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segunda-feira, 3 de outubro de 2022

Resumo, Resenha do livro “Azazel” de Youssef Ziedan


O autor é Youssef Ziedan, acadêmico egípcio, especialista em estudos árabes e islâmicos, professor universitário, conferencista, colunista, além de autor de mais de cinquenta livros. É também diretor do Centro e Museu de Manuscritos da Biblioteca Alexandrina.


Na introdução do livro recomendada pelo autor encontramos o que segue:

 

Este livro, o qual recomendei que fosse publicado apenas após minha morte, contém uma tradução fiel, tanto quanto foi possível, de um conjunto de pergaminhos descobertos há dez anos em sítios arqueológicos no noroeste da cidade síria de Aleppo. Tais ruínas se estendem ao longo de 3 quilômetros junto à velha estrada que ligava as duas cidades antigas de Aleppo e Antioquia, cidades cuja história começou antes da história conhecida.  É uma estrada pavimentada, considerada a última etapa da famosa rota da seda, que antigamente começava nos extremos da Ásia e chegava ao fim no litoral do Mediterrâneo. Esses pergaminhos sem igual chegaram até nós em bom estado, com todas as inscrições siríacas (aramaicas) antigas, embora tenham sido escritas na primeira metade do quinto século da nossa era, ou, mais precisamente, há 1555 anos.

 

A obra do egípcio Youssef Ziedan é um romance histórico ambientado no século V d.C, escrito como se fosse a tradução de pergaminhos a respeito de um monge em sua jornada espiritual e de autoconhecimento, a estória é bem montada pelo autor, concisa, encantadora, sedutora porque nos faz pensar a respeito de conceitos e ideias forjados em nossa cultura religiosa, o autor escreve com leveza e naturalidade tratando de assuntos profundos como a relação dos sedutores prazeres mundanos e as expectativas dele ser um monge e como deveria reagir e se comportar diante das tentações que surgem a cada curva da estrada da vida.

Monges são seres humanos que escolheram dedicar-se a vida monástica, muitos vivendo em mosteiros tentando levar a vida afastados da sociedade, dedicando-se à oração e à produção de textos litúrgicos, de modo a alcançar um estado de graça e pureza de alma pela contemplação, porem como seres humanos precisam lutar contra suas tendências, instintos e paixões humanas, o enclausuramento e algo que não é natural para o ser humano, a escolha pelo isolamento é um dos fatores que causaram o declínio de muitos mosteiros, outros deram certo pela vocação e disciplina forjados a duros sacrifícios, dedicação e foco.

O personagem central do romance é Hipa, um monge-médico que vive no século V, peregrino no árido e rigoroso deserto no antigo Egito, viajando a pé, de barco ou em lombo de burro desde Alexandria até a Síria, num período em que os alicerces do Cristianismo estavam sendo construídos, historicamente é um período de muitas dificuldades devido ao fanatismo, a violência, a intolerância e a corrupção são as forças que formaram o cristianismo atual, estas forças são os elementos que vão introduzindo os conceitos religiosos cristãos segundo o entendimento dos vários segmentos, gradativamente na cultura politeísta do continente asiático.

A medida que a leitura avança o envolvimento do leitor com a estória se dá na imaginação que flui em razão da habilidade do autor na narrativa, e é fácil esquecer que se está lendo um romance.

Nesta caminhada em busca pelo autoconhecimento e entendimento do mundo levam anos, Hipa vai parando de localidade em localidade, vivendo as realidades locais, os dramas, a luta pelo primitivo cristianismo tentando firmar-se entre os pagãos, e principalmente a luta do monge com seu demônio interior “Azazel”, é ele que surge mesmo sem ser chamado para atormentar com dúvidas e tentações na discussão de sua consciência entre o que sente e o que sabe que deveria fazer com os pensamentos, emoções e sentimentos é a dura luta entre o profano e o sagrado, para o monge, Azazel é o responsável pelas incitações e provocações do terreno e do carnal, o demônio conduz direta e indiretamente Hipa aos desvios que farão com que sua integridade e retidão sejam colocados à prova, seus deslizes e arrependimentos demonstram como o ser humano navega neste mar de emoções.

“Será que Deus expulsou Adão porque este O desobedeceu? Ou porque, quando Adão conheceu a feminilidade de Eva, teve ciência de sua própria masculinidade e de que era diferente de Deus, apesar de ter sido criado à Sua imagem?” Pg.41

A sensibilidade, coragem e reações do monge são de um ser humano que luta para saber se tem vocação para a vida monástica, o que nos faz pensar em como seria viver abrindo mão a uma vida como conhecemos, constituindo família, relacionando-nos uns com os outros com o sexo como parte natural e ao mesmo tempo sagrado. Hipa tem empatia com as pessoas, consegue através da admiração e amizade com alguns personagens que vai narrando em sua convivência detalhes, conforme a leitura que faz das pessoas através de seus comportamentos e das conversas travadas superficial ou em confidencias, é possível perceber na narrativa como as tentações assumem diversas formas e como cada um a seu modo pensam e agem para afastar o outro mesmo que tenha de demonizar a mulher para se afastar do pecado.

A medida que avançamos na leitura vamos descobrindo a complexidade de Hipa, sua dualidade para com seu demônio Azazel, funciona muitas vezes como um confidente, sendo este demônio que o incita a escrever relatos de sua vida, insistindo para que escreva o máximo possível como forma de fazê-lo pensar a respeito de sua escolha para a vida monástica, colocando-o o tempo todo frente a frente com o que estará perdendo se abrir mão de outros prazeres como por exemplo através de estudos buscar na filosofia, matemática, conhecimentos que na época não eram permitidos além daquilo que estava nos evangelhos.

O autor narra de forma dramática a morte da primeira filosofa Hipátia, a perseguição que a igreja local fez com ela por defender o racionalismo científico, a matemática foi acusada de blasfêmia e sentimentos anticristãos. Ela, no entanto, nunca declarou ser aversa ao cristianismo. Na verdade, Hipátia dava aulas para pessoas de diversas crenças religiosas. Uma emboscada tirou a sua vida, sendo Hipa testemunha e ao mesmo tempo acovardado teria deixado de ajudar e a salva-la no momento derradeiro, fato que o atormentara o resto de sua vida.

A obra foi publicada originalmente em 2009, o romance foi recebido em meio a elogios e críticas, foi vencedor do Prêmio Internacional de Ficção Árabe, seu conteúdo não agradou a comunidade copta do Egito por considerá-lo um insulto a religião e aos princípios dessa crença.

Por que quis Deus que o homem permanecesse ignorante? O conhecimento adquirido por Adão era um prelúdio para que conhecesse a imortalidade? A quem Deus se referia ao dizer que Adão havia se tornado um deles? Se Adão e Eva tivessem permanecido ignorantes, ficariam vivos eternamente no Paraíso? Como pode a imortalidade coexistir com a ignorância e o desconhecimento da natureza? O que exatamente eles descobriram quando comeram da árvore? Pg.55

Muitas vezes, Youssef deixa Azazel quase didático ao tratar sobre determinadas passagens da história do Cristianismo. Existe um embate sutil nas páginas do título com relação a natureza do Cristo da Fé com o Cristo Histórico, há momentos em que o embate é filosófico carregando interpretações que devem ter chocado os religiosos.

Na verdade, não existe início nem fim, o que existe são linhas que não se interrompem. No universo, nenhuma ligação se rompe e nenhuma interferência se corrompe; a ramificação não cessa, nem o ato de preencher, nem o de esvaziar. Cada coisa está em ligação permanente, seus círculos vão se alargando para se misturarem a outra coisa, e de ambos sai um novo círculo, que por sua vez se mistura a outros. Assim, a vida se enche quando seu círculo se completa e se esvazia quando terminamos na morte, para que voltemos ao que causou o início. Ai da minha confusão! O que é isso que estou escrevendo? Todos os círculos giram na minha cabeça e só param nos instantes do sono, quando os sonhos começam seu próprio giro. Nos sonhos, assim como no despertar, as lembranças lotam meu coração e me espremem. As lembranças são redemoinhos de círculos ininterruptos, emaranhados. Se a elas me rendo e as narro com minha pena, por onde devo começar? Pg.9

 

A estória de Hipa é a história das tentações do homem que é universal e sempre povoou nossa mente, em qualquer lugar deste planeta do ocidente ao oriente, o homem vive na  tentativa de superar as tentações, e é no exemplo de Jesus que busca orientações de como proceder, como por exemplo em uma de suas máximas como: “Não só de pão viverá o homem, mas de toda palavra que procede da boca de Deus”, no entanto o homem é prepotente ao buscar o perfeccionismo expresso na figura de Jesus, o exemplo é correto, mas o homem conforme sua natureza ainda é muito primitivo, em seu instinto de sobrevivência ainda não aprendeu a conviver com os demônios internos, ainda precisa aprender a viver sem ter medo e a prepotência na negação as tentações sem que tenha vencido sua arrogância através da humildade em reconhecer sua falibilidade.

 

Fonte:

Ziedan, Youssef, 1958- Azazel; tradução Safa A-C Jubran. - 1. ed. - Rio de Janeiro: Record, 2015

segunda-feira, 19 de setembro de 2022

Resenha do livro “Cem Anos de Solidão” do escritor Gabriel García Marquez

 


Em Cem anos de solidão, um dos maiores clássicos da literatura, o prestigiado autor Colombiano Gabriel Garcia Marquez narra neste que é uma de suas maiores obras, a incrível e triste história dos Buendía - a estirpe de solitários para a qual não será dada “uma segunda oportunidade sobre a terra” e apresenta o maravilhoso universo da fictícia cidade de Macondo, onde se passa o romance. É lá que acompanhamos diversas gerações dessa família, assim como a ascensão e a queda do vilarejo. Para além dos artifícios técnicos e das influências literárias que transbordam do livro, ainda vemos em suas páginas o que por muitos é considerado uma autêntica enciclopédia do imaginário, num estilo que consagrou o colombiano como um dos maiores autores do século XX.

Em nenhum outro livro Gabriel García Márquez empenhou-se tanto para alcançar o tom com que sua avó materna lhe contava os episódios mais fantásticos sem alterar um só traço do rosto. Assim, ao mesmo tempo em que a incrível e triste história dos Buendía pode ser entendida como uma autêntica enciclopédia do imaginário, ela é narrada de modo a parecer que tudo faz parte da mais banal das realidades.

Gabo, apelido de Gabriel García Márquez, costumava dizer que todo grande escritor está sempre escrevendo o mesmo livro. “E qual seria o seu?”, perguntaram-lhe. “O livro da solidão”, foi a resposta. Apesar disso, ele não considerava Cem anos sua melhor obra (gostava demais de O outono do patriarca). O que importa? O certo é que nenhum outro romance resume tão completamente o formidável talento deste contador de histórias de solitários - que se espalham e se espalharão por muito mais de cem anos pelas Macondos de todo o mundo.

Cem anos de solidão é uma obra grandiosa e atemporal, sobre a qual é possível construir diversos paralelos com a nossa própria existência.

Esta obra foi publicada em 1967, é considerada uma das novelas mais importantes do século XX, tendo lhe sido concedido o Prêmio Nobel de Literatura em 1982, em sua perfeita estrutura circular, a novela tem um mundo próprio, recriando a mítica do mundo real da América Latina em seu estilo de “realismo mágico e fantástico”, devido ao encontro do real com motivos e elementos mágicos e fantásticos.

José Arcadio Buendía e Úrsula Iguarán são um casal de primos que se casam cheios de maus presságios e temores em função de seu parentesco muito próximo, e também do mito existente em sua região de que sua descendência poderia nascer com rabo de porco. Prudêncio Aguilar provoca José Arcadio Buendía, então este mata Prudêncio Aguilar, pelo fato de ter mencionando os boatos que circulavam na cidade, segundo os quais José Arcadio e Úrsula nunca haviam tido relações sexuais em um ano de casamento (devido ao medo do mito de Úrsula de que nascesse uma criança com rabo de porco).  Entretanto, Prudêncio Aguilar após sua morte segue aparecendo para José Arcadio como fantasma. Esse é o motivo leva José Arcadio Buendía e Úrsula a partirem. No meio do caminho, José Arcadio Buendía tem um sonho em que aparecem construções com paredes de espelhos e, perguntando seus nomes, respondem “Macondo”. Assim, ao despertar do sonho, ele decide parar a caravana, e abre uma clareira na mata e começa a povoar o local.

A cidade é fundada por diversas famílias lideradas por José Arcadio Buendía e Úrsula Iguarán, que por sua vez tiveram três filhos: José Arcadio, Aureliano e Amaranta (nomes que se repetirão nas próximas gerações, em princípio fica um pouco confusa a leitura que será necessário atenção a cada capitulo). José Arcadio Buendía, o fundador, é a pessoa que lidera e se informa com as novidades que os ciganos trazem à cidade (ele tem uma amizade especial com Melquíades, que morre em várias ocasiões e que será fundamental para o destino da família), terminando sua vida amarrado à árvore onde aparece o fantasma de seu antigo inimigo Prudêncio Aguillar, com quem conversa.

Úrsula é a matriarca da família, que vive durante mais de cem anos cuidando da família e do lar.

A cidade cresce pouco a pouco, com esse crescimento chegam habitantes do outro lado do pântano. Com eles vai se incrementando a atividade comercial e a construção em Macondo. Inexplicavelmente chega Rebeca, a quem os Buendía adotam como filha. Por desgraça, com ela também chega a epidemia de esquecimento, causada pela epidemia de insônia. A perda de memória obriga os habitantes a criarem um método para lembrar das coisas e José Arcadio Buendía começa a etiquetar todos os objetos para recordar seus nomes; entretanto, esse método começa a falhar quando as pessoas também se esquecem de ler. Um dia, Melquíades regressa da morte com uma bebida para restabelecer a memória que surte efeito imediatamente e, em agradecimento, é convidado a viver na casa. Nessa ocasião, Melquíades escreve uns pergaminhos que só poderiam ser decifrados cem anos depois.

Quando a guerra civil é deflagrada, a população toma parte ativa no conflito ao enviar um exército de resistência, dirigido pelo coronel Aureliano Buendía (segundo filho de José Arcadio Buendía), para lutar contra o regime conservador. Em Macondo, enquanto isso, Arcadio (neto do fundador e filho de Pilar Ternera e José Arcadio, o primeiro filho de José Arcadio Buendía) é designado por seu tio chefe civil e militar, e se transforma em um brutal ditador, sendo fuzilado quando o conservadorismo retoma o poder.

A guerra continua e o coronel Aureliano se salva de morrer em várias oportunidades, até que, cansado de lutar sem sentido, firma um acordo de paz que dura até o fim da novela.

Depois que o tratado é firmado, Aureliano se dispara um tiro no peito, mas sobrevive. Posteriormente, o coronel regressa à casa, se distancia da política e se dedica a fabricar peixinhos de ouro em sua oficina, ao terminar certa quantidade, voltava a fundir os peixinhos em ouro, começando do zero num ciclo interminável.

Aureliano Triste, um dos dezessete filhos do coronel Aureliano Buendía, instala uma fábrica de gelo em Macondo, deixa seu irmão Aureliano Centeno a frente do negócio e parte da cidade com a ideia de trazer o trem. Regressa em pouco tempo, cumprindo sua missão, que gera um grande desenvolvimento, já que com o trem, chegam também o telégrafo, o gramofone e o cinema. Então, a cidade se converte num centro de atividade na região, atraindo milhares de pessoas de diversos lugares. Alguns estrangeiros recém-chegados iniciam uma plantação de banana próximo a Macondo. A cidade prospera até o surgimento de uma greve na plantação bananeira; para acabar com ela, entra em ação o exército nacional e os trabalhadores que protestam são assassinados e lançados ao mar.

Depois do Massacre dos Trabalhadores da Banana, a cidade é assolada pelas chuvas que se prolongam por quatro anos, onze meses e dois dias. Úrsula diz que espera o fim das chuvas par finalmente morrer. Nasce Aureliano Babilonia, o último membro da linhagem Buendía (inicialmente chamado de Aureliano Buendía, até que mais a frente descobre pelos pergaminhos de Melquíades que seu sobrenome paterno é Babilonia). Quando param as chuvas, Úrsula morre e Macondo fica desolada.

A família se vê reduzida e em Macondo já não há lembranças dos Buendía; Aureliano se dedica a decifrar os pergaminhos de Melquíades, até que regressa de Bruxelas sua tia Amaranta Úrsula, com quem tem um romance. Amaranta Úrsula dele engravida e tem um filho que ao nascer descobre-se ter rabo de porco; ela morre de hemorragia após o parto. Aureliano Babilônia, desesperado, sai rumo à cidade batendo de porta em porta, mas Macondo agora é uma cidade abandonada e só encontra um homem que lhe oferece aguardente, e Aureliano adormece. Ao despertar, se lembra do filho recém-nascido e corre para vê-lo, mas quando chega, as formigas o estão comendo.

Aureliano lembra que isso estava previsto nos pergaminhos de Melquíades. Com ventos de furacão assolando Macondo e o lugar onde ele estava presente, termina de decifrar a história dos Buendía que estava ali escrita com antecipação, concluindo que, ao terminar sua leitura, finalizaria sua própria história e com ela, a história de Macondo, que seria arrasada pelo vento e apagada de qualquer memória humana…”porque as estirpes condenadas a cem anos de solidão não têm uma segunda oportunidade sobre a terra”.

 

“CHOVEU DURANTE QUATRO ANOS, onze meses e dois dias. Houve épocas de chuvisco em que todo mundo pôs a sua roupa de domingo e compôs uma cara de convalescente para festejar a estiagem, mas logo se acostumaram a interpretar as pausas como anúncios de recrudescimento. O céu desmoronou-se em tempestades de estrupício e o Norte mandava furacões que destelhavam as casas, derrubavam as paredes e arrancavam pela raíz os últimos talos das plantações”

 

O romance de Márquez explica a realidade não como ela é vivida por um único observador, mas como ela é vivida individualmente por aqueles com diferentes origens, nisto há múltiplas perspectivas que são especialmente adequadas à realidade ímpar da América Latina, aprisionadas no universo entre a modernidade e pré-industrialização; destruídos pela guerra civil e pelo imperialismo. O realismo mágico transmite uma realidade que incorpora a magia que o mito e a superstição religiosa infundem no mundo.

As vivencias de cada personagem deste belo romance nos possibilita pensar que entrecruzando história e mito, como uma criação e síntese do mundo, uma metáfora da condição humana revelada através dos membros da família Buendía, a solidão que pesa sobre tais membros transparece sua impotência as forças da natureza onde ninguém escapa ao seu destino inexorável, as forças existentes em seu interior são proporcionais ao papel que cada um desempenha na sua própria vida e na vida dos demais, o entrelaçamento dos destinos e seus respectivos papeis já estão escritos e se não fosse a história teriam desaparecido como pó assim como foram feitos.

Fontes:

Garcia Márquez, Gabriel, 1928- Cem anos de solidão. Tradução de Eliane Zagury, Ilustrações de Carybé. 67ª Ed. Rio de Janeiro: Record, 2008.

 

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