mente.
Isso ajudará a abrir espaço para a intuição se manifestar.
Escuta interior, tire um tempo
regularmente para se afastar do ruído e das distrações externas e ouvir sua voz
interior. Pode ser por meio de uma caminhada tranquila na natureza, um momento
de contemplação silenciosa ou escrever em um diário. Esteja aberto para receber
insights intuitivos e preste atenção às mensagens que surgirem.
Exercícios de imaginação, use
sua imaginação de forma intencional. Visualize situações e imagine diferentes
possibilidades. Isso ajudará a estimular sua intuição e a capacidade de obter
insights além do pensamento lógico.
Registre seus sonhos, mantenha
um caderno ao lado da cama e anote seus sonhos assim que acordar. Os sonhos
podem conter símbolos e mensagens intuitivas que podem ser úteis para o seu
crescimento pessoal e tomada de decisões. Em alguns casos resolvi problemas que
aparentemente não tinham solução, a solução em principio paria mirabolante, porém
não era, a solução me fez sair da tal caixinha e ver o problema de outra
maneira.
Confie nos primeiros
pensamentos: Quando enfrentar uma decisão ou um problema, anote as primeiras
ideias ou insights que surgirem em sua mente, mesmo que pareçam estranhos ou
não convencionais. Muitas vezes, essas primeiras impressões são intuitivas e podem
levar a soluções criativas, e olhem não foram uma ou duas vezes que se mostrou
valido, quantas vezes este método me surpreendeu positivamente.
Pratique a escuta atenta:
Preste atenção às informações sutis ao seu redor. Observe as pessoas, os
padrões, as energias e as vibrações do ambiente. Quanto mais você estiver
consciente do seu entorno, mais fácil será captar sinais intuitivos, estar
presente no presente é estar vivendo intensamente esta vida curta que nem por
isto precisa ser pequena, agora parodiando Benjamin Disraeli.
Sugiro prestar atenção às sensações físicas que
experimentamos quando estamos tomando decisões. Se algo não parece certo, o
corpo pode reagir de maneira sutil, como um aperto no estômago ou uma sensação
de tensão. Esses sinais podem ser pistas da intuição.
Desenvolver a intuição é um processo gradual,
então seja paciente consigo mesmo e esteja aberto para receber insights de
maneiras diferentes. Com a prática regular, você fortalecerá sua conexão
intuitiva e aprenderá a confiar nela como uma ferramenta valiosa em sua vida.
Como disse anteriormente a intuição não é
infalível e, em certas situações, pode ser apropriado complementar a intuição
com pensamento crítico e análise racional. No entanto, permitir que a intuição
participe do processo de tomada de decisões pode trazer insights e perspectivas
únicas.
A intuição é uma habilidade valiosa que todos nós
possuímos. Ela é a capacidade de compreender ou perceber algo sem a necessidade
de um raciocínio lógico ou análise detalhada. Quando deixamos a intuição
trabalhar, permitimos que nossa mente faça conexões subconscientes e reconheça
padrões sutis.
Na espiritualidade, a intuição é frequentemente
considerada como uma conexão com uma sabedoria mais profunda, uma orientação
divina ou uma consciência superior. Ela é vista como uma forma de comunicação
direta com o divino ou com o Eu Superior. Acredito que a intuição espiritual possa fornecer
insights, orientação e respostas para questões que vão além do conhecimento
racional.
Muitas tradições espirituais enfatizam a
importância de cultivar e confiar na intuição como uma maneira de se conectar
com a verdade interior e com o plano divino. A intuição pode ser considerada
como uma voz interior, um sentimento profundo, uma orientação intuitiva ou até
mesmo uma sincronicidade significativa. É uma forma de acesso direto à
sabedoria espiritual e pode ajudar na tomada de decisões, na escolha do caminho
certo e no crescimento pessoal.
A sincronicidade aparece quando estamos na hora certa e no lugar certo, entendo que a
sincronidiade é o que define os acontecimentos que se relacionam, no entanto,
por relação de significado e não casual. Karl Jung é o idealizador do termo e
ele procurou estudar este fenômeno vital, devido a sua importância e
profundidade.
Na espiritualidade, o desenvolvimento da intuição
geralmente é encorajado por meio de práticas como meditação, oração, reflexão
interior, contemplação silenciosa e conexão com a natureza. Essas práticas
ajudam a acalmar a mente e abrir espaço para receber insights intuitivos.
No entanto, é importante ter em mente que a
intuição na espiritualidade não é um substituto para um discernimento
cuidadoso, uma reflexão ética ou uma busca de conhecimento e sabedoria. Ela é
uma ferramenta valiosa que pode ser usada em conjunto com outros recursos para
buscar uma compreensão mais profunda da existência e da jornada espiritual, as
combinações das inteligências fazem parte do processo de desenvolvimento
humano.
Cada pessoa pode ter sua própria compreensão e
experiência da intuição na espiritualidade, e é importante respeitar as
diferentes perspectivas e abordagens nesse sentido. O cultivo da intuição espiritual
é um processo individual e único para cada pessoa, e cada um pode descobrir sua
própria maneira de se conectar com essa forma de sabedoria intuitiva.
A intuição se manifesta muitas vezes de maneira
sutil como sentir o olhar de alguém e quando nos viramos percebemos que estávamos
sendo observados, sonhar com eventos antes que ocorram, sentir que alguém conhecido
está com problemas ou em perigo são algumas das manifestações intuitivas, são
provas de nossa conexão com o mundo que nos rodeia, aprender a enxergar estes
momentos nos ajuda a compreender melhor a nós mesmos e o mundo no qual estamos
inseridos.
Não foi à toa que uma de minhas formações acadêmicas
foi o estudo de Filosofia, a intuição desempenha um papel significativo na
filosofia, especialmente na filosofia continental e em algumas tradições da
filosofia oriental. Embora existam várias abordagens e interpretações da
intuição filosófica, em geral, ela se refere a um tipo de conhecimento ou
compreensão direta e imediata, que não é baseado na razão ou na análise
conceitual.
Na tradição ocidental, a intuição filosófica tem
sido explorada por filósofos como René Descartes, Immanuel Kant, Henri Bergson
e Martin Heidegger. Descartes, por exemplo, destacou a intuição como uma fonte
de conhecimento fundamental em sua busca por uma base indubitável para a
filosofia. Ele acreditava que a intuição clara e distinta poderia fornecer
certeza em relação a verdades fundamentais.
Kant também abordou a intuição, diferenciando entre
intuição sensível e intuição intelectual. A intuição sensível refere-se à
percepção dos objetos do mundo externo, enquanto a intuição intelectual é uma
forma de conhecimento imediato e não conceitual, que Kant considerava como uma
faculdade superior à razão.
Bergson desenvolveu a ideia de intuição como uma
forma de conhecimento que acessa diretamente a realidade temporal e fluída da
vida. Ele argumentou que a intuição permite uma compreensão mais profunda e
completa da experiência do que a análise conceitual.
Heidegger também enfatizou a importância da
intuição em sua filosofia. Para ele, a intuição revela o ser e sua verdade. Ele
considerava a intuição como uma forma de apreensão direta do mundo, que é
anterior ao pensamento conceitual.
Além disso, em muitas tradições filosóficas
orientais, como o hinduísmo, o budismo e o taoísmo, a intuição desempenha um
papel central. A meditação e a contemplação são frequentemente utilizadas como
práticas para desenvolver a intuição e alcançar um conhecimento mais profundo
da natureza da realidade.
Em resumo, a intuição na filosofia refere-se a uma
forma de conhecimento direto e imediato, que transcende a razão e a análise
conceitual. Ela desempenha um papel importante em várias tradições filosóficas,
oferecendo uma abordagem complementar à razão e permitindo uma compreensão mais
profunda da realidade, Deus colocou no mundo homens com inteligências múltiplas
capazes de construir “filosofias” que ampliaram nosso conhecimento e nosso
lugar no processo de crescimento espiritual e mental.
Aprender e confiar na intuição está muito além
daquilo que aqueles que a rejeitam podem realmente compreender a profundidade e
alcance, nossa espiritualidade conectada com a força maior em sua sabedoria nos
criou com inteligências múltiplas para melhor conhecermos nosso criador, a
lição do constante aprendizado nos torna humildes, devemos admitir que nada
sabemos diante desta imensidão espiritual, vamos em frente com nossa fé no
grande Pai.
Tem uma frase que soa poeticamente em minha mente: "intuição pode ser docilidade à audição da voz que nos habita"; é o sussurro que vem da realidade e das coisas" parece ser uma expressão poética que enfatiza a importância de ouvir atentamente e estar aberto para as vozes que existem dentro de nós e ao nosso redor.
Dar atenção a intuição é como um convite para ser receptivo aos sussurros da realidade e das experiências que nos cercam, reconhecendo a sabedoria e os ensinamentos que podem ser encontrados nas coisas simples e cotidianas.
É importante cultivarmos uma mente aberta, atenta e sensível para ouvir e compreender as mensagens que a vida e o mundo nos oferecem. Ela ressalta que há uma riqueza de conhecimento e compreensão disponível se estivermos dispostos a nos conectar com a realidade e prestar atenção aos detalhes e sutilezas que muitas vezes passam despercebidos.
O sussurro da realidade e das coisas refere-se a essa sabedoria e
conhecimento que está presente em nosso ambiente e em nossas
experiências diárias. Pode ser encontrado na natureza, nas interações
com outras pessoas, nas situações que enfrentamos e nas reflexões que
fazemos sobre elas. Esses sussurros podem nos oferecer insights
valiosos, nos conectar com uma compreensão mais profunda da vida e nos
ajudar a tomar decisões mais sábias.