διαλεκτική
Αποσαφήνιση
Dialectics
of the explanation
Dialektik
Aufklarung
Esclarecimento é uma palavra muito cara
para filosofia, um dos objetivos da filosofia é construir esclarecimento acerca
do mundo, sendo a dialética do esclarecimento expressão utilizada por Adorno e
Horkheimer para indicar a alternância histórica da civilização ocidental, que
procura designar a linha do pensamento “burguês”, começa com a saída da cultura
grega do estado mítico, identificando-se com a práxis da civilização e da sua
lógica de domínio.
Para Kant, o
esclarecimento [Aufklärung] é visto da seguinte forma:
Esclarecimento [Aufklärung] é a saída do homem de sua menoridade, da qual
ele próprio é culpado. A menoridade
é a incapacidade de fazer uso de seu entendimento sem a direção de outro
indivíduo. O homem é o próprio culpado
dessa menoridade se a causa dela não se encontra na falta de entendimento, mas
na falta de coragem de servir-se de si
mesmo sem a direção de outrem. Sapere
aude! Tem a coragem de fazer uso de teu próprio
entendimento, tal é o lema do esclarecimento [Aufklärung]. (Resposta, p.100,
grifos do autor).
Conforme Kant, as principais causas que
impedem o esclarecimento estão no comodismo, na preguiça e na covardia. Com
tais causas, o homem permanecerá sempre em sua menoridade. Para as pessoas
acostumadas a ‘receberem as coisas nas mãos’ (Kant enumera alguns: ter um livro
que faz as vezes de nosso entendimento; um diretor espiritual que tem consciência
em nosso lugar; um método que decide a nossa dieta; etc.), torna-se difícil e
perigoso renunciar sua menoridade. Isto está tão enraizado em sua vida, em seu
cotidiano, em todos seus trabalhos, que se torna natural, cômodo. Por isso é
que os homens não sabem como lidar com a liberdade quando a têm e os impede de
utilizar seu entendimento. Mas, para tanto, sempre há uma primeira tentativa, e
é essa a exortação de Kant em sua resposta à pergunta proposta.
Há pessoas, no entanto, que são o
contrário. São aqueles “indivíduos capazes de pensamento próprio”. Esses
indivíduos devem espalhar o espírito de avaliação racional de cada homem.
Todavia, existem pessoas que acabam tirando proveito da situação, obrigando as
demais pessoas a viverem sob seu domínio. A educação oriunda de pessoas com pensamento político
enviesado a própria realidade capitalista que vivem, em seus discursos pregam e
impõem com paixão o socialismo da esquerda caviar, acabam por destruir a
capacidade crítica dos jovens, justamente num período de formação psicológica que
acabara culminando num retrocesso onde o mito socialista retrógrado e
incompetente fulminou com populações sem resolver nada daquilo que prometeram,
assim tais jovens acabam sendo concretados na vala do pensamento na menoridade.
A verdadeira revolução deve ser a mudança de
pensamento das pessoas. Essa mudança traz benefícios muito maiores que a de uma
revolução política, em que apenas se trocam algumas pessoas do poder, mas a
dominação continua. Uma revolução assim, que derruba um governo despótico, «nunca produzirá a verdadeira reforma do
modo de pensar».
O esclarecimento exige liberdade. Uma liberdade
não limitada, não condicionada, que favoreça apenas aos que têm o “poder” nas
mãos. Também o uso privado da razão, apesar de ser limitado, pode ajudar
consideravelmente no progresso do esclarecimento. Por Anderson Rodrigo de Oliveira
O esclarecimento ao ter como objetivo a
superação do homem frente a alienação imposta “pela natureza afins de” se auto-conserva
e ao lhe colocar na perspectiva de senhor para dominação, se vê pela própria
lógica imposta pelo esclarecimento atrelado ao próprio horror mítico que tanto
lhe assustava. Na medida em que o seu pensamento foi objetivado e estruturado
segundo a ordem do calculável e do matematizado, a razão transforma-se num mero
instrumento, ela se objetiva inclusive em relação a própria subjetividade o
homem tornando-se um elemento autônomo de dominação, o homem se aliena frente a
própria sociedade.
"A Dialética do
Esclarecimento" é uma obra escrita pelos filósofos alemães Max Horkheimer
e Theodor W. Adorno, publicada pela primeira vez em 1947. É um texto
fundamental da Escola de Frankfurt, que aborda a relação entre a Ilustração (ou
Esclarecimento) e a emergência da sociedade moderna.
"A Dialética do
Esclarecimento" é um mergulho profundo e crítico na nossa própria
sociedade moderna. Imagine um olhar no espelho, mas um espelho que mostra além
da nossa aparência física, revelando as estruturas e ideias que moldam nosso
mundo.
Os autores, Max Horkheimer e Theodor
Adorno, desmontam a ilusão do progresso inquestionável proporcionado pela
racionalidade e pela ciência. Eles argumentam que a mesma luz da razão que nos
trouxe avanços incríveis também nos cega para as formas sutis de opressão e
alienação presentes na sociedade moderna.
Aqui, a razão é como uma faca de dois
gumes: ao mesmo tempo que nos permite entender e controlar o mundo, ela também
nos escraviza. E essa escravidão não é apenas física, é mental e cultural.
Somos aprisionados em um ciclo de consumo, tecnologia e conformidade, perdendo
nossa verdadeira essência e liberdade.
Os autores examinam a indústria
cultural, a dominação da natureza e a reificação das relações humanas. Eles
apontam como a cultura de massa, a arte, a publicidade e a mídia moldam nossa
visão de mundo de maneiras que muitas vezes nem percebemos. Vivemos em uma
sociedade que vende a ilusão de liberdade, enquanto, na verdade, estamos cada
vez mais enredados em sistemas de controle e conformidade.
"A Dialética do
Esclarecimento" nos desafia a questionar nossas crenças e a repensar o
conceito de progresso. Ela nos lembra que a busca por conhecimento e poder deve
ser acompanhada de uma reflexão crítica sobre como estamos usando esse poder e
em que direção estamos indo como sociedade. Em última análise, é um chamado
para uma verdadeira emancipação, onde possamos realmente ser livres em um
sentido mais profundo e autêntico.
Bibliografia:
Adorno e
Horkheimer, Dialética do Esclarecimento (Prefácio e Conceito de Esclarecimento)
Texto: ADORNO, Theodor; HORKHEIMER, Max. Prefácio. In: Dialética do Esclarecimento.
Trad.:
Guido Antônio de Almeida. Rio de Janeiro, Jorge Zahar Editor: 1985
https://grupocriticaedialetica.files.wordpress.com/2013/05/adorno-e-horkheimer-de.pdf
https://meuartigo.brasilescola.uol.com.br/filosofia/o-esclarecimento-kantiano.htm