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quinta-feira, 25 de julho de 2024

Síndrome de Solomon

A Síndrome de Salomão é um fenômeno social que ocorre quando uma pessoa reprime ou esconde suas qualidades, habilidades ou talentos para se adequar a um grupo ou evitar destacar-se. O nome é uma referência ao rei bíblico Salomão, conhecido por sua sabedoria, que julgava com prudência e evitava decisões que causassem discórdia entre as pessoas.

O Medo de Ser Excepcional

Imagine-se em um ambiente de trabalho onde todos têm um desempenho mediano. Você sabe que pode se destacar, mas hesita em fazê-lo. O medo de ser percebido como arrogante ou de criar inveja nos colegas pode levar você a subestimar suas habilidades. Este é um exemplo clássico da Síndrome de Salomão, onde o desejo de pertencer ao grupo supera a vontade de brilhar individualmente.

A Força da Conformidade

Na escola, você pode ter notado que alguns alunos evitam responder perguntas ou participar ativamente das aulas, mesmo sabendo as respostas. Eles não querem ser vistos como "sabe-tudo" ou atrair a atenção indesejada. A conformidade social exerce uma pressão tão forte que muitos preferem a mediocridade à possibilidade de serem excluídos ou criticados.

O Filósofo Fala

Jean-Paul Sartre, um dos mais influentes filósofos do século XX, falava sobre a "má-fé", onde as pessoas negam suas verdadeiras naturezas para se conformar às expectativas dos outros. Sartre acreditava que a autenticidade era essencial para a liberdade individual. Segundo ele, viver autenticamente é assumir a responsabilidade por nossas escolhas e agir de acordo com nossa verdadeira essência, ao invés de nos escondermos atrás das normas sociais.

O Cotidiano e a Autenticidade

Vamos trazer isso para situações cotidianas. Pense em um grupo de amigos onde todos têm interesses similares. Você, no entanto, tem uma paixão por um hobby incomum. Ao invés de compartilhar essa paixão, você prefere discutir os interesses comuns do grupo para não se sentir excluído. Essa autocensura constante pode levar a um sentimento de insatisfação e perda de identidade.

No trabalho, você pode ter uma ideia inovadora, mas opta por não compartilhá-la para evitar ser visto como alguém que quer "aparecer". Com o tempo, essa prática pode levar à frustração e ao sentimento de que você não está utilizando seu potencial total.

Superando a Síndrome de Salomão

Superar a Síndrome de Salomão exige coragem e autoconhecimento. Reconhecer que cada indivíduo tem algo único a oferecer é o primeiro passo. É importante entender que brilhar não significa necessariamente eclipsar os outros. Em vez disso, pode inspirar e elevar aqueles ao seu redor.

A Síndrome de Salomão nos lembra do poder da conformidade social e da importância de encontrar um equilíbrio entre pertencer a um grupo e manter nossa individualidade. Ser autêntico e expressar nossas verdadeiras capacidades pode ser um desafio, mas é fundamental para uma vida plena e satisfatória. Afinal, como disse Sartre, ser livre é ser responsável por si mesmo, e isso inclui aceitar e celebrar nossa singularidade.

Link da série Merli, cena demonstrativa da Síndrome de Salomão:

https://www.google.com/search?q=cena+do+filme+Merli+com+sindrome+de+salom%C3%A3o&oq=cena+do+filme+Merli+com+sindrome+de+salom%C3%A3o&gs_lcrp=EgZjaHJvbWUyBggAEEUYOTIJCAEQIRgKGKAB0gELMTE3NjYxajBqMTWoAgiwAgE&sourceid=chrome&ie=UTF-8#fpstate=ive&vld=cid:c8e65e8c,vid:bUCtTbskkps,st:0 

domingo, 12 de novembro de 2023

Congruência: Da Liberdade à Conformidade, navegando o labirinto da Congruência Social


Vamos pensar sobre o que vem a ser a tal Congruência Social, para esta introdução é necessário nos imaginarmos em uma manhã comum, pegamos o celular, rola o feed interminável das redes sociais e vê postagens de amigos em praias paradisíacas, em restaurantes da moda, ou sorrindo com seus animais de estimação perfeitamente comportados, com ou sem “filtros”, na maioria das vezes com “filtros”. Tudo parece incrível, mas você se pergunta: "Será que todo mundo está sempre tão feliz e bem-sucedido?"

Aqui vale uma nota de rodapé. O tal filtro que me refiro é ao ato de "maquiar" a realidade, muitas vezes através de uma fachada ou aparência superficial, para que tudo pareça melhor do que realmente é. Isso é algo muito comum na era das redes sociais, onde as pessoas frequentemente compartilham apenas os aspectos positivos de suas vidas, criando uma imagem muitas vezes idealizada. Essa tendência de "maquiar" a realidade pode ser vista como uma forma de congruência social, onde as pessoas sentem a pressão de se conformar a padrões de sucesso, felicidade e perfeição. No entanto, essa busca pela imagem ideal pode, às vezes, obscurecer a autenticidade e dificultar a conexão genuína com os outros. Então, dito isto, é importante lembrarmos que a verdadeira autenticidade muitas vezes reside na capacidade de compartilhar tanto as alegrias quanto as lutas da vida, criando relações mais autênticas e significativas, o exemplo de coragem no enfrentamento de situações difíceis pode muitas vezes fazer a diferença na vida de alguém que precise de encorajamento para também lutar e seguir vivendo acreditando que não está sozinho.

Prosseguindo. Nossa vida cotidiana está repleta de momentos assim, onde nos deparamos com a pressão sutil, às vezes não tão sutil, para se encaixar e parecer que estamos em perfeita harmonia com o que a sociedade espera de nós. Mas, será que estamos mesmo? Jean-Jacques Rousseau, aquele filósofo do século 18, tinha algumas ideias interessantes sobre como a conformidade social afeta nossas vidas. Outro filosofo que tratou do tema, mas tratou com rebeldia foi Nietzsche, e claro, ele não poderia ficar de fora de nossa conversa.

Iniciamos esclarecendo o significado de congruência, na matemática, representa uma relação de equivalência entre números inteiros, onde dois números têm o mesmo resto quando divididos pelo mesmo inteiro (módulo), quando aplicamos esse conceito metaforicamente à vida humana e à sociedade, podemos pensar de como muitas vezes somos "escravos" de conformidade, de seguir regras, normas e padrões estabelecidos, frequentemente sem questionar por quê, tudo também tem muito a ver com nossa cultura.

Ser "escravo da congruência" no sentido metafórico sugere que muitas pessoas se sentem obrigadas a aderir a normas, valores ou expectativas impostas pela sociedade, pela cultura ou pelos outros, mesmo que essas normas não reflitam necessariamente seus valores ou desejos pessoais. Isso pode levar à conformidade cega e à supressão da individualidade e da criatividade. As pessoas podem se sentir pressionadas a se adequar a um padrão estabelecido, mesmo que isso signifique negar suas próprias identidades ou crenças.

Então, nesse contexto, questionar a ideia de ser "escravo da congruência" pode ser um convite à reflexão sobre a autenticidade, a liberdade de expressão e a busca de um caminho pessoal que esteja alinhado com os valores, paixões e aspirações individuais, em oposição a seguir cegamente o que é esperado ou tradicionalmente aceito. Ser "escravo da congruência" em um contexto filosófico e metafórico pode ser uma maneira de explorar as pressões sociais e culturais para a conformidade e questionar até que ponto estamos dispostos a seguir normas e convenções, em vez de buscar a autenticidade e a verdade pessoal.

Para muitas pessoas, buscar a autenticidade e a liberdade de expressão em oposição a simplesmente seguir a conformidade é um desafio constante, cada vez mais, a sociedade reconhece a importância de permitir a diversidade de pensamento, identidade e expressão, e promove o respeito pela individualidade das pessoas. A conscientização sobre o impacto negativo da conformidade cega está crescendo, e as discussões sobre a importância da autenticidade e do respeito pela diversidade estão se tornando mais proeminentes. 

No complexo mosaico da sociedade contemporânea, muitos de nós nos encontramos em uma busca incessante por identidade e significado, frequentemente confrontados com a tensão entre nossa autenticidade pessoal e a pressão da congruência social. Por se tratar de um tema extremamente importante e presente em nossas vidas desde nossa formação pensei neste ensaio que irá trabalhar a metáfora de ser "escravo da congruência" como uma lente para analisar a maneira como as normas sociais moldam nossas vidas diárias, para ser prático pensei sobre muitos exemplos do cotidiano que ilustram como a busca por aceitação muitas vezes nos leva a abrir mão da singularidade em favor da conformidade.

Nossa busca pelo "eu autêntico" é um tema recorrente em nosso cotidiano. Enquanto ansiamos pela autenticidade, muitos de nós sucumbem à pressão da congruência social. Nas redes sociais, por exemplo, somos frequentemente instados a moldar nossa vida on-line para se ajustar a padrões aceitáveis, mesmo que isso signifique omitir as imperfeições da realidade. Postar a foto "perfeita" em uma viagem, omitir momentos de tristeza ou incerteza e aderir a tendências estéticas são exemplos claros de como a conformidade social muitas vezes nos força a esconder nosso verdadeiro eu. Sabemos que fomos educados a não mostrar a tristeza e muito menos deixar sair de “dentro de casa” aqueles temas mais íntimos e nevrálgicos os quais sentimos vergonha, por isto, ficamos mais a vontade para mostrar somente nosso melhor perfil. Temos receio de demonstrar nosso lado mais sofrido com medo de parecermos fracos.

As normas de gênero são um domínio onde a conformidade social é particularmente evidente. A sociedade muitas vezes espera que homens e mulheres se encaixem em papéis tradicionais de gênero, pressionando indivíduos a se conformarem, independentemente de sua identidade de gênero ou preferências pessoais. Um exemplo disso é quando as expectativas de que homens devem ser "fortes" e mulheres "delicadas" criam barreiras para a expressão autêntica do eu.

A conformidade social também se estende ao ambiente de trabalho e à política. Profissionais muitas vezes sentem a necessidade de se encaixar na cultura organizacional, mesmo que isso signifique suprimir suas próprias opiniões ou valores. Da mesma forma, a pressão para aderir a uma ideologia política específica pode forçar as pessoas a apoiar crenças que não refletem totalmente suas convicções, isto é mais comum do que imaginamos, quantas vezes ficamos divididos e somos obrigados fazer “algo” a contragosto.

A busca por autenticidade está longe de ser uma luta perdida. À medida que a sociedade evolui, cresce a conscientização sobre a importância de respeitar a individualidade das pessoas. Muitos indivíduos e comunidades estão se voltando para a promoção da diversidade de pensamento, identidade e expressão. A autenticidade é celebrada, e a conformidade cega é cada vez mais vista como contraproducente para o crescimento pessoal e a evolução da sociedade. A promoção da diversidade é importante para criar sociedades mais justas, inclusivas e enriquecedoras. Ela desafia preconceitos, estereótipos e discriminação, e contribui para um ambiente mais igualitário, onde todas as pessoas têm a oportunidade de participar plenamente na sociedade, independentemente de suas diferenças.

A metáfora de ser "escravo da congruência" é um reflexo das pressões que muitas vezes enfrentamos para nos ajustar às expectativas sociais. Embora essa conformidade seja uma parte inevitável da vida moderna, também é essencial reconhecer o valor da autenticidade e da liberdade de expressão. À medida que exploramos o labirinto da congruência social, devemos lembrar que a verdadeira liberdade reside em abraçar nossa singularidade, desafiando normas prejudiciais e permitindo que a diversidade floresça. A jornada em direção à autenticidade é uma busca em constante evolução, mas é uma busca que vale a pena em nossa busca por significado e propósito na vida contemporânea.

Jean-Jacques Rousseau

Agora vamos contar com ajuda e as lentes de Jean-Jacques Rousseau! Com base nas filosofias de Jean-Jacques Rousseau, um filósofo notável que discutiu temas relacionados à conformidade social e à busca pela autenticidade. Rousseau é mais conhecido por sua obra "O Contrato Social", que examina a relação entre o indivíduo e a sociedade.

Jean-Jacques Rousseau, um dos principais pensadores da Iluminação, explorou de maneira profunda as tensões entre a conformidade social e a busca pela autenticidade em sua obra "O Contrato Social". Rousseau argumentou que a sociedade, com suas normas e convenções, muitas vezes força os indivíduos a se conformarem a padrões que podem ser prejudiciais à sua verdadeira natureza. Ele acreditava que a conformidade social podia ser uma armadilha que limita a liberdade e a autenticidade individuais. Ele via a sociedade como um "contrato social" no qual as pessoas abdicam de certas liberdades individuais em troca da proteção e da ordem social. Rousseau argumentou que essa conformidade social frequentemente levava ao "homem de aparência" em vez do "homem natural".

Na vida cotidiana, essa pressão para se conformar pode ser observada nas expectativas de comportamento em contextos como o local de trabalho, onde as pessoas podem se sentir compelidas a seguir normas da empresa, mesmo que isso não esteja alinhado com seus valores pessoais. A conformidade também se manifesta nas redes sociais, onde as pessoas muitas vezes se sentem obrigadas a projetar uma imagem idealizada de suas vidas, escondendo suas vulnerabilidades e imperfeições. Embora as redes sociais ofereçam inúmeras oportunidades de conexão e expressão, é importante reconhecer os desafios da conformidade social que podem surgir. É fundamental que as pessoas se sintam livres para serem autênticas e compartilharem sua verdadeira essência, em vez de se sentirem compelidas a se conformar com normas e expectativas impostas pelas plataformas ou pela cultura online. A conscientização sobre a pressão da conformidade nas redes sociais pode ajudar a criar um ambiente mais saudável e inclusivo on-line.

Rousseau argumentou que a busca pela autenticidade é uma luta contínua contra a conformidade social. Ele incentivou as pessoas a reconectar-se com sua "vontade geral" e a descobrir sua verdadeira natureza, que muitas vezes é obscurecida pelas expectativas sociais. Isso pode ser aplicado em situações cotidianas, onde a busca pela autenticidade envolve a expressão genuína de sentimentos, crenças e identidade, em vez de se adequar às normas sociais. Em nosso cotidiano, a busca pela autenticidade pode ser observada quando as pessoas se esforçam para ser fiéis a si mesmas, mesmo quando isso significa desafiar as expectativas da sociedade. Isso pode se manifestar em ações como falar abertamente sobre suas crenças e valores, defender causas importantes e se recusar a se conformar com estereótipos de gênero ou papéis tradicionais.

A filosofia de Jean-Jacques Rousseau fornece uma lente valiosa para examinar o conflito entre a conformidade social e a busca pela autenticidade em nossas vidas cotidianas. A pressão para se conformar é uma realidade que enfrentamos em diversas áreas, mas, como Rousseau argumentou, a busca pela autenticidade é essencial para preservar nossa individualidade e nossa liberdade. No mundo moderno, onde as redes sociais e as expectativas sociais desempenham papéis significativos em nossas vidas, as ideias de Rousseau continuam a ser relevantes. A busca pela autenticidade, ao desafiar a conformidade, é uma jornada em busca de uma vida mais significativa e em sintonia com nossa verdadeira natureza, como indivíduos únicos.

Friedrich Nietzsche e a Rebeldia Nietzscheana

Friedrich Nietzsche, aquele filósofo das ideias fortes e controvertidas, poderia ter algumas palavras a dizer sobre esse dilema. Nietzsche desafiou muitos dos valores e normas de sua própria época, criticando a moralidade herdada e a conformidade com o "rebanho". Para ele, a busca pela autenticidade envolvia a "vontade de poder" de se tornar o que se é, em vez de se submeter a normas preestabelecidas. Em nossa vida cotidiana, essa rebeldia Nietzscheana pode ser observada quando questionamos o status quo, desafiamos o pensamento convencional e buscamos a expressão genuína de nossas próprias ideias.

A sociedade moderna muitas vezes nos empurra em direção à conformidade, seja no local de trabalho, nas redes sociais ou em grupos sociais. A pressão para seguir a corrente, adotar padrões de consumo, ou conformar-se a normas de beleza pode nos fazer sentir como se estivéssemos negando nossa individualidade. Nietzsche nos encorajaria a reivindicar nossa autonomia e a questionar por que devemos seguir essas normas sociais, em vez de nos expressarmos de maneira autêntica.

Em nossas ações diárias, a busca pela autenticidade pode ser vista quando não nos escondemos atrás de máscaras sociais, mas nos expressamos abertamente e com coragem. Seja ao escolher uma carreira que reflete nossos interesses verdadeiros, ao defender nossas crenças ou ao simplesmente se recusar a se encaixar em estereótipos preestabelecidos de gênero, estamos exercendo nossa "vontade de poder" para ser quem realmente somos.

Em um mundo que muitas vezes nos pressiona para ser "escravos da congruência", a filosofia de Nietzsche nos lembra da importância de desafiar as normas, abraçar nossa singularidade e encontrar a autenticidade no nosso "eu" genuíno. A rebeldia Nietzscheana nos convida a não ceder à pressão da conformidade social, mas a buscar nossa própria voz, nossa própria verdade, e nosso próprio caminho em uma era de congruência.

Procurei analisar a pressão da congruência social em nossas vidas cotidianas, considerando as perspectivas de dois filósofos notáveis: Jean-Jacques Rousseau e Friedrich Nietzsche. Ambos filósofos nos oferecem insights valiosos sobre como a sociedade molda nossas escolhas e como podemos buscar a autenticidade em meio a essa conformidade, eles nos disseram muito sobre este tema, e ainda tem muito a nos dizer, para isto precisamos abrir os livros e olhar para eles que estão presentes em cada parágrafo e cada página, a interpretação de cada um pode dar uma nova perspectiva e quem sabe uma nova abordagem. Rousseau nos legou suas obras que entendo sejam as mais importantes como “Do Contrato Social”, “Emílio ou Da Educação”, “Discurso sobre a Origem e os Fundamentos da Desigualdade Entre os Homens” e Nietzsche,  “Assim Falou Zaratustra”, “Genealogia da Moral”, “Além do Bem e do Mal”.

Rousseau, em sua abordagem, nos alerta sobre a necessidade de reavaliar nossa relação com a sociedade e nos encoraja a nos reconectar com nossa "vontade geral". Ele nos lembra que a pressão da conformidade social muitas vezes obscurece nossa verdadeira natureza, nos transformando em "homens de aparência", em vez de seres autênticos.

Por outro lado, Nietzsche nos convida a abraçar a rebelião contra a conformidade. Ele nos encoraja a exercer nossa "vontade de poder" individual, a questionar normas e a desafiar o pensamento convencional. Para Nietzsche, a autenticidade está na coragem de sermos nós mesmos, independentemente das pressões sociais.

O diálogo entre Rousseau e Nietzsche revela que, em meio à pressão da congruência social, podemos encontrar um terreno comum: a busca pela autenticidade. A pressão social existe, mas nossa liberdade de escolher quem queremos ser é um direito inalienável. Não somos obrigados a ser "escravos da congruência". Em vez disso, podemos seguir o caminho de Rousseau, reconectando-nos com nossa verdadeira natureza, e o caminho de Nietzsche, exercendo nossa vontade de poder para sermos nós mesmos. Mais uma vez, é preciso ler para saber ler o mundo, ler e interpretar para não sermos alienados e “clientes” da boca alheia.

Ao enfrentar as normas sociais em nossa vida cotidiana, lembremos de Rousseau e Nietzsche, e sigamos em direção à autenticidade, ao abraçar nossa singularidade e ao questionar o status quo. É nesse espaço de autenticidade que podemos encontrar significado e propósito em um mundo muitas vezes marcado pela conformidade. Temos muito a aprender como os filósofos, algumas de suas conjecturas podem muito nos auxiliar a interpretar este mundo complexo e a nos entendermos com ele, a cultura exerce uma influência significativa na congruência social, definindo as normas e os valores que as pessoas são incentivadas ou esperadas a seguir. Vamos lembrar que a cultura não é estática, e as normas e valores culturais podem mudar ao longo do tempo. A busca pela autenticidade pode envolver a reflexão sobre como a cultura influencia nossas ações e escolhas e, em alguns casos, desafiar as normas culturais que não estão alinhadas com nossos valores pessoais.