Acredito que um de nossos prazeres é fazer planos
de viagens, sei que o prazer de fazer planos de viagens não se limita apenas à
realização da viagem em si. O processo de planejamento, pesquisa e imaginação é
uma parte valiosa da jornada que pode ser desfrutada plenamente, de certa forma
também viajamos através de nossa imaginação, outro pensamento que surge é o
prazer de fazer planos de viagens está associado à antecipação e imaginação das
experiências emocionantes que aguardam em destinos desconhecidos.
Embora seja prudente ter um plano de viagem antes de sair de casa, nem
todas as pessoas seguem essa prática. Algumas pessoas podem ser mais
espontâneas e preferem tomar decisões no momento, enquanto outras podem não ter
recursos ou tempo para planejar com antecedência. É importante lembrar que cada
pessoa tem seu próprio estilo de viagem e suas circunstâncias individuais. No
entanto, ter um plano de viagem pode ajudar a garantir uma experiência mais
organizada e segura, especialmente ao viajar para destinos desconhecidos. Isso
pode incluir reservas de transporte, acomodação, atividades planejadas,
pesquisas sobre a cultura local, atrações turísticas e considerações de
segurança, penso que as pessoas simplesmente não saem porta afora dizendo “vou
viajar”, é necessário um mínimo de planejamento, a começar pelo destino.
Fazer planos de viagens é uma oportunidade para
alimentar nossos sonhos e aspirações, talvez algumas pessoas já tenha de dado
ao trabalho de criar uma lista de destinos dos sonhos e começar a traçar um
plano para alcançá-los, eu tenho minha lista, nesta lista estão relacionados
destinos Internacionais e Nacionais. O ser humano precisa de metas para seguir
em frente, então um dos prazeres é estabelecer metas de viagem e começar a
planejar para realizá-las também são uma fonte de motivação e inspiração, dando
um propósito maior às atividades cotidianas.
Bah! Como é gostoso fazer planos de viagem. Quantas
vezes por meio de conversa viajamos ou pelo menos discorremos uma lista de
lugares que temos interesse de algum dia ir e ficar alguns tempo “curtindo”,
logo vem a nossa mente as belezuras que vão além do turismo comum, como sabemos
há vários tipos de turismo, temos por exemplo turismo de lazer, cultura,
gastronômico, aventura, sustentável, saúde e por ai vai, enfim depende das
preferências e motivações individuais de cada viajante, portanto um plano de
viagens é uma providência importante se quisermos aproveitar ao máximo o
investimento, sim se trata de investimento e não é uma despesa, pois tudo que
nos causa bem estar, eleva nossa saúde mental, enriquece e proporciona
crescimento se trata de investimento.
Viajar é tanto verbo quanto um conceito, ninguém
melhor do que um filósofo para falar sobre o que significa viajar, lá vem a
filosofia argumentar em prol do porquê viajar, em minha memória busquei alguns
amigos filósofos que de certa forma abordaram conceitos relacionados à viagem e
à experiência de estar em lugares diferentes, gosto de estar sempre bem
acompanhado, seja planejando e viajando, dentre alguns conceitos legais pense
inicialmente em Kant, ele discutiu a ideia de "sublime", que se
refere a uma experiência estética poderosa diante da natureza grandiosa e
imponente. Ao planejar uma viagem, podemos considerar a busca por locais que
despertem sentimentos de admiração e fascínio, proporcionando uma experiência
sublime.
Outro amigo filósofo lembrei de Nietzsche, ele
enfatizou a importância da experiência direta e do envolvimento com o mundo.
Ele defendia uma abordagem ativa à vida, e essa mentalidade pode ser aplicada à
viagem e ao planejar uma jornada, devemos procurar vivenciar e explorar
diferentes culturas, lugares e perspectivas.
Mais um filósofo resgatado no palácio da memória de
aprendizados é Bachelard, ele explorou a relação entre espaço e experiência
humana, em sua obra "A Poética do Espaço", ele investiga a maneira
como os espaços físicos afetam a nossa percepção e emoções. Ao planejar uma
viagem, podemos considerar a importância dos lugares que pretendemos visitar e
como eles podem influenciar nossa experiência e reflexão.
E por último o filósofo Michael de Certeau, o
francês discutiu a ideia de "táticas" em relação à ocupação e
apropriação dos espaços. Ele abordou a forma como os indivíduos interagem com o
ambiente ao seu redor. Ao planejar uma viagem, podemos pensar em como utilizar
táticas de exploração e descoberta para interagir com os lugares que visitará,
encontrando caminhos não convencionais e experiências únicas.
Trouxe a filosofia para dentro dos planos de
viagens porque ela está em tudo, ou quase tudo em que nosso raciocínio e até as
emoções estão presentes, o pensamento desempenha um papel central em nossa vida
e a filosofia tem ferramentas para ajudar a fazermos boas construções, é
através do pensamento crítico, racional e abstrato, que fazemos estas
construções que envolvem o mundo ao nosso redor.
Sem mais delongas, inicialmente pensei num plano
de viagem internacional com um roteiro que visa explorar conceitos e ideias
filosóficas em diferentes locais e culturas ao redor do mundo. Se a ideia é
unir filosofia e contexto prático pensei que seja possível aplicá-la em locais
que a história ajudara bastante a entender os diferentes contextos, como por
exemplo viajar para Atenas, Grécia.
Atenas é considerada o berço da filosofia ocidental. Visitar a Acrópole
para explorar os monumentos antigos e refletir sobre a influência de pensadores
como Sócrates, Platão e Aristóteles. Explorar também o Museu da Acrópole para
conhecer artefatos históricos e aprender sobre a história da filosofia.
Roma,
Itália, também está em meus planos. Roma
foi o centro do Império Romano, um período em que a filosofia grega foi
amplamente disseminada. Visitar o Panteão e o Fórum Romano, que são locais
ricos em história filosófica. Além disso, explorar a Cidade do Vaticano para
conhecer a teologia e a filosofia cristã.
Paris,
França, Paris é conhecida como uma cidade culturalmente rica e intelectualmente
estimulante. Visitar a Sorbonne, uma das universidades mais famosas do mundo,
onde muitos filósofos influentes lecionaram e estudaram. Explorar também os
cafés históricos, como o Café de Flore, onde pensadores como Jean-Paul Sartre e
Simone de Beauvoir costumavam se reunir para debater ideias filosóficas. Há que
delicia frequentar cafeterias!
Quioto,
Japão. Agora vamos ainda mais longe, Quioto é uma cidade no Japão com uma
rica tradição filosófica e espiritual. Visitar templos como o Kinkaku-ji
(Templo do Pavilhão Dourado) e o Ryoan-ji (Templo do Dragão da Paz), lá podemos
experimentar a filosofia zen através da contemplação e da meditação.
Outro destino maravilhoso é Varanasi, Índia. Varanasi, também conhecida como Benares, é uma das cidades mais antigas
do mundo e um importante centro espiritual na tradição hindu. Explorar as margens
do rio Ganges e participar de cerimônias religiosas. Aqui, podemos nos envolver
com conceitos filosóficos como karma, reencarnação e busca pela verdade última,
conceitos tão difundidos mundo afora e tão presentes em nosso cotidiano.
E por último o Egito,
certamente não poderia ficar de fora! O Egito é um país com uma rica história e
tradição filosófica que remonta a milhares de anos. Incluir o Egito em meu
plano de viagem na filosofia seria uma excelente escolha. Após pesquisar onde
iria no Egito surgiram alguns locais muito interessantes como:
Cairo: A capital do Egito abriga várias
instituições culturais e históricas relevantes para a filosofia. Visitar o
Museu Egípcio, que possui uma vasta coleção de artefatos antigos, incluindo
papiros com textos filosóficos e literários. Além disso, explorar a área de
Al-Azhar, que é um centro importante do estudo islâmico e da filosofia árabe.
Alexandria: Localizada na costa do Mar
Mediterrâneo, Alexandria foi uma das cidades mais importantes do mundo antigo.
Foi um centro de conhecimento e aprendizado, abrigando a famosa Biblioteca de
Alexandria, que continha inúmeras obras filosóficas e científicas da
antiguidade. Embora a biblioteca original não exista mais, vale a pena visitar
a moderna Biblioteca de Alexandria e explorar seu acervo.
Templos de Luxor e Karnak: Esses templos antigos situados
às margens do Rio Nilo são locais onde filosofias e concepções religiosas foram
discutidas e desenvolvidas. Eles são ricos em simbolismo e oferecem uma visão
da cosmovisão egípcia antiga, que incluía ideias filosóficas sobre a vida, a
morte e a natureza humana.
Templo de Filae: Localizado na ilha de Agilkia,
no sul do Egito, o Templo de Filae é um templo dedicado à deusa Ísis. Além de
seu valor histórico e arquitetônico, o templo era um local de peregrinação e
adoração, onde as pessoas buscavam sabedoria e orientação espiritual.
Oásis de Al-Fayoum: Havendo interesse em filosofias
mais contemporâneas, podemos explorar os oásis de Al-Fayoum, que são conhecidos
por sua atmosfera tranquila e retiros espirituais. Esses lugares proporcionam
uma oportunidade para reflexão, meditação e contato com a natureza, elementos
que também estão presentes em várias tradições filosóficas.
Então, pensei em incluir o Egito em meu plano de
viagem na filosofia, pois me permitirá uma imersão em uma cultura antiga e
rica, onde muitas ideias filosóficas foram formuladas e discutidas ao longo dos
séculos.
As pesquisas por destinos para montar os locais de
interesse, por si só já me proporcionaram uma experiência imagética muito
interessante, no entanto como se sabe este tipo de projeto esbarra no desafio
financeiro que seria grandioso, então por enquanto vou viajando através da
experiência de vídeo de walking, esses vídeos oferecem a oportunidade de
vivenciarmos virtualmente as caminhadas em diferentes destinos ao redor do
mundo, quando posso viajo pelo interior do meu Brasil onde eu mesmo faço meus
registros walking, pois costumo deixar o carro na garagem do hotel ou pousada e
caminhar por todos os lugares do meu roteiro estabelecido em meu plano de viagem.
Deu para perceber que gosto muito de
viajar, gosto de dirigir, gosto de caminhar e vivenciar o que meu pais me
oferece, e temos no Brasil lugares lindíssimos, é possível unir história e
filosofia por aqui mesmo, portanto acabei estabelecendo metas mais factíveis.
Acabei imaginando por onde poderia ir, então fui
pesquisar onde viajar pelo Brasil em busca de locais históricos e filosóficos,
podendo ser uma experiência enriquecedora. Nosso país possui uma rica herança
cultural, tanto no campo da história quanto da filosofia, surgiram vários
lugares muito interessantes.
Ouro Preto, Minas Gerais: Ouro Preto é uma cidade
histórica conhecida por sua arquitetura barroca preservada e por ser um
importante centro da história do Brasil colonial. A cidade abriga várias
igrejas, museus e monumentos que retratam a influência portuguesa na época do
ciclo do ouro. Além disso, a cidade é berço de importantes intelectuais e
filósofos brasileiros, como Cláudio Manuel da Costa e Tomás Antônio Gonzaga,
autores do movimento literário árcade.
Salvador, Bahia: Salvador é uma cidade com uma
rica herança histórica e cultural. É conhecida por suas igrejas, como a Igreja
de São Francisco, e seu centro histórico, o Pelourinho. Além disso, Salvador é
considerada o berço da filosofia afro-brasileira, com influências do candomblé
e da religiosidade popular. É um lugar onde você pode explorar a conexão entre
filosofia, religião e identidade cultural.
Brasília, Distrito Federal: A capital do Brasil,
Brasília, é uma cidade que combina arquitetura modernista com um contexto
político importante. Lá podemos visitar o Palácio do Planalto, o Congresso
Nacional e outros edifícios governamentais icônicos. Brasília também abriga
instituições acadêmicas e filosóficas de renome, onde podemos explorar a
filosofia política, ética e social.
São Luís, Maranhão: São Luís é uma cidade
conhecida por seu centro histórico preservado, considerado Patrimônio Mundial
pela UNESCO. Com uma arquitetura única e uma atmosfera cultural vibrante, a
cidade combina elementos das culturas portuguesa, africana e indígena. Lá podemos
explorar a conexão entre história, patrimônio cultural e diversidade
filosófica.
Recife e Olinda, Pernambuco: Recife e Olinda são
cidades que possuem uma história rica e uma tradição filosófica significativa.
Recife é conhecida por sua arquitetura colonial e pelo movimento cultural
chamado "Manguebeat", que mescla música, arte e filosofia. Já Olinda
é uma cidade histórica, com seu centro também considerado Patrimônio Mundial
pela UNESCO, e conhecida pelo seu carnaval multicultural.
Esses são apenas alguns exemplos de destinos no
Brasil onde podemos explorar a história e a filosofia. Cada região do país tem
suas particularidades e contribuições únicas para essas áreas. Portanto, ao
planejar uma viagem, podemos pesquisar mais sobre os destinos específicos que
despertam seu interesse histórico e filosófico.
Também gosto muito de viajar pelo litoral, o mar
é um destino quase que obrigatório, no mar me sinto à vontade, portanto vez por
outra estou na praia apreciando a orla, sua história, afinal nosso pais foi
colonizado a partir do litoral, as cidades litorâneas se desenvolveram como
polos de influência europeia, recebendo imigrantes de diferentes origens e se
tornando centros de trocas culturais.
Pensei em escrever sobre o tema planos de viagens
por ser uma atividade prazerosa e benéfica, permitiu que expressasse emoções,
expectativas e sonhos em relação às suas futuras aventuras, o planejamento dos
destinos foi uma oportunidade de colocar no papel seus pensamentos e
sentimentos, compartilhando suas aspirações e desejos de explorar novos
lugares.
O ato de escrever sobre planos de viagens também
amplia o sentimento de antecipação e entusiasmo, a medida que vamos descrevendo
os lugares que desejamos conhecer, visualizamos as experiências que esperamos
vivenciar e compartilhamos nossas expectativas, é uma das maneiras de alimentar
a empolgação e o prazer da viagem, mesmo antes de embarcar.
Além disso, ao escrever sobre a experiência de
desenvolver planos de viagens estamos inspirando os outros a explorar novos
lugares e viver aventuras semelhantes, é claro cabendo no tamanho do bolso de
cada um.
"Viajar" também pode ter um significado
figurado, representando uma jornada interior, uma busca por conhecimento
pessoal ou uma forma de escapar da rotina e encontrar novas inspirações, uma
viagem tanto nos oferece o esperado quanto o inesperado, esta relação desperta
em nosso interior um espírito de aventura, lidar com esses desafios pode ser
uma oportunidade de crescimento pessoal e desenvolvimento de habilidades de
resolução de problemas.
Tanto o esperado quanto o inesperado fazem parte
da experiência de viajar. A mistura de ambos pode tornar a viagem emocionante,
enriquecedora e memorável. Estar aberto a novas experiências e ter
flexibilidade para lidar com o inesperado são aspectos importantes para
aproveitar ao máximo uma viagem.
Em resumo, escrever sobre planos de viagens, por
si só já é uma atividade enriquecedora que combina expressão pessoal,
organização, antecipação e compartilhamento. Além de ajudar a criar planos
concretos, essa prática também aumenta a excitação e o prazer da viagem, além
de criar registros pessoais e inspirar outras pessoas. Então, sugiro faça
planos de viagens, faça pesquisas, tenho certeza que mesmo não saindo todos a
contento, a atividade em escrever e descrever os planos de viagens é muito
agradável.
Quando concretizamos um plano de viagem, é comum
que sejam criados registros em nossa memória e "mala de memórias"
como lembranças físicas, fotografias, vídeos ou outros objetos que guardamos
como recordações, eu tenho minha mala de memórias, pois com o passar dos anos a
memória vai se esvaindo e nem tudo estará disponível de imediato, aí será
preciso buscar na “mala de memórias” os registros que farão os insights em
nosso cérebro.
A memória é um componente fundamental da
experiência de viagem. Durante a viagem, vivenciamos momentos únicos,
conhecemos novos lugares, interagimos com pessoas diferentes e experimentamos
diversas situações. Essas experiências são registradas em nossa memória de
longo prazo, formando parte de nossa bagagem de lembranças.
Além disso, muitas pessoas gostam de registrar a
viagem de alguma forma, seja tirando fotografias dos lugares visitados,
filmando vídeos, escrevendo em diários de viagem ou até mesmo coletando objetos
como ingressos, bilhetes de transporte, mapas e lembranças locais. Esses
registros físicos servem como uma forma de relembrar e reviver as experiências
vividas durante a viagem.
A "mala de memórias" pode ser metafórica,
representando a coleção de lembranças e experiências que levamos conosco após a
viagem. Essas memórias podem ser revividas por meio de histórias compartilhadas
com amigos e familiares, ao olhar as fotografias ou ao relembrar os momentos
especiais que vivenciamos.