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terça-feira, 11 de junho de 2024

Unilateralidade Abstrata

Vamos encarar a realidade: todos nós, em algum momento, caímos na armadilha da unilateralidade abstrata. É como aquele amigo que só consegue ver a própria perspectiva em uma discussão acalorada, ou o colega de trabalho que insiste em impor suas ideias sem nem ao menos considerar as opiniões dos outros. A unilateralidade abstrata está em toda parte, e muitas vezes nem percebemos que estamos presos nela.

Imagine esta situação comum: você está em uma discussão política com um amigo. Vocês têm opiniões divergentes sobre um determinado assunto, digamos, a legalização da maconha. Você está firmemente convencido de que a maconha deveria ser legalizada, argumentando sobre os benefícios medicinais e a liberdade individual. Seu amigo, por outro lado, está igualmente convencido de que a maconha deve permanecer ilegal, preocupado com os potenciais danos à saúde pública e ao tecido social. A discussão esquenta, e logo vocês estão apenas gritando um com o outro, cada um tentando impor sua visão de mundo. Aqui está a unilateralidade abstrata em ação: ambos estão tão imersos em suas próprias convicções que se recusam a considerar os argumentos do outro lado.

Como observado pelo filósofo francês Albert Camus, "A intolerância é a primeira manifestação de uma falta de fé no próprio ponto de vista que se defende". Nesta discussão sobre a legalização da maconha, tanto você quanto seu amigo estão demonstrando uma falta de fé na própria força de seus argumentos, optando por ignorar qualquer perspectiva que não se alinhe com a sua própria.

Outro exemplo comum de unilateralidade abstrata pode ser encontrado em relacionamentos interpessoais. Quantas vezes nos pegamos culpando nosso parceiro por problemas em nosso relacionamento sem sequer considerar nosso próprio papel nesses problemas? Talvez estejamos tão focados em nossos próprios sentimentos e necessidades que negligenciamos completamente as preocupações e perspectivas da outra pessoa. Estamos tão obcecados com nossa própria narrativa que não conseguimos ver além dela.

Como observado pelo psicólogo Carl Rogers, "Quando me aceito como eu sou, então posso mudar". Esta citação ressalta a importância de reconhecer e aceitar nossa própria unilateralidade abstrata antes de podermos começar a mudar nossas atitudes e comportamentos. Somente quando reconhecemos que estamos presos em nossas próprias perspectivas limitadas é que podemos começar a abrir nossas mentes para novas ideias e pontos de vista.

Em resumo, a unilateralidade abstrata é uma armadilha comum na qual todos nós caímos de vez em quando. Seja em discussões políticas acaloradas ou em relacionamentos interpessoais tensos, é fácil ficar preso em nossas próprias narrativas e ignorar o outro lado da moeda. No entanto, ao reconhecermos nossa própria unilateralidade e estarmos dispostos a considerar outras perspectivas, podemos começar a nos libertar dessa armadilha e a cultivar uma maior empatia e compreensão em nossas interações com os outros. 

terça-feira, 23 de abril de 2024

Grandes Incertezas

Vivemos tempos de incerteza. Seja na política, economia, saúde ou meio ambiente, parece que estamos navegando em mares turbulentos, sem uma bússola confiável. Diante desse panorama nebuloso, surge a necessidade premente de reformulação, de repensar nossas estratégias, nossas formas de agir e de pensar.

Para adentrar nesse tema, recorro às palavras sábias do grande pensador Albert Einstein, que certa vez disse: "Insanidade é fazer a mesma coisa repetidamente e esperar resultados diferentes." Essa frase ressoa profundamente nos tempos atuais. Diante da incerteza, insistir no mesmo caminho sem considerar novas abordagens é como remar contra a correnteza, sem progresso real à vista.

Assim, o que precisamos é de uma abordagem dinâmica, flexível e adaptativa. Em vez de nos agarrarmos a dogmas e métodos antiquados, devemos abraçar a mudança e a inovação. Como bem disse o filósofo chinês Lao-Tsé, "A água que não corre forma um pântano; a mente que não muda forma um dogma."

Entretanto, a mudança não vem sem desafios. Muitas vezes, estamos tão arraigados em nossas rotinas e maneiras de pensar que resistimos ferozmente a qualquer tipo de alteração. Aqui, as palavras do psicólogo Carl Rogers lançam luz sobre esse aspecto: "A única pessoa que está educada é a que aprendeu a aprender e mudar."

A chave está em cultivar uma mentalidade de aprendizado contínuo e adaptação. Devemos estar dispostos a questionar nossas próprias suposições, a explorar novas ideias e a experimentar novas abordagens. É somente através desse processo que podemos transformar a incerteza em oportunidade, a adversidade em crescimento.

Além disso, é importante reconhecer que a incerteza não é necessariamente algo a ser temido. Como observou o escritor e futurista Alvin Toffler, "O analfabeto do futuro não será a pessoa que não consegue ler. Será a pessoa que não consegue aprender, desaprender e reaprender." Na incerteza, reside a possibilidade de reinvenção, de descoberta de novos caminhos e de expansão de horizontes.

Então, ao invés de nos sentirmos paralisados pela incerteza, devemos encará-la como um convite para repensar, reinventar e revigorar. Em vez de nos apegarmos ao conforto da familiaridade, devemos abraçar a emoção da exploração e do desconhecido. Como disse o filósofo francês Voltaire, "A incerteza é um estado muito incômodo, mas a certeza é um estado ridículo."

Assim, em meio às grandes incertezas que enfrentamos, a necessidade de reformulação se apresenta como uma oportunidade para crescimento e evolução. Ao adotarmos uma mentalidade aberta, flexível e receptiva à mudança, podemos navegar esses tempos turbulentos com confiança e determinação, prontos para enfrentar os desafios que surgirem e transformá-los em oportunidades de crescimento pessoal e coletivo.


sexta-feira, 5 de abril de 2024

Plasticidade da Personalidade

Você já parou para pensar em como as pessoas mudam ao longo do tempo? Aquele amigo que costumava ser introvertido agora parece ser o rei das festas. Ou talvez você mesmo tenha percebido uma mudança em sua própria maneira de ser, talvez se tornando mais confiante ou mais paciente. Bem-vindo ao mundo da plasticidade da personalidade - onde quem somos não está gravado em pedra, mas moldado por nossas experiências diárias e interações com o mundo ao nosso redor.

Se olharmos ao nosso redor, encontramos evidências dessa plasticidade em todos os lugares. Considere a história de Maria, que costumava ser extremamente ansiosa em situações sociais. Ela evitava festas e encontros com grupos grandes de pessoas como se fossem a praga. No entanto, ao longo dos anos, ela decidiu enfrentar esse medo gradualmente. Com o tempo, ela descobriu que suas interações sociais se tornaram menos assustadoras e até mesmo agradáveis. Maria é um exemplo vivo da capacidade humana de mudar e crescer.

Mas, e quanto aos célebres pensadores? O que eles têm a dizer sobre a plasticidade da personalidade? Vamos trazer uma citação de Carl Rogers, um psicólogo humanista conhecido por sua abordagem centrada no cliente. Ele disse uma vez: "A única pessoa que está educada é aquela que aprendeu como aprender e mudar." Essa frase ressoa profundamente com a ideia de que a mudança é uma parte essencial da jornada humana. Não estamos destinados a permanecer os mesmos para sempre; somos seres em constante evolução.

Voltando ao nosso dia a dia, considere também a história de Pedro, que costumava ser incrivelmente desorganizado. Seu quarto era um campo minado de roupas sujas e papéis espalhados. Mas após começar um novo emprego que exigia mais disciplina e organização, Pedro lentamente adotou hábitos mais estruturados. Ele percebeu que ser mais organizado não apenas o ajudava no trabalho, mas também melhorava sua qualidade de vida em geral.

Esses exemplos ilustram como a personalidade pode ser moldada por nossas escolhas, experiências e até mesmo pelas demandas do ambiente ao nosso redor. É como se estivéssemos esculpidos por uma série interminável de pequenos eventos e interações, cada um deixando sua marca única em nós.

Vamos finalizar com uma citação do renomado psicólogo Albert Bandura, que disse: "As pessoas não apenas moldam seu ambiente, mas são moldadas por ele." Essa ideia ressalta a interação constante entre nós e nosso ambiente, sugerindo que somos tanto influenciadores quanto influenciados pelo mundo ao nosso redor.

Então, da próxima vez que você se encontrar pensando sobre quem você é e quem você quer ser, lembre-se da plasticidade da personalidade. Lembre-se de que você não está preso a uma versão fixa de si mesmo. Em vez disso, abrace a jornada de autodescoberta e crescimento contínuo. Afinal, é essa capacidade de mudar e evoluir que torna a vida tão surpreendente e cheia de possibilidades.