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quarta-feira, 27 de setembro de 2023

Asas da cura

 


A mãe natureza é sabia, ela procura nos ensinar o tempo todo, com beleza e agilidade o pequenino beija-flor nos chama a atenção, basta nosso olhar para imediatamente nos ligarmos a beleza da lição através da poesia que cura nossa alma.

"Beija-flor bate asas da cura" é uma expressão poética em português que pode ser interpretada de diferentes maneiras, dependendo do contexto e da interpretação de cada pessoa. O "beija-flor" é uma referência ao pássaro conhecido por sua beleza, agilidade e pelo bater rápido de suas asas enquanto voa. O ato de bater asas pode ser associado à ação rápida e enérgica, como uma metáfora para a busca pela cura ou pelo alívio de algo.

Assim, "beija-flor bate asas da cura" pode evocar a ideia de que, assim como o beija-flor bate suas asas de forma rápida e incansável, podemos buscar ativamente a cura ou o alívio de desafios, doenças, problemas ou dificuldades que enfrentamos em nossas vidas. Pode sugerir uma atitude proativa e persistente em relação à busca pela cura ou pelo bem-estar, simbolizando a determinação em superar obstáculos e encontrar soluções para nossos problemas.

Em nosso caminho pela vida, somos como o beija-flor que bate asas incansavelmente, assim como esse pássaro gracioso, nós também enfrentamos desafios, dores e momentos de incerteza, a sabedoria da natureza nos ensina que, mesmo diante das adversidades, podemos encontrar força dentro de nós mesmos para superar qualquer obstáculo.

O beija-flor, com sua natureza ágil e perseverante, nos lembra da necessidade de persistência e resiliência em nossa busca pela cura espiritual, suas asas que batem rapidamente nos lembram que a cura não é um destino, mas sim uma jornada constante e ativa. Cada batida de suas asas representa nossa vontade de avançar, de superar nossos medos e limitações, de buscar a paz interior e a cura do corpo, mente e alma.

Às vezes, a cura pode parecer distante, mas se nos empenharmos com a mesma determinação que o beija-flor ao bater suas asas, alcançaremos um estado de equilíbrio e bem-estar. Assim como o beija-flor encontra néctar nas flores, nós podemos encontrar nossa cura nos ensinamentos espirituais, na conexão com o divino e na compreensão do nosso propósito na vida. Que possamos seguir o exemplo do beija-flor, batendo asas com fé e confiança no processo de cura. Que possamos lembrar que cada desafio é uma oportunidade para crescermos, para aprendermos a amar mais profundamente e para nos aproximarmos da nossa verdadeira essência espiritual.

Que as batidas das nossas asas tragam não apenas cura para nós mesmos, mas também para aqueles ao nosso redor, espalhando a luz da compaixão e o calor do amor a todos os seres.

Musica: Eu chamo a força 


 https://youtu.be/uDNYkIR3tEA?list=RDuDNYkIR3tEA

O beija-flor, em sua singeleza, nos oferece uma profunda lição filosófica sobre a natureza da existência e a busca pela cura espiritual. Suas asas que batem freneticamente para manter-se no ar nos recordam da impermanência e dinâmica incessante da vida. Assim como o beija-flor, somos seres em constante movimento, em um eterno fluxo de experiências, lutas e superações. A cura, meu amigo, é um processo contínuo e ativo. Assim como o beija-flor não pode descansar por muito tempo, devemos persistir em nossa jornada em busca de equilíbrio e paz interior. Nossas asas são nossas ações, nossos esforços e nossos pensamentos, que devem estar em harmonia para alcançarmos a verdadeira cura.

A busca pela cura espiritual é como a busca pelo néctar das flores. Exige agilidade, determinação e discernimento para identificar as fontes que nutrem nossa alma e nos aproximam da realização. Assim como o beija-flor escolhe com sabedoria as flores das quais se alimenta, devemos discernir com clareza o que nutre nossa essência espiritual e o que nos afasta da cura, além disso, assim como o beija-flor contribui para a polinização das flores enquanto busca seu sustento, devemos lembrar que, ao buscar nossa própria cura, também contribuímos para o bem-estar e a harmonia do universo. Cada passo em direção à nossa cura pessoal é uma contribuição para a cura do todo.

Que possamos, como o beija-flor, manter nossas asas em movimento constante na busca pela cura interior. Que possamos compreender a beleza da impermanência e abraçar a jornada em direção à verdade e à harmonia.

Assim, seguimos em busca da sabedoria que nos eleva.

 

ORAÇÃO PARA CURA BEZERRA DE MENEZES

Oração para Cura do Corpo e Alma

*

Abençoado seja este dia meu Deus,
Depositando toda fé de Cura no senhor,
Enchendo-me de esperança,
Para prosseguir na estrada da vida,
E realizar com resignação teus propósitos,

*

Agradeço Pai amado,
Por mais este dia de viagem existencial,
Percorrendo minha caminhada,
Um passo de cada vez,
As vezes com dores, sofrimentos e tristezas,
Mas também feliz pelos momentos de alegria,

*

Deposito em tuas mãos, senhor Deus,
Meu destino e todas as minhas aspirações,
Certo de que teus propósitos para mim,
São justos e bem vindos,
Os quais agradeço do fundo da minha alma,
Buscando sempre aprender as lições da jornada,

*

Rogo-te Pai Celestial,
A cura para minhas enfermidades,
Cujas doenças existentes em meu corpo,
E marcadas na minha alma,
São frutos de minhas próprias dívidas divinas,
E ações presentes e passadas,
Conscientes ou inconscientes na minha mente,

*

Auxilia-me generoso Deus,
Diretamente pelas tuas mãos abençoadas,
Ou através de teus anjos e missionários de luz,
Ao processo de cura e alívio de dores,
Iniciando-se pela limpeza energética,
E pela harmonização de meu corpo espiritual,

*

Sabendo-se amado Pai,
Que toda cura inicia-se pela sanidade da alma,
Peço que seja retirado de minha mente e de meu coração,
Todas as energias maléficas e larvas espirituais,
Pensamentos e sentimentos perniciosos,
Como as magoas, a inveja, a irritação e o egoísmo,

*

Saneada e fortalecida minha alma, senhor Deus,
Rogo-te o amparo curativo para meu corpo físico,
Fortalecendo meus sistema imunológico,
Cicatrizando feridas e restaurando tecidos,
Expulsando do meus corpo as células malignas,
E revitalizando os órgãos enfermos,
Até a completa restauração de minha saúde,

*

Auxilia-me Pai Celestial,
A recuperar a auto estima e o amor próprio,
A reconquistar minha alegria de viver,
A expulsar de minha mente os pensamentos perniciosos,
A me libertar das influencias espirituais deprimentes,
Para que através da motivação pela vida,
Eu possa fortalecer minha saúde física e mental,

*

Peço-te humildemente amado Deus,
Tua misericórdia divina para com minha saúde,
E em troca de tuas bênçãos generosas,
Onde nada é impossível de ser alcançado,
Comprometo-me neste momento sublime,
Diante de ti e de todos os teus missionários de luz,
A um profundo processo de reforma intima,

*

Prometo amado Pai Celestial,
A envidar todos os esforços íntimos,
Para minha evolução espiritual,
Praticando o perdão e a superação das magoas,
Vencendo o egoísmo e a intolerância com o próximo,
E aproveitando todas as oportunidade que me forem oferecidas,
Para praticar a caridade e a ajuda ao próximo,
Como se estivesse auxiliando diretamente ao senhor meu Deus,

*

Por este processo de melhoramento, amado Senhor,
Desejo ser digno de tuas bênçãos luminosas,
E aproveito para arrepender-me sinceramente,
Pelos erros do passado,
E pedir-te o perdão dos pecados,
Assim como me comprometo a perdoar todas as ofensas sofridas,
Deixando ti, oh! Senhor, o julgamento de todos nós teus filhos,

*

Assim, meu Divino Pai,
Aguardarei com paciência e resignação,
O tempo certo para receber minha cura,
Para sentir o alivio de minhas dores do corpo e da alma,
Depositando toda fé e esperança no senhor,
Confiante que receberei a cura de tuas mãos,
Para o prosseguimento de minha jornada terrena,

*

Assim seja,

Dr. Adolfo Bezerra de Menezes

 

Fonte:

https://www.verdadeluz.com.br/oracao-para-cura-bezerra-de-menezes/

terça-feira, 26 de setembro de 2023

O Sussurro das Folhas da Figueira: Uma lembrança de vida



Existe uma antiga figueira no pátio de uma pequena casa amarela, cujas raízes se entrelaçam com os segredos mais profundos da terra, é uma figueira centenária, ela foi testemunha da dor e sofrimento de muitos seres humanos escravizados e maltratados, também foi testemunha da alegria de famílias que viveram e ainda vivem sob sua sombra e proteção, o tempo passou e as marcas do tempo que flui ficaram, ainda majestosa a bela senhora permanece até hoje serena e firme. Seus galhos se estendem em todas as direções, criando uma imponente e acolhedora sombra. As folhas da figueira são como pequenas mensageiras do divino, contando histórias de uma conexão mais profunda entre os mundos, histórias que afagam nosso coração e outras que nos lembram da tristeza de tempos que gostaríamos que não tivesse existido.

Durante as noites escuras e silenciosas, quando o brilho da lua iluminava timidamente o horizonte, os escravos se reuniam sob a figueira. Ali, compartilhavam histórias de suas jornadas difíceis, de seus sonhos de liberdade e de um futuro onde todos poderiam viver em igualdade. A figueira tornou-se o símbolo de sua resistência e a força que os unia na luta pela liberdade.

Cada folha, cada ramo e cada raiz da figueira pareciam carregar a história daqueles que buscavam a libertação. A árvore era como uma testemunha silenciosa de suas lutas, uma presença eterna que ecoava sua determinação e coragem. As folhas eram os sussurros daqueles que ousaram sonhar com um mundo melhor, um mundo onde todos fossem livres e felizes.

Com o passar do tempo as pessoas daquela comunidade viam a figueira como uma velha senhora testemunha de muitas histórias de vida, veneravam a figueira como sagrada. Diziam que suas folhas eram portadoras de ensinamentos antigos, transmitindo a sabedoria dos tempos primordiais. Em noites calmas, sob o brilho da lua, quando podiam e era permitido os negros sábios do local se reuniam ao redor da figueira para ouvir os sussurros do vento que agitavam suas folhas, entoavam seus cânticos e procuravam lembrar das figueiras de sua terra.

Muitas décadas após momentos tão difíceis vividos por nossos irmãos, certa noite, uma jovem senhora chamada Ória sentiu uma atração irresistível pela figueira. Com o coração cheio de curiosidade e desejo de sabedoria, ela se aproximou da árvore majestosa. Sentou-se sob sua sombra e, com olhos fechados, deixou-se levar pela suave melodia da brisa que fazia as folhas da figueira dançarem.

As folhas começaram a sussurrar histórias de vida e renovação. Contaram sobre os ciclos da natureza, das folhas que nascem, florescem, envelhecem e, por fim, se soltam da árvore para se fundirem novamente com a terra. Era uma lição de aceitação e fluidez, lembrando Ória que a vida é uma constante transformação.

Em seguida, as folhas murmuraram sobre a interconexão de todas as coisas. Elas explicaram que, assim como cada folha contribui para a vitalidade da árvore, cada indivíduo contribui para o equilíbrio e harmonia do universo. Nesse momento, Ória sentiu uma profunda paz interior, compreendendo sua ligação com tudo o que a rodeava.

As folhas também compartilharam ensinamentos sobre gratidão. Elas expressaram a gratidão por receber a luz do sol, as gotas de chuva e os nutrientes da terra. Essa gratidão, explicaram, mantinha a árvore saudável e florescente. Ória refletiu sobre como a gratidão poderia ser uma força transformadora em sua própria vida.

Ao amanhecer, Ória se levantou revigorada, com o coração cheio de inspiração e sabedoria. Ela compreendeu que as folhas da figueira eram mensageiras de uma verdade universal, um lembrete de que, assim como as folhas, estamos todos interligados, em constante mudança e devemos praticar a gratidão em nossas jornadas.

A partir desse dia, Ória passou a viver sua vida com uma nova perspectiva, honrando a sabedoria das folhas da figueira e compartilhando sua luz e conhecimento com todos que cruzavam seu caminho. A figueira, com suas folhas espirituais, tinha guiado mais uma alma em sua jornada em direção à iluminação e à compreensão do universo.

Ória não foi a única a sentir a inexplicável atração pela figueira. Um após o outro, moradores da vila eram irresistivelmente atraídos pelo poder magnético da árvore. Cada um tinha sua própria jornada interior, suas questões e anseios. Mas todos buscavam respostas, conforto e iluminação.

Eu e minha família fomos viver na década de 70 na casinha amarela sob a bênção da figueira. A figueira para nós não era apenas uma árvore, era uma presença espiritual que nos guiava em nossas jornadas individuais, recordo que todos éramos parte de um todo maior, uma teia de vida intrincada que se estendia além do que os olhos podiam ver. E assim, a figueira continua a tocar almas e a transformar vidas, oferecendo suas lições de amor e sabedoria a todos que a buscavam, em minha lembrança penso em minha mãe que se chamava Ória, era uma médium formidável nos falava sobre as energias antigas que existiam naquele ambiente da figueira onde estava a casinha amarela, nos ensinou a respeitar a história do lugar e nos contou algumas histórias de quem tinha vivido ali.

A casa amarela não existe mais, mas a figueira permanece firme, com sua idade e sabedoria, continua a oferecer sombra e inspiração a todos, lembrando de que, sob sua copa, haviam e haverão de encontrar não apenas abrigo físico, mas também a força para enfrentar desafios e lutar por um futuro mais igualitário e justo. Era e é um testemunho vivo de que a liberdade e a esperança sempre podem crescer, mesmo nas situações mais sombrias que todos nós vivemos.

 

segunda-feira, 25 de setembro de 2023

Eu Digo Apenas o Que Eu Vejo: Uma Reflexão Sobre Percepção e Compreensão com uma visada de Nietzsche

"Eu falo apenas o que vejo"? A frase é mais profunda do que parece! É tipo dar um rolê no nosso jeitão de enxergar o mundo. Vamos nos imaginar jogando na mesa o que estamos realmente vendo, sem máscaras ou filtros. É meio como ser o narrador de nossa própria história, mas no modo mais sincero possível.

Sabemos que cada um de nós tem uma lente de percepção única. Nossa vida, bagagem e vivências moldam a forma como vemos as coisas. Por isso, quando alguém diz "Eu falo apenas o que vejo", é tipo um lembrete de que nossas palavras estão conectadas diretamente àquilo que enxergamos e como interpretamos o que rola ao nosso redor.

O interessante é que o que a gente vê também é resultado de um monto de coisas, não é só o que nossos olhos captam. Tem emoções, experiências passadas, preconceitos (que a gente tem que ficar de olho e desconstruir), e por aí vai. Essa frase também é sobre ter consciência do que está por trás daquilo que comunicamos, porque é mais complexo do que simplesmente mandar a real.

O tema imediatamente nos faz lembrar de nosso sincerão, o filósofo Nietzsche, ele tratou deste tema de maneira interessante, ele abordou que a perspectiva e a subjetividade na percepção da realidade. Ele argumentou que nossa visão do mundo é influenciada por nossa perspectiva individual, experiências e valores, e que não existe uma "verdade objetiva" única, mas várias perspectivas que compõem a realidade.

Por que citei Nietzsche? Porque lembrei que ao ler a obra de Friedrich Nietzsche imediatamente relacionei ao tema "Eu Falo Apenas o que Vejo" e que aborda a percepção, a verdade e a subjetividade é "Assim Falava Zaratustra" (também conhecida como "Assim Falava Zaratustra: Um Livro para Todos e para Ninguém"). Publicada entre 1883 e 1885, esta obra é uma das mais conhecidas e influentes de Nietzsche.

"Assim Falava Zaratustra" apresenta ideias sobre a natureza da verdade, a perspectiva individual e a subjetividade na interpretação da realidade. Zaratustra, o protagonista, expressa suas visões sobre a existência humana e convida os indivíduos a explorar suas próprias percepções, questionando a verdade convencional e as interpretações estabelecidas.

Nietzsche utiliza a metáfora do "Übermensch" (Sobre-Humano) e a ideia de "vontade de potência" para enfatizar a importância da perspectiva individual na busca da verdade. Ele argumenta que nossa visão do mundo é influenciada por nossas experiências e valores pessoais, e que cada pessoa precisa desenvolver sua própria compreensão da existência.

Essa obra destaca a necessidade de questionar as verdades preestabelecidas, desafiar convenções sociais e culturais e explorar a subjetividade na busca da verdade. Esses conceitos estão alinhados com a ideia de "Eu Falo Apenas o que Vejo", pois reconhecem que nossa comunicação e percepção do mundo estão enraizadas em nossa perspectiva individual e subjetiva.

Construindo uma reflexão sobre a frase "Eu digo apenas o que eu vejo"?

O que podemos construir como reflexão sobre a frase "Eu digo apenas o que eu vejo"? Ela ressoa com a ideia de que nossa compreensão do mundo está intrinsecamente ligada àquilo que percebemos e experienciamos, no entanto, essa aparente simplicidade esconde uma complexidade subjacente que merece ser explorada. A percepção vai além da visão física e abrange uma ampla gama de fatores, como experiências passadas, crenças, emoções e até mesmo nossa própria interpretação subjetiva.

A Natureza Multifacetada da Percepção

A percepção é um fenômeno intrincado que vai além do simples ato de enxergar. Envolve a interpretação e a atribuição de significado ao que vemos, ouvimos, cheiramos, saboreamos e sentimos ao tocar. Nossos sentidos servem como portais para o mundo exterior, mas a forma como processamos e compreendemos essas informações é profundamente influenciada por nossas experiências, valores e contexto cultural.

Cada pessoa possui uma perspectiva única do mundo, moldada por suas vivências ao longo da vida. As nossas experiências anteriores influenciam a forma como interpretamos novas situações e informações. Portanto, ao dizer "Eu digo apenas o que eu vejo", estamos reconhecendo a nossa limitação em comunicar apenas aquilo que percebemos com base nas nossas próprias experiências e entendimento do mundo.

A Importância da Interpretação

Nossa interpretação do que vemos é moldada por uma interação complexa entre os nossos sentidos e o nosso cérebro. O cérebro processa as informações sensoriais e as contextualiza com base no nosso conhecimento acumulado. Isso pode levar a interpretações diferentes da mesma observação, dependendo das experiências e bagagem de vida de cada indivíduo.

Vamos nos imaginar olhando para uma pintura abstrata. Duas pessoas podem ver a mesma obra de arte, mas interpretá-la de maneiras completamente distintas. Para um, pode evocar sentimentos de alegria e liberdade; para outro, pode trazer sentimentos de melancolia e confusão. Ambas as interpretações são válidas, pois refletem a subjetividade inerente à percepção humana.

A Influência das Crenças e Experiências Pessoais

Nossas crenças, valores e experiências moldam e filtram o que percebemos. Por exemplo, alguém com uma visão otimista da vida pode interpretar uma situação desafiadora como uma oportunidade de crescimento, enquanto outra pessoa com uma visão mais pessimista pode vê-la como um obstáculo insuperável.

Essas crenças e experiências moldam nossa forma de se comunicar e interagir com os outros. Se dizemos apenas o que vemos, é importante lembrar que o que vemos é profundamente influenciado por quem somos e pelo que vivemos.

A Importância da Empatia e do Diálogo

Dado que a nossa percepção é única e moldada por nossas experiências individuais, é fundamental cultivar a empatia e o diálogo aberto com os outros. Isso nos permite compreender as diferentes perspectivas e interpretar as ações e palavras dos outros com uma mente aberta e tolerante.

Ao reconhecer que cada pessoa vê o mundo de maneira única, podemos criar um ambiente onde as diferenças são celebradas e a compreensão mútua é valorizada. Em um mundo onde a diversidade de perspectivas é enriquecedora, é fundamental abraçar a ideia de que nossas palavras refletem nossas próprias interpretações do que percebemos.

"Dizer apenas o que vemos" é uma afirmação que ressalta a importância de reconhecer a subjetividade inerente à nossa percepção do mundo. A maneira como percebemos as coisas é moldada por uma série de fatores, incluindo nossas experiências passadas, crenças, emoções e contexto cultural. Compreender essa complexidade nos leva a abraçar a diversidade de perspectivas e a praticar a empatia e o diálogo aberto em nossas interações diárias. Ao fazer isso, podemos construir pontes e promover um mundo onde a compreensão e a aceitação mútua prosperam.

A ideia de "Eu Falo Apenas o que Vejo" pode ser relacionada a muitos aspectos da sociedade atual, especialmente considerando a disseminação de informações, a polarização nas redes sociais e a valorização da subjetividade. Com a proliferação de mídias sociais e fontes de informação, cada pessoa tem sua própria interpretação dos eventos atuais. O que vemos nas notícias é filtrado pela nossa perspectiva individual, crenças e experiências. Isso influencia como comunicamos e interpretamos os acontecimentos.

Vivemos em uma era onde a verdade é muitas vezes questionada e percebida de maneiras diferentes por diferentes grupos. A ideia de que "Eu Falo Apenas o que Vejo" ressalta a dificuldade de alcançar uma verdade objetiva, pois nossas percepções são moldadas por nossa própria subjetividade.

A expressão incentiva a honestidade e a autenticidade em nossas opiniões. É uma chamada para um diálogo mais construtivo, onde cada indivíduo pode expressar suas visões com sinceridade, promovendo um entendimento mais profundo e aceitação das diferenças. Em uma época de julgamentos rápidos e cancelamentos, a reflexão sobre "Eu Falo Apenas o que Vejo" pode nos lembrar da importância de entender o contexto e considerar diferentes perspectivas antes de fazer julgamentos precipitados baseados apenas na aparência ou nas primeiras impressões.

A sociedade moderna valoriza cada vez mais a voz individual e a diversidade de experiências. A afirmação "Eu Falo Apenas o que Vejo" reforça a importância de cada pessoa compartilhar sua perspectiva única e contribuir para a riqueza da nossa compreensão coletiva. Esses pontos ilustram como a ideia é altamente relevante no contexto atual, onde a subjetividade, a diversidade de perspectivas e a valorização da honestidade na expressão são fundamentais para um diálogo e compreensão significativos.

Fonte:

Nietzsche, Friedrich Wilhelm. Assim Falava Zaratrusta: Um livro para todos e para ninguém. Tradução por Ciro Mioranza. Ed. Escala 2ª Ed. Coleção Grandes Obras do Pensamento Universal - I