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segunda-feira, 20 de maio de 2024

Dança das Serpentes


 Ouroboros

As serpentes, seres enigmáticos e cheios de simbolismo, sobem e descem pelos caminhos da vida e da morte, tecendo uma narrativa de penetração, destruição, transformação e renascimento. Em nosso cotidiano, elas se manifestam em pequenas situações, nos desafiando a ver além do óbvio e a abraçar as profundas transformações que a vida nos oferece.

O Café da Manhã e a Serpente da Rotina

Imagine-se numa manhã comum, preparando seu café. A rotina pode parecer um ciclo sem fim, como a serpente que morde o próprio rabo, o Ouroboros. Este símbolo antigo representa a natureza cíclica do universo, onde o fim é um novo começo. Friedrich Nietzsche, em sua obra "Assim Falou Zaratustra", fala do eterno retorno, onde cada momento se repete infinitamente. Assim, o simples ato de preparar o café é um ritual diário de renascimento. Cada xícara é uma nova chance de começar de novo, de transformar a rotina em algo sagrado.

No Trânsito, a Serpente do Caos e da Ordem

Ao dirigir para o trabalho, você se depara com o trânsito caótico. As filas de carros serpenteando pelas ruas parecem sem fim. Mas lembre-se, da destruição nasce a ordem. O filósofo Heráclito dizia que "tudo flui, nada permanece". O trânsito pode ser visto como uma dança caótica que eventualmente se transforma em movimento organizado, levando cada um ao seu destino. É a serpente nos mostrando que do caos pode emergir a harmonia, se soubermos navegar por ele com paciência e sabedoria.

A Serpente da Transformação no Trabalho

No trabalho, enfrentamos desafios que muitas vezes nos forçam a mudar e a nos adaptar. Tal como a serpente que troca de pele, precisamos deixar para trás velhos hábitos e crenças para crescermos. Carl Jung, em seus estudos sobre a psicologia profunda, falava sobre a importância de confrontar nossa "sombra" para alcançar a individuação, o processo de se tornar quem realmente somos. Cada projeto difícil, cada conflito com um colega, é uma oportunidade de transformação e crescimento pessoal.

A Vida Familiar e a Serpente da Penetração

Em casa, a convivência com a família pode ser vista como a serpente que penetra nossas defesas mais íntimas. Ela nos desafia a sermos vulneráveis, a amarmos e sermos amados. Em seu livro "Amor Líquido", Zygmunt Bauman fala sobre a fragilidade dos laços humanos na modernidade. No entanto, a presença constante da família nos lembra da importância de cultivar relações profundas e significativas, que podem nos transformar e nos fortalecer.

O Ciclo da Vida e da Morte

Por fim, a presença mais misteriosa da serpente é no ciclo da vida e da morte. Ela nos lembra que a morte não é o fim, mas uma transformação necessária. Nas palavras de Joseph Campbell, "a caverna que você tem medo de entrar guarda o tesouro que você procura". A morte, seja ela literal ou simbólica, é uma passagem para um novo estado de ser. Cada despedida, cada perda, é uma preparação para um novo começo, um renascimento.

Neste período de enchentes, quando muitos de nós somos forçados a abandonar nossas casas e enfrentamos a perspectiva incerta de um retorno, a serpente nos oferece uma lição profunda. Ela nos lembra que a destruição pode ser o prelúdio de uma renovação poderosa. Assim como a serpente troca de pele, deixando para trás o que é velho e desgastado para renascer renovada, nós também podemos ver essa fase difícil como uma oportunidade para reavaliar e transformar nossas vidas. As águas que inundam nossas casas, embora devastadoras, trazem consigo a possibilidade de limpar e purificar, de remover o que já não nos serve e nos permitir reconstruir de uma forma mais forte e resiliente. Em meio ao caos e à perda, a serpente sussurra sobre a necessidade de adaptabilidade e coragem, nos encorajando a abraçar a mudança e a acreditar que, após a tempestade, um novo começo nos espera. Ela nos ensina que, mesmo nas situações mais sombrias, há sempre potencial para o renascimento e a renovação, nos inspirando a encarar o futuro com esperança e determinação.

As serpentes, com sua simbologia rica e profunda, nos convidam a ver a vida com novos olhos. Elas nos mostram que cada momento, por mais mundano que pareça, é uma oportunidade de transformação. Seja na rotina diária, no caos do trânsito, nos desafios do trabalho ou nas complexidades das relações familiares, as serpentes nos guiam pelo caminho da vida e da morte, penetração, destruição, transformação e renascimento. Abraçar essa dança é aceitar o fluxo constante da vida e se permitir renascer a cada instante.

domingo, 4 de fevereiro de 2024

Tentação da Serpente


Vamos começar a semana como leveza. No corre-corre da vida, às vezes nos encontramos diante daquilo que podemos chamar de "tentação da serpente", ainda mais agora, verão, férias, praia, calor, sorvete, açaí, drinks.... Ah, sim, aquela velha história do jardim do Éden, onde a serpente astuta persuade Eva a dar uma mordida naquela maçã proibida. Mas, espere aí, e na nossa vida cotidiana? Será que também enfrentamos nossas próprias tentações da serpente? Olha, se pararmos para pensar, a psicologia dá umas dicas bem interessantes sobre isso. Vamos lá: imagina aquela dieta que você está tentando seguir, aí vem a hora do lanche e está lá, piscando na sua frente, um delicioso pedaço de bolo de chocolate. Aí você pensa: "só um pedacinho não vai fazer mal, né?". Bingo! É a tentação da serpente dando as caras. Mas não é só com comida não, viu? Olha só quando você está tentando economizar dinheiro e aí aparece aquela promoção imperdível de algo que você nem precisa. A serpente está lá de novo, sibilando no seu ouvido: "compra, compra, você merece". Dá para ver como a tentação da serpente se infiltra nas nossas escolhas, mexendo com nossos desejos e impulsos. Até mesmo o Freud, o papai da psicanálise, tinha lá suas ideias sobre isso. Ele falava do id, essa parte da mente que busca a satisfação imediata dos desejos, meio como a serpente que só quer ver a Eva dar uma mordida na maçã. Mas calma lá, nem tudo está perdido! A psicologia também nos dá ferramentas para resistir às tentações da serpente. Tipo a técnica do "pensar duas vezes", sabe? Antes de cair na tentação, parar e refletir sobre as consequências. Ou então, o famoso "distrair a mente", se ocupar com outra coisa para não ficar só pensando naquilo que nos tenta. Enfim, a tentação da serpente está aí, no nosso cotidiano, mas com um pouco de autoconhecimento e um empurrãozinho da psicologia, podemos resistir e fazer escolhas mais conscientes. Então, na próxima vez que a serpente aparecer com a sua maçã tentadora, já sabe, né? Olha lá e diz: "não, obrigado, eu passo", e claro, exceção só agora nas férias, depois tenho o resto do ano para comer pão de centeio com peito de frango. Ah tá, cai nessa...rsrsrsrsrs