"Sob a luz do dia, todos somos iguais", dizia um sábio anônimo de esquina, enquanto o sol se punha lentamente. Mas à medida que a luz se desvanece, as sombras começam a crescer, revelando o outro lado de nós mesmos, aquele que nem sempre mostramos, ou melhor, aquele que preferimos esconder.
As sombras de tolos não são apenas meros contornos
alongados projetados no chão ao entardecer. Elas são reflexos de escolhas,
omissões, e muitas vezes de uma persistente ignorância que se recusa a
reconhecer a verdade. O tolo é aquele que, em sua cegueira voluntária, prefere
a escuridão à luz, camuflando-se em uma sombra confortável que distorce a
realidade.
No dia a dia, quantas vezes nos pegamos seguindo a
sombra de nossas próprias inseguranças? Às vezes, agimos como tolos ao ignorar
conselhos, ao nos recusarmos a aprender com os erros, ou ao não ver o óbvio que
está bem diante de nós. Quantas decisões tomamos baseadas no medo de enfrentar
a verdade, preferindo a segurança de uma sombra que nos protege
temporariamente, mas que no final só nos aprisiona?
Um filósofo diria que a sombra do tolo é aquela que
se alimenta da ignorância, cresce na arrogância e se perpetua na negação. Ela
não é apenas a ausência de luz, mas a ausência de desejo pela luz. O tolo, ao
invés de encarar o mundo com coragem, esconde-se atrás de sua sombra,
preferindo o conforto de suas falsas certezas e que ainda acredita no mundo
ideal do Instagram.
Mas nem tudo está perdido. Mesmo o tolo tem a
oportunidade de sair das sombras. Basta que ele decida, com coragem, olhar para
o sol e encarar a luz da verdade, mesmo que ela seja dura e ofuscante. Porque,
no fim das contas, a luz é o único caminho para deixar de ser sombra, para
deixar de ser tolo. Assim, quando você se encontrar hesitando, pense nas
sombras que está criando. São elas reflexos de sua sabedoria ou simplesmente as
sombras de um tolo?