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sábado, 27 de abril de 2024

Próprio Judas

Alguns dias atrás ouvi alguém falar sobre a ideia de ser o 'Meu próprio Judas, traindo a mim mesmo", na hora percebi se tratar de uma metáfora interessante, percebi que a esta metáfora descrevia um tipo de traição interna ou autossabotagem. Ela fazia uma alusão ao episódio bíblico da traição de Judas Iscariotes a Jesus Cristo, onde Judas entregou seu mestre às autoridades por trinta moedas de prata, ao mesmo tempo fazia alusão alguma passagem do cotidiano vivido pela pessoa que estava falando sobre sua própria vida.

Nesse contexto, quando alguém fala sobre seu "próprio Judas", está se referindo a momentos em que se sabotam, traem suas próprias convicções ou interesses, muitas vezes por motivos diversos, como insegurança, medo, autoestima baixa ou falta de autoconfiança.

A expressão "traindo a mim mesmo" sugere uma contradição interna, onde alguém age de forma contrária aos seus próprios valores, desejos ou objetivos. Pode ser algo tão sutil quanto procrastinar em vez de trabalhar em metas importantes, ou algo mais grave, como prejudicar relacionamentos por causa de padrões de comportamento autodestrutivos.

Entender e reconhecer esses padrões de autossabotagem é o primeiro passo para superá-los. Muitas vezes, isso requer autoconsciência, reflexão sobre os motivos subjacentes e, às vezes, ajuda profissional para lidar com questões emocionais profundas que possam estar contribuindo para esse comportamento.

A ideia de "Meu próprio Judas, traindo a mim mesmo" é um lembrete poderoso da importância de ser fiel a si mesmo, de reconhecer e enfrentar os obstáculos internos que podem estar impedindo o progresso pessoal e o bem-estar emocional.

E você já se pegou traindo a si mesmo? Não, não estou falando de algum ato de traição digno de um dramalhão mexicano. Estou falando sobre aquelas pequenas sabotagens que fazemos contra nós mesmos no dia a dia, muitas vezes sem perceber.

Quem nunca prometeu começar uma dieta na segunda-feira e acabou devorando uma barra inteira de chocolate no domingo à noite? Ou quem nunca se comprometeu a estudar para aquela prova importante, mas acabou procrastinando até a última hora e fazendo tudo às pressas?

Pois é, essas são situações típicas em que estamos traindo a nós mesmos. E sabe quem já falou bastante sobre isso? O mestre da filosofia existencialista, Jean-Paul Sartre. Esse cara tinha uma visão interessante sobre a liberdade e a responsabilidade individual.

Segundo Sartre, somos totalmente livres para escolher nossas ações, mas essa liberdade vem acompanhada de uma responsabilidade imensa. E é aí que mora o perigo: muitas vezes fugimos dessa responsabilidade e acabamos nos sabotando.

Vamos pensar em um exemplo prático: aquele projeto que você sempre quis começar, mas nunca parece ter tempo para isso. Você diz a si mesmo que vai começar assim que tiver um tempo livre, mas quando finalmente tem, acaba se distraindo com outras coisas menos importantes.

Essa é uma forma de autossabotagem, onde você está traindo seus próprios objetivos e desejos. E sabe o que é pior? Quanto mais vezes você faz isso, mais difícil fica de confiar em si mesmo e de alcançar suas metas.

Então, como podemos parar de trair a nós mesmos? Primeiro, precisamos reconhecer esses padrões de comportamento. Quando nos pegamos procrastinando ou fazendo escolhas que vão contra nossos objetivos, é hora de parar e refletir sobre nossas motivações.

Em vez de nos criticarmos, precisamos nos perguntar por que estamos agindo assim. Será medo do fracasso? Insegurança? Falta de autoconfiança? Identificar esses sentimentos é o primeiro passo para superá-los.

Além disso, podemos nos inspirar nas palavras de Sartre e lembrar que somos os únicos responsáveis por nossas escolhas e ações. Não adianta culpar o tempo, as circunstâncias ou outras pessoas. A responsabilidade é nossa e só nossa.

Então, quando você se pegar traindo a si mesmo, lembre-se de que você tem o poder de mudar isso. Assuma o controle, reconheça suas falhas e faça escolhas que estejam alinhadas com seus verdadeiros objetivos e desejos. A vida já apresenta desafios suficientes sem que a gente mesmo se sabote, não é mesmo? Então, que tal começar hoje mesmo a ser o seu maior aliado, em vez de seu próprio Judas?