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segunda-feira, 8 de abril de 2024

Reino das Sombras



Lembro de ter lido no livro sobre Mitologia: O Primeiro Encontro de Bruno Nardini a frase "reino das sombras, Aqueronte, cerca o reino dos mortos, é a fronteira do ser e não ser" li e nunca mais esqueci, a frase evoca imagens do submundo, da transição entre a vida e a morte, e da dualidade entre existência e inexistência. Em minhas reflexões vejo que esses conceitos podem ser correlacionados com aspectos do cotidiano e explorados à luz da filosofia existencialista, junto ao nosso velho amigo Sartre.

O filósofo Jean-Paul Sartre é conhecido por suas ideias sobre a existência e a ausência de significado intrínseco na vida. Em sua obra "O Existencialismo é um Humanismo", Sartre argumenta que os seres humanos são "condenados à liberdade", o que significa que somos responsáveis por nossas próprias escolhas e pela criação de significado em um mundo aparentemente sem sentido.

A ideia do "reino das sombras" pode ser interpretada como uma metáfora para a obscuridade da existência humana, onde nos movemos entre momentos de claridade e escuridão, buscando constantemente compreender nossa própria essência e propósito. O Aqueronte, como a fronteira entre os vivos e os mortos, representa os limiares da nossa própria mortalidade e das transformações que enfrentamos ao longo da vida.

Na vida cotidiana, podemos experimentar essa sensação de fronteira entre ser e não ser em momentos de crise, mudança ou incerteza. Por exemplo, ao enfrentar uma grande decisão na carreira ou nos relacionamentos, podemos nos encontrar na encruzilhada entre o que somos e o que poderíamos ser, entre a segurança da existência conhecida e a incerteza do desconhecido.

A filosofia existencialista nos desafia a abraçar essa ambiguidade e a reconhecer que é precisamente na confrontação com o desconhecido e na liberdade de escolha que encontramos oportunidades para criar significado em nossas vidas.

Assim, a correlação com o cotidiano se dá na medida em que reconhecemos que estamos constantemente atravessando fronteiras, enfrentando nossos próprios "Aquerontes", e que é nossa responsabilidade dar significado a essas experiências e criar nossa própria realidade, assim como sugerido por Sartre e outros pensadores existencialistas. 

quarta-feira, 7 de fevereiro de 2024

Jogo das Sombras


Ah, o velho jogo das sombras dentro das sombras! Essa é uma teoria intrigante que muitos adoram especular. A ideia de que por trás das cortinas do poder, há agendas secretas e projetos ocultos que nunca vêm à luz pública é certamente cativante. E é verdade que, em muitos casos, governos podem ter planos e estratégias que não são divulgados ao público em geral. No entanto, determinar a existência de um "verdadeiro projeto nas sombras" é um desafio. É claro que, em qualquer governo, há decisões e discussões que ocorrem longe dos olhos do público. Alguns podem argumentar que essas ações são necessárias para garantir a segurança nacional, proteger interesses estratégicos ou mesmo para manter a estabilidade política, mas sabemos que tem a cortina de fumaça, acredite se quiser, primeiro desconfie.

A especulação sobre um "verdadeiro projeto nas sombras" muitas vezes se baseia em suspeitas e teorias da conspiração, e pode ser difícil separar a realidade dos rumores e da paranoia. É importante manter uma mente crítica e questionadora, mas também cautela ao aceitar alegações sem evidências concretas. No final das contas, o verdadeiro desafio é manter os governos responsáveis ​​e transparentes em suas ações, garantindo que o público tenha acesso à informação necessária para tomar decisões informadas sobre suas lideranças e políticas. Enquanto isso, as sombras continuarão a alimentar nossa imaginação e especulação.

No mundo político, é comum que quando um novo governo assume o poder, certos aspectos de políticas e agendas anteriores sejam revisados, modificados ou até mesmo abandonados. Isso pode incluir iniciativas ou projetos que não foram totalmente transparentes ou divulgados durante o mandato anterior. É importante ressaltar que nem sempre a mudança de governo resulta na revelação de projetos obscuros. Muitas vezes, as políticas e agendas podem permanecer consistentes entre diferentes administrações, especialmente se forem consideradas eficazes ou se tiverem amplo apoio político.

Em alguns casos, quando um novo governo assume o poder, podem surgir investigações, auditorias ou revisões de políticas anteriores que podem revelar informações anteriormente não divulgadas ao público. Isso pode incluir questões relacionadas a contratos governamentais, gastos públicos, programas de vigilância, entre outros aspectos que podem ter sido mantidos em segredo, e é claro a divulgação é do maior interesse daqueles rivais que assumiram o governo, caso contrário tudo ficará sob o velho tapete das falcatruas.

A transição de poder entre governos é um momento crucial para a transparência e a prestação de contas. É quando o novo governo tem a oportunidade de revisar as ações e políticas do governo anterior e implementar mudanças que reflitam suas próprias prioridades e compromissos com a transparência e a responsabilidade, até aqui tudo bem, pois é o que esperamos que aconteça.

Uma das táticas mais utilizadas na manutenção do poder político é a colocação estratégica de peças e pessoas em posições-chave. É como montar um quebra-cabeça gigante, onde cada peça representa alguém com influência ou autoridade em áreas cruciais da governança. E não se engane, essas peças são cuidadosamente selecionadas não apenas por suas habilidades, mas também por suas lealdades e alianças políticas.

A afinidade de ideologia é um fator importante nessa equação. Afinal, é muito mais fácil empurrar uma agenda quando você tem pessoas que compartilham sua visão estratégica ocupando cargos importantes. E, é claro, a troca de favores também desempenha um papel significativo. Você coça as costas de alguém hoje, e amanhã essa pessoa está lá para apoiar suas iniciativas mais ousadas. Mas o mais interessante é como essas peças se movem ao longo do tempo. Às vezes, uma pessoa pode começar como um simples peão e, com o passar dos anos e algumas negociações nos corredores do poder, transformar-se em uma torre ou até mesmo em uma rainha, exercendo uma influência desproporcional sobre os rumos do país.

É um jogo arriscado, cheio de intrigas e reviravoltas, onde as apostas são altas e as consequências podem afetar milhões de pessoas. Mas, no final das contas, é o povo que observa tudo isso de longe, tentando decifrar os movimentos e entender quem está realmente no controle do tabuleiro. E assim, enquanto as peças continuam sendo movidas nos bastidores do poder, nós aqui fora só podemos esperar e ver o que o próximo lance trará. Afinal, o jogo está longe de terminar, e as surpresas podem estar escondidas em cada movimento estratégico.

É importante observar que a revelação de projetos obscuros ou políticas secretas pode não ser automática ou garantida durante a transição de poder. Muitas vezes, é necessário um escrutínio cuidadoso, investigações independentes e pressão pública para descobrir e compreender totalmente as ações dos governos anteriores, as vezes o governo que chegou fica mais focado nas falcatruas anteriores que esquece a própria pauta que deveria cumprir das promessas de campanha. Quer saber, muitos governos carregam muita magoa e ficam anos tentando chegar ao poder e quando chegam não conseguem governar direito, pois ainda não se desvencilharam dos hábitos incutidos ao longo dos anos alimentado pelo pensamento de guerrilha.

Considerando as reflexões sobre os bastidores do poder, as questões éticas associadas e as dinâmicas políticas, é importante trazer à baila um mestre na arte da política, nosso velho conhecido, Michel Foucault, ele se destaca como uma escolha especialmente relevante. Foucault dedicou grande parte de sua obra ao estudo das relações de poder, analisando como o poder é exercido, mantido e contestado nas sociedades modernas. Sua abordagem arqueológica e genealógica revela as complexas redes de poder que permeiam as instituições, práticas e discursos sociais. O motivo dessa escolha reside no fato de que Foucault oferece uma perspectiva única e profunda sobre as dinâmicas do poder, destacando como o poder não é apenas coercitivo, mas também produtivo e disseminado por toda a sociedade. Ele investiga as formas sutis e muitas vezes invisíveis pelas quais o poder opera, influenciando nossas percepções, identidades e comportamentos.

Além disso, Foucault aborda questões éticas importantes relacionadas ao poder, questionando as noções tradicionais de moralidade e destacando as relações de poder presentes em nossas práticas discursivas e institucionais. Suas reflexões desafiam as concepções convencionais de autoridade, legitimidade e resistência, incentivando uma análise crítica das estruturas de poder existentes. Portanto, considerando a profundidade e a relevância das ideias de Foucault para as reflexões sobre o poder político, a ética e as relações sociais, ele se destaca como um filósofo cujo trabalho pode enriquecer e informar nossas análises sobre os bastidores do poder.

Sob as lentes de Foucault, considerando as reflexões até agora apresentadas sobre as dinâmicas políticas, a influência do poder e a manipulação nos bastidores do governo, Michel Foucault certamente teria insights interessantes a oferecer. Foucault analisaria o artigo à luz de sua teoria sobre o poder e as relações de dominação. Ele destacaria como as estruturas de poder operam não apenas de forma coercitiva, mas também por meio de práticas disciplinares e discursivas, moldando as percepções e comportamentos das pessoas.

Foucault argumentaria que o governo, ao colocar peças e pessoas em posições-chave para garantir apoio e influência, está exercendo uma forma de poder que permeia diversas instituições e práticas sociais. Ele ressaltaria como essas estratégias refletem as relações de poder assimétricas que caracterizam as sociedades modernas, onde alguns indivíduos ou grupos detêm mais poder e influência do que outros. Além disso, Foucault provavelmente investigaria as questões éticas envolvidas na colocação estratégica de pessoas em posições de poder. Ele questionaria as noções tradicionais de legitimidade e autoridade, destacando como o exercício do poder muitas vezes envolve práticas que podem ser consideradas coercitivas ou manipuladoras.

Por fim, Foucault enfatizaria a importância da resistência e da contestação frente às formas de poder opressivas e injustas. Ele incentivaria uma análise crítica das estruturas de poder existentes e a busca por formas alternativas de organização social que promovam a justiça, a igualdade e a liberdade. Em suma, Michel Foucault ofereceria uma perspectiva crítica e provocativa sobre as questões abordadas no artigo, desafiando-nos a questionar as relações de poder e a ética política subjacente às práticas governamentais.

Não podendo ficar de fora dado a sua importância, quando se trata de identificar a manipulação na mídia, é essencial adotar uma postura crítica e questionadora. Fique atento aos padrões de cobertura, à seleção de fontes e à narrativa apresentada. Se uma história parece muito tendenciosa, se informações importantes estão sendo omitidas ou distorcidas, ou se há um claro viés em favor de certos interesses, é provável que você esteja sendo manipulado. Confie em fontes diversas, verifique os fatos e mantenha-se informado de maneira independente, para não cair nas armadilhas da manipulação midiática.

Quando se trata de pesquisas de tendência de voto, é crucial encará-las com um olhar crítico e cauteloso. Muitas vezes, essas pesquisas podem ser influenciadas por diversos fatores, como a formulação das perguntas, a amostragem dos entrevistados e até mesmo o momento político em que são realizadas. Às vezes, as pesquisas podem refletir mais as intenções de quem as encomendou do que a realidade do eleitorado. Portanto, é fundamental questionar a metodologia por trás das pesquisas, considerar várias fontes e, acima de tudo, manter-se informado sobre as diferentes perspectivas políticas para formar uma opinião fundamentada e independente.

Então, dito tudo isto, como fechamento das reflexões sobre as intrincadas teias do poder político e as nuances éticas que permeiam os bastidores do governo, gostaria de deixar uma mensagem informal para o público em geral: Amigos, o mundo da política é como um grande espetáculo de sombras, onde as manobras dos bastidores muitas vezes são mais intrigantes do que o próprio palco principal. Nesse jogo complexo, é importante mantermos os olhos abertos e a mente questionadora.

Lembrem-se de que por trás das cortinas do poder, há interesses variados e agendas ocultas que nem sempre são reveladas ao público. É crucial exercer nosso direito de questionar, investigar e demandar transparência por parte dos nossos representantes e instituições. No entanto, não nos percamos nas sombras da desconfiança e do cinismo. Apesar das falhas e dos jogos de interesse, a política também é o espaço onde ideias são debatidas, decisões são tomadas e mudanças são possíveis.

Portanto, não se contentem em serem meros espectadores. Participem ativamente do processo político, eduquem-se sobre as questões que afetam suas vidas e se engajem na construção de uma sociedade mais justa e inclusiva. Lembrem-se de que, mesmo nas sombras mais escuras, há sempre a possibilidade de luz e transformação. Sejamos agentes de mudança, desafiando as estruturas de poder estabelecidas e lutando por um futuro onde a democracia, a justiça e a dignidade humana sejam verdadeiramente valorizadas. Juntos, podemos lançar luz sobre as sombras e construir um mundo mais transparente, ético e igualitário para todos. Sigamos adiante com coragem, determinação e esperança. É ano de eleições, o futuro está em nossas mãos, está no poder do voto de cada um e no poder dos movimentos de protesto ou apoio conforme os fatos.

sábado, 8 de outubro de 2011

A VISÃO CRITICA DA TELEVISÃO EM RELAÇÃO AO MUNDO DAS SOMBRAS

No domingo passado, a tarde resolvi sentar a frente da televisão, tentei entrar na caverna de Platão, confesso que desisti, me deparei na TV aberta, na Globo com Faustão, na Record com Gugu, na Band com futebol, pulei de canal em canal, e, desisti de tentar encontrar algo interessante, o que encontrei foi um amontoado de “abobrinhas”, me perdoem as abobrinhas. 
Durante a semana seguinte, e, dentro do possível, procurei observar um pouquinho do que se passa na programação, procurei os telejornais, dependendo do horário, por favor, desliguem o televisor, alguns não dão para querer, são contaminados por sensacionalismo grosseiro, com seus ancoras aos berros tentando convencer o publico surdo.  
Assistir programas como Cidade Alerta, Brasil Urgente, é uma fórmula que esta fazendo sucesso dentre as camadas mais pobres e distantes do dito letramento, o que transmitem é sensacionalismo barato. 
Do que adianta transmitir cenas do bandido fugindo trocando tiros com a policia, se não passa disto?, se pelo menos, saíssem da reclamação e partissem para uma discussão aprofundada.
A qualidade de alguns jornais, são fantásticos, nada devendo as televisões do exterior, porem quando a audiência determina a qualidade, e, não é a qualidade que determina a audiência, é, porque invertemos os valores, é evidencia de que a emissora esta apenas querendo transmitir o que o publico quer assistir. 
Pergunto, não esta na hora de refletir acerca deste querer?, fico pensando também, se as opções de escolha oferecidos pela emissoras, não é demasiadamente reduzido, e, assim, o publico tendo poucas opções para escolhas, e, dentre as poucas opções, a baixa qualidade da programação, não induz a população aos enlatados?
Falar em qualidade, é falar de técnica e ideologia, um programa pode fazer sucesso, tendo apenas uma das características? Qualidade pode ser apenas qualidade técnica, ou apenas qualidade ideológica?, acredito que se ambas estiverem presentes, apresentadas de forma inteligente e reflexiva, é bem possível que se chegue a programação de qualidade. 
Enfim, a discussão é longa, e não é minha pretensão discutir até o esgotamento, somente o suficiente, para pensar uma pouquinho mais.
Como todo curioso, dei uma olhada para trás, ou seja, fui na história, buscar alguma explicação do que acontece hoje na televisão brasileira.
Em 1950, mais precisamente em 18 de setembro de 1950, pela TV Tupi, em São Paulo, através do empreendedorismo de Assis Chateaubriand, a TV chega ao Brasil. De acordo com Daniel Filho (2001) o espetáculo inaugural chamou-se Show na Taba, e contou com música, humorismo, dança, quadro de dramaturgia e foi apresentado por Homero Silva. 
Este programa foi realizado com duas câmeras e transmitido com a maior dificuldade. Em meio a este “grandioso feito” uma pergunta pairava no ar: “onde isso vai dar?” Ao final do show, Cassiano Gabus Mendes, diretor do espetáculo voltou a respirar, devido ao seu grande nervosismo. 
Contam que aí perguntaram a ele: Mas o que a gente faz amanhã? Este pequeno detalhe esquecido por Cassiano Gabus Mendes é hoje uma das mais estratégicas ferramentas das emissoras de televisão: a grade de programação
Para preenchê-la é preciso que se tenha muita criatividade e bons produtos – pensando-se numa programação nacional – e, ainda, complementá-la com filmes, jornalismo e “enlatados”.
A televisão é um poderosíssimo meio de comunicação, que esta tomada por poderes econômicos ideológicos, os canais tomados de seitas religiosas evangélicas, a concessão publica de um estado dito “laico” se vende ao poder econômico e com isto acentua-se a lavagem cerebral, dos supostos conhecedores do livro sagrado, isto tudo é uma ilusão, pois sabemos que a realidade é outra, basta dar atenção as noticias, a respeito dos ditos pastores enriquecendo assustadoramente, e, com inúmeras ações por estelionato, porem, para ouvir, é necessário não estar refratário, nem contaminado pelo pensamento do “não é comigo”, que esta incorporado no “DNA” do brasileiro.
A televisão ao trabalhar com imagens, sons e com uma aproximação muito grande do cotidiano da vida, consegue ser o mais eficiente meio de comunicação conhecido.  
A televisão foi, e, é capaz de se inserir profundamente na vida coletiva e individual, transformando-se em um objeto social básico da atual fase da modernidade, ou para alguns, pós-modernidade. 
De acordo com pesquisas recentes do IBGE, a TV aberta, também chamada de generalista, gratuita e de sinal aberto, está presente em 97% dos domicílios do pais, isto é fato, é realidade, não é ilusão.
A TV, é uma janela para a ilusão, digo isto, porque a televisão seria uma janela para o que pretensamente ocorreria no interior do pais e no exterior. 
Falo pretensamente, devido ao fato de que a televisão, com suas imagens, sons de representações, é como se fosse um filme entre os gêneros do documentário e da ficção do mundo que nos envolve, a ilusão se confunde com a realidade concreta, e, não há como separá-los, é muito difícil duvidar daquilo que se viu na imagem da televisão.
Por exemplo, os telejornais com suas informações produzem constantemente visões equivocadas sobre problemas distantes dos olhos do que os assiste, por exemplo: quem mora no RS imagina que se viajar ao RJ pode ser vitima imediata de uma bala perdida, ou, até ser imediatamente assaltado.
A coisa se complica ainda mais quando, situações complexas do mundo econômico e político são noticiadas. Os relatos são tão breves, preconceituosos e superficiais que o resultado informativo poderá ter efeito bem diverso do que realmente esta acontecendo, até porque o publico não tem como confrontar a veracidade do que foi exposto. 
A influência da TV é imensa, consegue entrar de modo direto na conversação cotidiana de seu publico, e desta maneira, repito a televisão se tornou um objeto social básico da atual modernidade. 
Falo em ilusão, também porque, o grande publico, faz parte de muitas culturas que existem alem do que é visto na TV, e, as transmissões massivas não diminuíram as diferenças regionais, as características culturais de cada região continuam a existir em cada local, com seu vocabulário, gostos musicais e culinários, festas populares, gestos.
A TV pode ser entendida, quase como um objeto de culto, esse meio técnico de comunicação é um instrumento poderosíssimo, como já falei, esta presente na casa de 97% do povo brasileiro, sendo o objeto mais importante na casa do brasileiro comum, é importante frisar, que é um meio que esta a serviço do poder econômico e político de nosso tempo.
Faço um paralelo entre a representação da televisão e a alegoria da Caverna de Platão, o paralelo é uma tentativa de buscar na metáfora da alegoria o sentido pedagógico implícito, para quem não conhece segue inicialmente a alegoria da caverna, e em seguida prosseguiremos:
O
ALEGORIA DA CAVERNA de Platão
Imaginemos uma caverna separada do mundo externo por um muro alto. Entre o muro e o chão da caverna há uma fresta por onde passa um fino feixe de luz exterior, deixando a caverna na obscuridade quase completa. Desde o nascimento, geração após geração, seres humanos encontram-se ali, de costas para a entrada, acorrentados sem poder mover a cabeça nem se locomover, forçados a olhar apenas a parede do fundo, vivendo sem nunca ter visto o mundo exterior nem a luz do sol, sem jamais ter efetivamente visto uns aos outros nem a si mesmos, mas apenas as sombras dos outros e de si mesmos por que estão no escuro e imobilizados. Abaixo do muro, do lado de dentro da caverna, há um fogo que ilumina vagamente o interior sombrio e faz com que as coisas que se passam do lado de fora sejam projetadas como sombras nas paredes do fundo da caverna. Do lado de fora, pessoas passam conversando e carregando nos ombros figuras ou imagens de homens, mulheres e animais cujas sombras também são projetadas na parede da caverna, como num teatro de fantoches. Os prisioneiros julgam que as sombras de coisas e pessoas, os sons de suas falas e as imagens que transportam nos ombros são as próprias coisas externas, e que os artefatos projetados são seres vivos que se movem e falam.
Um dos prisioneiros, inconformado com a condição em que se encontra, decide abandoná-la. Fabrica um instrumento com o qual quebra os grilhões. De inicio, move a cabeça, depois o corpo todo; a seguir, avança na direção do muro e o escala. Enfrentando os obstáculos de um caminho íngreme e difícil, sai da caverna. No primeiro instante, fica totalmente cego pela luminosidade do sol, com a qual seus olhos não estão acostumados. Enche-se de dor por causa dos movimentos que seu corpo realiza pela primeira vez e pelo ofuscamento de seus olhos sob a luz externa, muito mais forte do que o fraco brilho do fogo que havia no interior da caverna. Sente-se dividido entre a incredulidade e o deslumbramento.
Ao permanecer no exterior o prisioneiro, aos poucos se habitua a luz e começa a ver o mundo. Encanta-se, tem a felicidade de ver as próprias coisas, descobrindo que estivera prisioneiro a vida toda e que em sua prisão vira apenas sombras. Doravante, desejará ficar longe da caverna para sempre e lutará com todas as forças para jamais regressar a ela. No entanto não pode deixar de lastimar a sorte dos outros prisioneiros e, por fim, toma a difícil decisão de regressar ao subterrâneo sombrio para contar aos demais o que viu e convencê-los a se libertarem também.
Só que os demais prisioneiros zombam dele, não acreditando em suas palavras e, se não conseguem silenciá-lo com suas caçoadas, tentam fazê-lo espancando-o. Se mesmo assim ele teima em afirmar o que viu e os convida a sair da caverna, certamente acabam por matá-lo. Mas quem sabe alguns podem ouvi-lo e, contra a vontade dos demais, também decidir sair da caverna rumo a realidade?

Faço um pequeno esclarecimento acerca de uma das muitas interpretações pedagógicas da alegoria da caverna: 
O que é a caverna? O mundo de aparências em que vivemos.
Que são as sombras projetadas no fundo? As coisas que percebemos.
Que são os grilhões e as correntes? Nossos preconceitos e opiniões, nossa crença de que o que estamos percebendo é a realidade.
Quem é o prisioneiro que sai da caverna? O filosofo.
O que é a luz do sol? A luz da verdade.
O que é o mundo iluminado pelo sol da verdade? A realidade.
Qual o instrumento que liberta o prisioneiro rebelde e com o qual ele deseja libertar os outros prisioneiros? A filosofia.

Inicialmente tomamos conhecimento do sentido da alegoria da caverna, e, então agora substituímos a caverna pela televisão o que teremos?: 

Imagine pessoas que vivem muito tempo fixados na televisão com suas “informações”, novelas, programas de auditório, noticiários e etc. Imagine a televisão como uma Caverna. E para sair?, Para sair da caverna é preciso “abrir a mente”, pensar, refletir, questionar. Não podemos ver sem refletir, para romper com a hipnose da luz que contamina por sua radiação, será necessário, refletir acerca das imagens e mensagens, buscar significação daquilo que é transmitido, pois devido aos recursos visuais bem desenvolvidos, há sempre a tendência de tirar o telespectador do seu meio real e levá-lo para outra realidade.

Sabemos que mesmo a realidade fora da televisão também é cercada de sombras, no entanto a televisão geralmente, nos expõe a realidades estranhas a nossas realidades, fornecendo visões deturpadas de vida para a maioria, vendendo a ideologia do patrocinador, a televisão sendo meramente estética, sem conceitos ou cheia de significados, em qualquer um de seus desdobramentos, é a ferramenta mais bem sucedida do mundo das sombras, traduzindo regras de maneira geral para todos, implantando conceitos entre, bem e mal, belo e feio, de moderno e ultrapassado, e em nossa sociedade o que prima é o funcional e o inútil.

Se, na concepção original, a alegoria da caverna pode ser traduzida no dilema de muitos que não conhecem a verdade, a televisão pode, na mesma proporção, disseminar sombras eternas, ou, quem sabe, lançar luzes sobre as mesmas.

É preciso deixar claro que se trata “de um serviço público ou de utilidade pública por excelência, dado o seu papel na informação, na educação, no lazer e na formação cultural da sociedade.

A legislação brasileira garante vários privilégios aos “concessionários”., alerto sobre a importância de se utilizar sempre esse termo, haja vista que os canais de televisão não são propriedade privada de ninguém; apenas as empresas que as operam são propriedade privada. 

A população fica à mercê do poder dos “concessionários”, visto que, para reaver uma concessão, o Governo terá que apelar ao judiciário para reaver algo que, em tese, é do Governo. Desta forma, está-se permitindo que o emissor se beneficie de sua má conduta, inclusive para formar unilateralmente a opinião pública tanto contra a decisão do órgão público como para influenciar o Judiciário, sem mencionar o absurdo de conceder tal poder a uma pessoa, o juiz.


Olhem, longe de mim em falar em censura, apenas apelo para o senso critico de cada um, e com isto de vez em quando façam uso do controle remoto e deixem o silencio ocupar o espaço que é melhor que a maioria dos programas apresentados invadindo nossos lares.

O mito da Caverna em quadrinhos





Bom Final de Semana a TODOS.